terça-feira, 28 de abril de 2020

Capitulo 11 - Amor ou conveniência?

Os dias que passei no Rio de Janeiro foram ótimos, pude aproveitar minhas amigas, passei um tempo com os meus pais, mas eu precisava ir definitivo para São Paulo, organizar meu apartamento que só conheci por foto, e dar inicio ao meu trabalho, pois foi devido a ele que voltei para o Brasil.

-Amanhã você vai para São Paulo definitivamente, e vai me abandonar mais uma vez-Marina fazia drama enquanto assistíamos um filme em seu apartamento, comendo pipoca e outras besteiras
-Não fica triste Mari, porque eu vou morar pertinho da Beca e eu vou cuidar dela para você-disse Bruna tirando onda com minha amiga
-Até minha irmã, vai ter chances de te ver mais vezes do que eu-Mari dizia inconformada
-Isso é sinal que você tem que se mudar para São Paulo maninha-disse Bruna
-Dessa vez concordo com a Bru, porque nada mais te prende aqui no Rio amiga, a não ser o seu emprego na escola da minha mãe-eu incentivava Mari
-Vocês duas estão de complô para que eu me mude para São Paulo, e pode ter certeza que estão me convencendo-disse Mari rindo
-Nossa intenção é essa-sorri dando um tapa na mão de Bruna, como se estivéssemos de concordância
-Mas falando sério Mari, a minha mãe iria ficar muito feliz se você fosse morar com a gente-disse Bruna a olhando sincera
-Eu não sei-Mari suspirou-vocês são minha família de sangue, mas nunca tive uma convivência com vocês a esse ponto, o máximo é você e o Luan virem passar um tempo comigo, até mesmo a mãe de vocês vem junto, ou eu vou visitar vocês, mas eu já aprendi a conviver sozinha, sem ter ninguém para dar satisfação, eu não quero perder essa liberdade, você me entende?
-Acho que entendo-Bruna suspirou-mas seria muito bom ter você pertinho da gente, sei que a vida foi muita injusta com todos nós, e eu tento compensar o tempo perdido vindo aqui te encher o saco
-Você nunca enche o saco Bru, amo ter você aqui, porque você se tornou uma ótima amiga, e além de tudo é minha irmã-Mari sorriu para ela
-Que momento fraternal lindo-me emocionei com as duas, e por um segundo senti vontade de ter irmãos-mas acho que a campainha esta tocando, e eu não lembro de ter pedido alguma coisa ou estar esperando alguém-disse olhando para elas, que também pareciam não saber de nada
-Vou ver quem é-disse Mari indo abrir a porta-talvez seja a Nati, ela ama vir aqui puxar saco da Bruna
-Nossa, nem me fale, aquela sua prima é bem doidinha Beca-disse Bruna rindo
-Doidinha é pouco-ri concordando
-Luan, que surpresa-disse Mari toda feliz pulando no colo do irmão, e meu sorriso se desfez na hora
-Oi coisa linda, que saudade-ele a abraçou apertado, e depois a deu um beijo na testa
-Entra aqui Luan, a Bru e a Beca estão aqui me fazendo companhia-disse Mari toda feliz o dando espaço, e ele entrou segurando uma mochila, vindo direto dar um abraço em Bruna
-Que bom encontrar cês duas aqui-sorriu após abraçar Bruna e beijar a testa dela, assim como fez com Mari-oi, bom te ver também-sorriu acenando para mim, já que não o dei muita moral, e apenas acenei de volta
-Que surpresa aparecer aqui Pi-disse Bruna com cara de confusa-eu pensei que tinha viajado para a casa da Jaque
-Eu iria, mas aconteceu alguns contratempos, e preferi vir aqui, ver vocês-disse se referindo as irmãs, e ele estava com uma cara nada boa
-Quer um pouco de pipoca?-Mari o ofereceu
-Acho que vou fazer um lanche pra mim, me ajuda nessa Bru?-ele olhou para a irmã e ela concordou
-Sim, vamos na cozinha preparar o seu lanche, podem continuar o filme sem mim meninas-disse Bruna seguindo com Luan para a cozinha
-Mari, foi só eu que achei isso estranho?-não pude me conter, e perguntei a minha amiga
-Não sei Beca, talvez seja que ele brigou com a noiva dele e esteja chateado-disse dando de ombros
-Eu acho que ele aprontou alguma coisa, e foi conversar com a Bruna para contar a merda que fez, os dois parecem ser muito ligados, e o Luan tem cara de que conta tudo para a Bruna, ou quase tudo, para ter uma opinião feminina eu acho
-Acho que ele confia nela, são irmãos e melhores amigos, é normal isso acontecer entre eles, e pela cara que o Luan chegou aqui, tenho certeza que ele só veio porque sabia que a Bruna estava aqui
-Esse seu irmão é muito estranho, mas cada um com os seus problemas-disse dando de ombros e jogando um pouco de pipocas dentro da boca

Confesso que estava intrigada e curiosa para saber o que rolava na cozinha, mas eu não podia espiar a conversa de Luan e Bruna, pois Mari estava ao meu lado, e não aprovaria minha atitude com os irmãos dela.

-O que eu perdi?-Bruna questionou entrando na sala alguns minutos depois
-Do filme?-Mari perguntou
-Sim, já acharam o assassino?
-Ainda não, mas continuo suspeitando daquele cara que a gente comentou-Mari respondeu, pois com certeza era a única que prestava atenção no filme, já que meus pensamentos criavam mil teorias sobre o que teria acontecido na conversa de Bruna e Luan

*Luan on.

Depois de mais uma semana cansativa de shows, eu já tinha me programado para ir na casa da minha noiva, pois ela anda ocupada com a marca que está lançando na sua cidade do Paraná, e eu com a correria de sempre, entre shows, programas de TV, entrevistas, fãs, acabava não tendo tanto tempo com ela, que vem me cobrando muito ultimamente sobre isso, que eu dou atenção a tantas coisas, menos a ela.

-Que milagre Boizera, indo ver a patroa-Tom me zoava enquanto terminava de arrumar minhas coisas no jatinho
-Milagre nada, ela é minha noiva, acho que não a vejo a quase um mês-suspirei lamentando não ter me atentando a isso antes
-Ela sequer quis viajar com você, e depois fica com drama para você ir atrás-disse sincero
-Eu não posso cobrar isso dela cara, a Jaque também tem a vida dela no Paraná, e agora que ela vai lançar uma marca de roupas como sempre quis, sei que isso vai tempo, atenção, porque quando a Bruna foi lançar a marca dela, eu lembro o tanto que minha irmã se desgastou
-Tudo precisa de certa dedicação, então ta certo, vai atrás da sua noiva, porque você sabe que quando ficam muito tempo sem aparecer juntos, já falam que largaram de novo
-Nem me fale-bufei pensando na mídia idiota em torno da minha vida, e principalmente do meu relacionamento-mas valeu cara, agora vou ver se ligo para ela, e como um bom noivo confirmo que vou vê-la, para matar a saudade
-Boa sorte então-disse Tom me dando um toque com a mão-também preciso ir, pegar o busão com o resto da equipe, fazer o que se não sou o patrão, para andar de jatinho
-Fazer o que-ri debochado-agora vaza daqui viado, que só eu sou vip
-Bem humilde também-disse com ironia descendo do meu jatinho

Resolvi ligar para Jaqueline antes de pegar voo, pois sei como ela é imprevisível, e como estou em uma cidade no interior do Paraná, vou gastar meia hora de voo, e não quero chegar no apartamento dela e me deparar com ninguém, como já aconteceu algumas vezes, e por isso não gosto de ficar indo atrás dela, prefiro que ela me acompanhe nos shows, ou venha para a minha casa em São Paulo, mas como eu também tenho que fazer minha parte para esse relacionamento dar certo, preciso de certos sacrifícios.

*Ligação*

-Oi, Jaque? amor?-perguntei após ela atender
-Oi Luan, o que quer?-atendeu claramente irritada-não, ta errado, pode mudar isso-ouvia ela gritar com alguém do outro lado
-Ta tudo bem?
-Tudo péssimo, os fornecedores atrasaram a entrega de um tecido importado, e eu estou enlouquecendo para tudo ficar pronto até a data de inauguração
-Nossa, não sabia-suspirei-mas enfim, lembra que eu tinha dito que iria te ver e...
-Luan, se quiser aparecer por aqui tudo bem, mas não vou ter tempo para você, tenho muita coisa para resolver, inclusive agora tem uma idiota aqui na minha frente, que é péssima de serviço e eu vou ter que fazer sozinha os croquis-dizia irritada-hoje em dia não existem mais funcionários eficientes
-Calma Jaque, não quero irritar você, só liguei para confirmar se poderia ir, mas já que está ocupada, espero que se lembre de aparecer no meu show no fim de semana em São Paulo, porque...
-Minha presença é essencial, é claro que vou meu amor, estou perto de inaugurar minha marca de roupas, e como sei que esse fim de semana a mídia vai estar em peso no seu show, você vai me dar uma forcinha não é?
-Claro-disse respirando fundo, e não acreditado do que ouvia-então nos vemos no fim de semana mesmo, e boa sorte por ai
-Ta bom amor, bei...-desliguei na cara dela, e nem me importei em ouvir sua despedida

*Ligação*

Mais uma vez me frustrei com Jaqueline, ela parece só pensar em si mesma, no que ela precisa, e não sei porque ainda ficava surpreso com as atitudes dela, mesmo estando juntos a tanto tempo, me surgem duvidas se o que existe entre nós é amor ou conveniência.

-Podemos seguir rumo a Maringá?-meu piloto me perguntou após checar tudo e fechar a porta do jatinho
-Hoje não, vou seguir para o Rio de Janeiro
-Tudo bem, vou só mudar a rota

O piloto não me questionou de nada, e mesmo sabendo que chegaria um pouco tarde, preferi seguir para o Rio, pois sei que Bruna está na casa da nossa irmã, e eu preciso mais uma vez desabafar com ela, antes de chegar em casa e estar com essa cara péssima perto da minha mãe. O voo foi tranquilo, e fui lendo um livro que ganhei de um fã durante a viagem, porém não conseguia me concentrar na história, sabendo que a minha vida está uma droga. Assim que pousamos no aeroporto, pedi um uber pelo aplicativo, e combinei de seguir viagem para São Paulo no dia seguinte com o meu piloto. Não demorou para o carro chegar, e como eu já havia informado o endereço que eu iria descer, evitei conversas dentro do carro, o homem me analisava pelo retrovisor, e com certeza ele sabia quem eu era, mas eu não estava muito afim de distribuir sorrisos e fotos, então quanto menos der abertura melhor. Cheguei no prédio onde Marina mora quase anoitecendo, e como já era conhecido pelo porteiro, peguei o elevador e subi direto para o apartamento da minha irmã.

-Luan, que surpresa-disse Mari toda feliz pulando em meu colo, ao me ver parado na porta
-Oi coisa linda, que saudade-a abracei apertado, e depois a dei um beijo carinhoso na testa
-Entra aqui Luan, a Bru e a Beca estão aqui me fazendo companhia-disse Mari toda feliz me dando espaço, e entrei colocando em qualquer canto minha mochila, pois fui direto dar um abraço em Bruna
-Que bom encontrar cês duas aqui-sorri sincero após abraçar Bruna e beijar a testa dela, assim como fiz com Mari-oi, bom te ver também-sorri acenando para a amiga dela, que apenas acenou de volta
-Que surpresa aparecer aqui Pi-disse Bruna me olhando com cara de confusa-eu pensei que tinha viajado para a casa da Jaque
-Eu iria, mas aconteceu alguns contratempos, e preferi vir aqui, ver vocês-disse me referindo as minhas irmãs
-Quer um pouco de pipoca?-Mari me ofereceu, enquanto comia junto de sua amiga
-Acho que vou fazer um lanche pra mim, me ajuda nessa Bru?-olhei para ela, que de imediato concordou
-Sim, vamos na cozinha preparar o seu lanche, podem continuar o filme sem mim meninas-disse Bruna, me puxando para a cozinha
-Bubu, eu não aguento mais-desabei olhando para minha irmã, quando estávamos a sós na cozinha
-O que aconteceu dessa vez Pi? não estava tudo resolvido com a Jaque?
-Estava, mas eu não sei o que acontece-suspirei-num momento parece que ela sente minha falta, me cobra por isso, fica cheia de ciumes, e depois age sem se importar comigo, desconta toda a irritação dos problemas dela em mim, mas quando eu falo que vou aparecer em algum lugar importante, ela é a primeira a confirmar presença, para se fazer da noiva boazinha e apaixonada
-Luan, eu já cansei de te falar que esse relacionamento é toxico, mas você parece ter medo da Jaqueline, não se impõe, deixa ela mandar e desmandar em você, para com isso meu irmão, você é o Luan Santana, qualquer mulher que você quiser está aos seus pés, então não fica desse jeito por causa daquela ridícula
-Mas é complicado Bruna, agora estamos noivos, a um passo de se casar, porque eu cansei exatamente disso, de ter todas as mulheres aos meus pés, fazendo meus desejos, minhas vontades, me dando prazer, foi bom enquanto durou, e eu queria de verdade seguir minha vida com a Jaqueline, me casar, ter filhos, ser um homem sério, estou quase com 30 anos, então é hora de criar um rumo, mas mesmo que eu tente fazer tudo certo, resistir as tentações, a própria Jaqueline acaba com tudo
-Eu não sei mais o que te dizer-Bruna respirou fundo me olhando-eu já te dei tantos concelhos Luan, e você está se afundando nesse relacionamento porque quer, desde o dia que descobri que vocês ficaram noivos, eu acho que você enlouqueceu
-Tambem penso nisso todos os dias-me sentei na banqueta do balcão totalmente frustrado
-Se quiser eu faço um lanche para você, e depois conversamos melhor, porque por sua culpa estou perdendo o filme com as meninas, e eu sei que se ficar aqui não vou resolver nada, porque você continua no mesmo impasse maninho
-Aceito seu lanche-concordei abaixando a cabeça e me debruçando sobre o balcão

Fiquei quieto naquele canto, enquanto ouvia Bruna preparar o meu lanche, e me dizer várias coisas que já cansei de escutar, mas ainda não sei se estou pronto para seguir.

-Come seu lanche, e continua refletindo se vale a pena, tudo o que você vem fazendo-disse Bruna colocando o lanche na minha frente e voltando para a sala

Comi o lanche enquanto refletia, me perguntando o que estou fazendo da minha vida, e vendo o meu estado emocional abalado por conta de uma mulher que ainda não sei se quero passar o resto da minha vida. Decidi sair desse mar de tristeza, e segui para a sala, onde minhas irmãs estavam concentradas vendo o filme, e Rebeca mexendo no celular entediada, como eu estava totalmente por fora do assunto do filme, me sentei perto de Rebeca, que só me olhou de relance e voltou a se concentrar no celular.

-Meninas, foi ótimo passar o dia com vocês, mas preciso ir descansar na casa dos meus pais, conferir se minhas malas estão arrumadas, e cuidar do Bruno que deve estar sentindo minha falta-disse Rebeca
-Eu falei para você trazer ele e as suas coisas para cá, porque assim você iria direto daqui amanhã-disse Mari
-Meus pais já reclamam muito que passo o dia todo fora, e mal aproveito o tempo livre com eles, mas agora vamos nos ver mais vezes amiga, então fica tranquila que logo eu apareço aqui, ou espero por você lá-disse Rebeca rindo
-Pi amanhã a gente volta para São Paulo?-Bruna perguntou me olhando e assenti-então vem com a gente Beca-sugeriu animada-porque eu sei o quanto é horrível transportar cachorro naquela caixinha, o Puff odeia, e por isso eu prefiro viajar com ele no jatinho do meu irmão, porque posso deixar ele mais confortável e perto de mim
-Não sei Bru, prefiro não incomodar vocês-disse nos olhando-já está tudo certo meu voo amanhã, o Bruno da trabalho quando fica na caixinha, mas não é um voo tão longo quanto de Portugal até aqui, então vamos conseguir sobreviver
-E se eu fosse junto, para ajudar a organizar seu novo apê?-sugeriu Marina-amiga, eu sei que você tem um monte de malas para transportar, coisas para organizar, e como o jatinho do meu irmão está a disposição, custa nada aceitar
-Calma meninas, vocês estão me oferecendo viajar no jatinho do irmão de vocês, e ele nem concordou com isso-disse constrangida me olhando
-Pois é, eu só estou observando vocês, dando carona no meu jatinho sem eu ter deixado-disse sério as olhando e elas me encararam por alguns segundos-é brincadeira-comecei a rir-Rebeca, você será muito bem vinda se quiser viajar com a gente
-O Luan não manda em nada mesmo-disse Bruna rindo e me batendo com uma almofada-mas vai lá buscar suas coisas, seu cachorro, e vem dormir aqui, para viajarmos todos juntos amanhã
-Não adianta discordar Rebeca-disse Marina a olhando séria, e as duas se encararam por um tempo, parecendo se comunicar pelo olhar
-Tudo bem, só vou aceitar porque eu sei que vou ter ajuda para organizar meu apê, e por saber que o Bruno vai ficar mais tranquilo viajando perto de mim-disse Rebeca cedendo
-Então assim que o filme acabar vou com você na casa dos seus pais, te ajudar com as malas-disse Marina
-Isso que da me amar demais-disse Rebeca rindo-mas como vou viajar com vocês de favor, não quero ficar aqui incomodando, sei que vocês querem ter um tempo juntos, para fazer coisas de irmãos-nos olhava constrangida
-Para de ser idiota Rebeca, aqui é seu apartamento, sua casa, e você vai dormir aqui e pronto-disse Marina decidida
-Eu quem cheguei para atrapalhar vocês meninas, me desculpem-disse realmente me sentindo culpado, por saber que Rebeca não é muito minha fã-se o problema foi eu ter aparecido sem avisar, fiquem tranquilas, que eu fico em um hotel
-Não começa com drama Pi-disse Bruna me batendo de novo com a almofada-aqui é todo mundo bem vindo, e olha que o apartamento nem é meu, pra mim ficar falando isso-começou a rir
-Ninguem vai embora daqui hoje, e está decidido-disse Marina
-Mas eu realmente preciso ir para a casa dos meus pais, prometi que iria jantar com eles hoje, que é minha ultima noite aqui no Rio, e estou até agora com vocês-disse Rebeca olhando profundamente para Marina, e mais uma vez as duas pareciam se comunicar pelo olhar
-Tudo bem Beca, acho que deve esse jantar aos seus pais-Marina concordou suspirando-mas amanhã cedo não esquece que vamos juntos para São Paulo
-Eu sei, e estou muito agradecida pela carona-disse Rebeca me olhando-e como está ficando tarde, já vou indo embora
-Não gostei dessa desfeita com a gente dona Rebeca-disse Bruna dramática-mas ainda bem que aceitou viajar com a gente, tô tão feliz que vamos morar na mesma cidade-minha irmã estava toda animada
-Eu que não estou gostando disso, minha irmã querendo roubar minha melhor amiga de mim-disse Marina enciumada, e as meninas riram
-Deixa de ser boba Mari, se mesmo comigo morando por 2 anos em Portugal continuamos sendo melhores amigas, agora que vou estar em São Paulo, que é mais perto, nossa amizade não vai morrer nunca-disse Rebeca a abraçando-agora preciso ir de verdade, e nem vou me despedir, porque vamos nos ver cedo amanhã
-Que insensível-Marina riu-mas tudo bem Beca, pode sair pela porta e deixa que depois eu tranco
-Senti que estou sendo expulsa, mas tudo bem-Rebeca riu-tchau gente, até amanhã-disse acenando para todos nós enquanto saia pela porta
-E graças a Rebeca, perdemos o final do filme-disse Marina, assim que a amiga dela saiu
-Outro dia a gente assiste de novo, porque eu não entendi vários momentos mesmo-disse Bruna rindo
-Você é sempre lerda para entender os filmes Bubu-ri olhando para a minha irmã
-Tava calado até agora, e só abriu a boca para me insultar-disse Bruna me batendo de novo com a almofada
-Mari, me defende-olhei para minha outra irmã que ria
-Vocês dois que se entendam, porque eu vou tomar banho-disse Marina rindo e saindo da sala
-Valeu Mari, tenho uma ótima irmã gêmea-fiz sinal de positivo para ela ironicamente, enquanto Bruna ainda me batia com a almofada
-Pi, o que ta acontecendo com você? agora vamos conversar sério-disse Bruna se ajeitando no sofá e jogando a almofada no chão-você é todo brincalhão, falante, e hoje ta calado, com um olhar triste, eu não gosto de te ver assim
-É sobre o que falamos aquela hora Bru-suspirei recostando a cabeça no sofá-minha vida ta uma confusão, meu relacionamento está estranho, eu perdi o controle de tudo, e estava me questionando sobre uma coisa, será que realmente amo a Jaqueline? será que ela realmente me ama? ou esse relacionamento virou comodismo para nós? é amor ou conveniência?-olhei perdida para minha irmã, que respirou fundo e alisou meus cabelos
-Luan, se até você está fazendo essa analogia, é porque não existe amor, e sim, na minha visão, isso virou comodismo para vocês, porque por 12 anos vocês levaram esse relacionamento com a barriga, com idas e vindas, e agora que você teve a loucura de querer noivar, você sentiu que isso não é a sua verdadeira vontade, porque foi conveniente para vocês esse noivado, já que depois de tanto tempo juntos vocês não chegaram a lugar nenhum
-Será que joguei 12 anos da minha vida fora desse jeito Bubu?-estava perdido em meus sentimentos e pensamentos
-Luan, o único que pode responder isso, é você mesmo-Bruna me olhou nos olhos-mas como eu sei que é só a Jaqueline ligar, e te ordenar alguma coisa, que você vai igual um cachorrinho atrás dela, fazer as vontades dela, e continuar seguindo com esse relacionamento frustrado, porque não tem coragem suficiente para terminar com ela, e eu sei que ela faz drama, chantagem emocional, e você caí na dela, então tudo o que eu falar você vai acabar fazendo o contrário
-Isso é péssimo-suspirei frustrado-eu não sei o que fazer para salvar o meu relacionamento, ou não sei se deixo afundar de vez
-O único que está se afundando é você Luan, porque está confuso, com uma cara péssima, enquanto sabe Deus o que a sua querida noiva está fazendo
-Acho que vou ligar para ela-suspirei olhando para minha irmã, querendo a opinião dela
-Impressionante Luan-ela respirou fundo-eu disse tantas coisas, e você acabou fazendo o que eu falei, me contrariando
-Desculpas, é que eu realmente tô perdido, tô frustrado, e é uma péssima ideia ligar para a Jaque agora-respirei fundo-mas em compensação, eu estou com a melhor irmã do mundo, que me aconselha, me atura, e ainda por cima não cansa de mim, mesmo eu sendo um chato irritante
-Espero que seja eu-sorriu convencida-e só não deixa a Mari ouvir isso
-Mesmo que ela seja minha gêmea, eu sempre vou estar mais conectado a você, devido tudo o que já passamos juntos Bubuzinha
-Amo tanto quando me chama de Bubuzinha-sorriu fofa apertando minhas bochechas
-É porque você é minha Bubuzinha-abri os braços para ela, que se aconchegou neles e eu a abracei
-Que tal prepararmos alguma coisa para comer? tô com fome-disse Bruna ainda dentro do meu abraço
-Sei que tenho uma irmã que manja na macarronada-ri a olhando
-E um irmão que manja no risoto-riu me encarando
-Acho que a Mari vai ter que decidir essa-disse a olhando entrar na sala, com uma toalha na cabeça
-O que eu perdi?-nos olhou sem entender
-Macarronada ou risoto?-Bruna a questionou-lembrando que risoto é mais gostoso
-Eu prefiro macarronada, me deu uma vontade-disse para não sobrar pra mim cozinhar e Mari começou a rir
-Vocês dois estão apostando alguma coisa, e como eu não quero tomar partido de ninguém, eu escolho panqueca-Mari disse animada e eu e Bruna nos entreolhamos
-O Luan se ofereceu para ajudar-disse Bruna de imediato
-A Bruna falou que lava a louça-ri a encarando
-Não sei o que vocês dois estão aprontando, mas se quiserem comer, os dois vão ajudar-disse Mari nos olhando decidida
-Tudo bem, só vou concordar porque eu juro que ouvi como se fosse a mamãe falando isso-disse Bruna rindo e tive que concordar
-Se dona Mari falou, ta falado-concordei
-Ótimo meus filhos-disse Mari rindo, e eu e Bruna tambem começamos a rir

Foi muito bom passar á noite com as minhas irmãs, fizemos panquecas e nos divertimos juntos, como eu amo essas duas, e mesmo que eu já achava que tinha tudo tendo Bruna como minha única irmã, depois que a Marina chegou, ela veio somente para completar cada um de nós com seu jeito doce, decidido e meio desajeitado como eu, somos tão parecidos, e eu não tinha dúvidas, que o meu melhor presente nos últimos anos, foi ter encontrado a minha irmã gêmea, ou melhor, ela ter me encontrado, porque no fundo eu sempre senti que faltava algo em mim, e agora não restam dúvidas que eu estou completo, pois era ela que faltava na minha vida e da minha família. Depois de comermos muita panqueca, lavar, secar e guardar a louça, ficamos na sala conversando assuntos aleatórios, gravando stories juntos, e por um momento me esqueci de Jaqueline, e de todos os meus problemas, tendo uma noite leve e tranquila com pessoas que amo e me fazem bem. No dia seguinte, acordamos cedo pois iriamos para São Paulo, eu estava morrendo de saudade de casa, dos meus pais, e sabia que eles iriam ficar felizes vendo que Bruna e Marina vão junto comigo.

-Tem certeza que ela está vindo?-perguntei a Mari, que estava impaciente olhando o celular
-A Beca deve ter se atrasado um pouco, mas ela vai com a gente sim-Marina afirmou
-Por mim ta tranquilo Mari, viemos mais cedo para o aeroporto, então temos tempo para viajar, não é tão demorado o voo do Rio a São Paulo-a tranquilizei, pois decidimos vir bem cedo para o aeroporto, e já estávamos no meu jatinho
-Será que ela não se perdeu? porque a pista de voo que o jatinho do Luan fica, é diferente dos aviões comuns-disse Bruna
-Ela sabe que aqui é pista particular, a Beca só é um pouco enrolada mesmo-disse Mari olhando mais uma vez no celular
-Vamos esperar ela chegar Mari, fica tranquila-disse Bruna se sentando ao lado dela-ela deve estar se despedindo dos pais, tranquilizando o cachorro, e pegando as malas, porque ela está de mudança
-Talvez seja isso-Mari suspirou

Depois de meia hora esperando, e Mari surtando com a demora da amiga, Rebeca finalmente apareceu, com um monte de malas, e com o cachorro no colo.

-Desculpa se atrasei o voo de vocês-disse nos olhando constrangida-é que o Bruno não queria tomar o comprimido, acabou fazendo sujeira em mim quando estava entrando no carro do meu pai para vir para cá, e pegar um voo suja não dá, então tive que tomar banho e me trocar, mas agora ele ta tranquilo-disse alisando o cachorro, que estava sonolento em uma caminha azul
-Imagina Beca, sei como é esses nossos filhos peludos-disse Bruna rindo
-Ainda bem que veio, porque eu já estava achando que você tinha pegado um avião e iria me avisar que já estava em São Paulo, enquanto eu fiquei surtando aqui-disse Marina
-Não sou cruel a esse ponto-Rebeca riu-só demorei mesmo devido o imprevisto com o Bruno
-Agora que está tudo certo, posso avisar o piloto para erguer voo?-perguntei cortando o assunto delas, pois sei que quando começam a conversar não param
-Pode sim Luan, e mais uma vez desculpa ter feito vocês esperarem tanto tempo-disse Rebeca me olhando feito uma menininha arrependida e foi impossível não sorrir para ela
-Imagina muié, imprevistos acontecem, agora se ajeita ai, e vê um lugar confortável para colocar o seu bebê-ri apontando o cachorro
-Coloca ele no banco á sua frente, e prende a caminha com o cinto-disse Bruna a ajudando-pode ter certeza que já fiz isso muitas vezes com o Puff
-Me sinto menos incomodada, sabendo que vocês gostam de cachorros-disse Beca sorrindo e mais uma vez apreciei aquele sorriso
-Boizera, pode ir-avisei meu piloto
-Ok, rota Rio de Janeiro a São Paulo, confirmado-disse meu piloto

O voo não era demorado, e enquanto as meninas conversavam animadas, e comiam minhas guloseimas que Bruna as ofereciam, preferi ficar em meu canto lendo um livro, e uma frase me marcou muito, vindo de encontro com aquilo que eu estava em questionamento, [...] "mantenha-se firme apenas se for conveniente; caso contrário, satisfaça a vontade do outro a fim de facilitar a sua vida." Emily Giffin, Questões do coração.

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Olá amores, cadê meus leitores? comentem aqui se estiverem acompanhando, gostando da história, ou se tem sugestões para melhora-lá, pois como eu sempre digo, quem faz a história também são vocês, então por favor comentem sobre o decorrer da história até aqui. Beijos e espero saber a opinião de vocês.

















sábado, 18 de abril de 2020

Capitulo 10 - Escolhas.

Alguns dias se passaram, e o clima entre mim e Fábio estava estranho, ele mal falava comigo em casa, e me tratava friamente quando me dirigia a palavra, isso estava doendo muito, mas me fez refletir se realmente queria passar o resto da vida ao lado dele. Todos os dias meus pais me ligavam, e eu tentava falar normalmente com eles, e mesmo que eu tentasse esconder alguma coisa, eles já sabiam do meu noivado, e da proposta de ser gerente em uma filial da empresa no Brasil, ás vezes acho que eles tem câmeras para me vigiar 24 horas por dia, ou informantes para falarem sobre a minha vida.

-Rebeca, olha o que esse cachorro fez na minha meia-Fábio já acordou irritado, e me assustando com seus gritos

-Bom dia para você também-o olhei ainda sonolenta, e Bruno estava ao meu lado na cama com a maior cara de inocente
-Cachorro feio, você só destrói as minhas coisas-Fábio continuava gritando e mostrando a meia
-Para com isso Fábio, ele não entende, a culpa é sua por deixar as suas coisas jogadas em qualquer canto-disse pegando meu cachorro no colo, que começou a me lamber todo carente
-Você só defende ele, e ele é um cachorro, não sei onde eu estava com a cabeça quando aceitei que ele viesse morar com a gente
-Fábio, você não tinha que aceitar nada, porque ele sempre foi meu cachorro, então óbvio que onde eu estiver ele vai estar junto
-Então agora minha opinião não importa Rebeca? que eu saiba nós dois tomamos as decisões juntos, seja em relação a esse cachorro, nosso apartamento, nossa vida
-Mas você tem sido muito chato e implicante ultimamente, tem gritado e brigado por tudo, só não aceito que desconte sua raiva no Bruno, porque ele não tem culpa nenhuma do seu estresse
-Como não tem culpa Rebeca? ele come minhas meias, destrói meus sapatos, até a alça da minha maleta ele comeu
-Fábio, seja sincero comigo, senta aqui para conversarmos-o olhei séria e ele sentou ao meu lado na cama, ainda com cara de irritado-você está agindo assim desde o dia que conversamos sobre a proposta que recebi, de voltar para o Brasil, gerenciar uma filial da empresa por lá, e isso só está me dando motivos para aceitar e ficar um tempo longe de você
-Que bom que foi direta comigo Rebeca, porque eu sei muito bem o motivo que você quer voltar ao Brasil, ou acha que não ouvi a sua conversa com a Marina? onde ela falava que você indo para São Paulo, ela poderia ficar mais perto do irmãozinho dela, e até iria arranjar um apartamento perto da casa dele para você morar e ela ficar perto da amiga e da família ao mesmo tempo
-Você ouviu demais, porque isso foi só uma brincadeira dela, obvio que eu não quero morar perto daquela gente, e que bom que foi sincero, porém você esta agindo ridiculamente, ouvindo minhas conversas, gritando com o meu cachorro, e descontando sua raiva em tudo e todos, quer saber a real Fábio? eu iria recusar a proposta, porque não queria ficar longe de você, com medo de estragar nosso relacionamento, mas você conseguiu estragar tudo sozinho, e por ser uma pessoa muito honesta, e que nunca mentiu para você, saiba que hoje eu vou conversar com o meu chefe e aceitar a proposta, ta feliz?
-Feliz deve estar você, porque agora tem motivos para querer se afastar de mim e ir correndo para perto do irmãozinho da sua amiga
-Sério, você ta insuportável, espero que quando você cair na real, me peça desculpas, mas tomara que não seja tarde demais-disse irritada me levantando da cama e indo para o banheiro

Me arrumei para ir ao trabalho, e preferi sair de casa antes de Fábio, tomei meu café da manhã na padaria em frente a empresa, e estava decidida a conversar com o meu chefe sobre a minha decisão.


-Bom dia, será que eu poderia falar com o senhor Pablo?-perguntei a secretária dele

-Só um momento-disse enquanto discava algo no telefone-bom dia senhor Pablo, a Rebeca Sanches deseja... tudo bem, vou avisar que o senhor a aguarda
-Acho que isso é um sim-comentei após ouvir a conversa
-Sim, ele está te aguardando na sala dele

Sorri agradecida para a secretária, e segui para a sala do meu chefe, respirei fundo antes de abrir a porta, e estava certa da decisão que tomei.


-Bom dia Rebeca-disse assim que me viu entrar

-Bom dia senhor Pablo-sorri simpática me aproximando da mesa dele
-Sente-se, espero que tenha vindo me dar uma resposta-foi direto
-Sim, eu já tenho a resposta, e eu vou aceitar a proposta de gerenciar a filial da empresa no Brasil
-Que ótimo Rebeca-sorriu e me estendeu a mão-tenho certeza de que essa foi a sua melhor decisão
-Tambem espero que seja-sorri amarelo, e no fundo eu pensava se realmente fiz a escolha certa

Fiquei durante um tempo conversando com Pablo sobre os planos dele para mim, agora que ele sabe qual foi a minha decisão, e mesmo que isso seja um grande avanço para a minha carreira profissional, eu sabia que quando voltasse para casa, o meu relacionamento com Fábio estaria por um fio, prestes a desmoronar. Passei o dia normalmente trabalhando em minha sala, mas recebendo milhões de informações do meu chefe por e-mail, pois agora ele estabeleceu um prazo para que eu entregue a outros arquitetos o que eu tenho de planejamento pendente com os clientes de Portugal, e corra atrás de me estabelecer por definitivo em São Paulo, durante um mês.


-Oi meu amor, que saudade do meu bebê-cheguei em casa um pouco mais tarde do que de costume, e morria de saudade de Bruno, que veio correndo, latindo e me lambendo-sei que você estranha quando chego tarde, pelo menos espero que o Fábio tenha colocado sua ração e trocado a sua água


Brinquei um pouco com o meu cachorro no tapete da sala, e pude ouvir Fábio sair do quarto estressado, estava com os cabelos úmidos, então ele devia estar tomando banho quando cheguei, respirei fundo, e sabia que agora precisávamos ter uma conversa séria e decisiva.


-Chegou agora Rebeca?-perguntou se sentando no sofá

-Sim, hoje fiquei até um pouco mais tarde, tinha muitas coisas para resolver
-Imagino-suspirou mexendo no óculos em seu rosto, e eu sabia que ele estava incomodado
-Fábio, precisamos conversar, mas sem brigar ou discutir, apenas um ouvir o outro, e ter bom senso-disse me sentando ao lado dele no sofá, e jogando os brinquedos de Bruno no tapete, para ele se distrair os mordendo
-Tudo bem, pode começar, sou todo ouvidos-sorriu cinicamente me olhando
-Você sabe que não estamos nos dando bem, ultimamente-ele assentiu-mas devido tudo o que já passamos juntos, a nossa história, nosso relacionamento, eu não quero ir embora e deixar tudo bagunçado, ou então com aquela história de darmos um tempo para ver como as coisas vão ficar, porque eu sei que isso significaria o fim, e eu não quero que acabe-o olhei nos olhos-Fábio, você é o homem mais incrível que eu conheço, é quem eu escolhi para estar ao meu lado, e ser o meu futuro marido, se não fosse isso, acha que eu teria aceitado seu pedido de casamento? eu respeito muito você, e tenho um amor muito grande por você, sei que o estresse tem falado mais alto nesses dias, e eu sinto sua falta, falta do seu carinho, falta das nossas conversas, falta do nosso amor, e mesmo que eu tenha falado da boca para fora que aceitaria ir para o Brasil, para ficar longe de você, saiba que esta doendo muito em mim saber que vou ficar longe de você, mas eu estaria sendo uma má profissional se perdesse essa chance, e sei que se fosse você recebendo essa proposta também ficaria tentado a aceitar, então não me julgue, nem me interprete errado, mas eu aceitei a proposta do meu chefe, e antes que fale qualquer coisa ofensiva, eu sei que o meu pai vai facilitar as coisas para você aqui, e quem sabe dentro de dois anos você volte para o Brasil, e enfim vamos nos casar e retomar a nossa vida juntos
-Rebeca, é tudo tão fácil para você-ele respirou fundo-eu sei que você nunca quis depender da influência dos seus pais, sempre conquistou tudo pelo seu próprio esforço, e entendo o quanto você quer essa promoção-suspirou me olhando-então me desculpa por não apoiar você, pois eu sei o quanto você se dedica, busca, pesquisa e vai atrás das melhores coisas para os seus clientes, você é a melhor arquiteta que eu conheço, e merece conquistar o mundo com esse seu talento-sorriu alisando meu rosto-eu amo você, e fica tranquila que tudo está bem entre nós, eu vou saber esperar acabar o meu contrato com a construtora, e como você disse, eu consigo influência do meu querido sogro para adiantar as coisas por aqui e terminar tudo antes de dois anos-sorriu piscando pra mim e revirei os olhos
-Você é um tremendo puxa saco do meu pai, chega a ser vergonhoso isso
-Que culpa eu tenho, se o meu sogro me ama-riu convencido
-Vou perguntar isso a ele, para tirar umas dúvidas
-Tenho certeza que ele vai afirmar, sou o melhor partido para a filha dele, além de ser o melhor engenheiro que ele conhece
-Seja um pouco modesto meu amor-ri subindo no colo dele-mas e então, esta tudo bem entre nós?-o olhei mordendo meus próprios lábios
-Acho que isso responde-sorriu me puxando para um beijo
-Ele também quer suas desculpas-disse rindo após encerrar o beijo, e ouvir os latidos de Bruno ao nosso lado no sofá
-Desculpa bola de pelos, só para de comer minhas coisas-disse Fábio o olhando e ele continuava latindo
-É para deixar ele comer o que quiser, se está jogado no chão, é direito dele pegar, morder, rasgar
-Ta bom, aceito ser minoria nessa casa

Com a certeza que a paz estava selada entre nós, tudo ficou mais fácil, mais leve, e eu não me sentia culpada, nem egoísta de ter aceitado a promoção no meu emprego, mesmo sabendo que dentro de um mês estaria longe do homem que eu amo.


[...]

Um mês se passou, e eu mal conseguia dormir nos últimos dias, que antecediam a minha volta definitiva para o Brasil. Consegui deixar nas mãos de bons arquitetos da empresa os meus projetos inacabados em Portugal, e mesmo que eu quisesse arranjar um lugar por conta própria no Brasil, meus pais acabaram alugando um apartamento sem o meu consentimento, e que foi aprovado por Marina, me mandando fotos e vídeos de tudo, então devido as minhas poucas opções, e tempo, eu iria ficar com o apartamento, que já estava tudo pronto, ou quase pronto, pois com certeza eu iria modificar muita coisa assim que analisasse todo o ambiente pessoalmente.

-Vamos sentir sua falta-me despedia de Fábio, com a caixinha de Bruno nas mãos, no aeroporto

-Tambem vou sentir falta de vocês, até das minhas meias furadas-riu olhando para Bruno, que dormia devido o medicamento para ficar tranquilo no avião
-Logo você vai para o Brasil, levar meias novas para ele rasgar
-Espero ir logo mesmo-me olhou tristinho-agora preciso ir, porque só vim deixar vocês no aeroporto e tenho que ir para o trabalho, começar minha rotina chata e sem graça sem você aqui
-Amor, vamos nos falar sempre, e nas férias vamos nos ver de novo
-Vontade de entrar em coma hoje, e voltar só nas férias, para poder te ver de novo
-Para de ser idiota Fábio, são só cinco meses até lá
-Cinco meses de tortura
-Dramático-ri revirando os olhos
-Te amo princesa-sorriu me dando um beijo
-Tambem amo você
-Cuida dela Bruno, sei que ta dormindo, mas cuida dela por mim-disse Fábio fazendo carinho na cabeça do meu cachorro dentro da caixinha
-E você se cuida, e juízo a partir de agora senhor Fábio
-Digo o mesmo para você, senhora Rebeca, não esquece que está noiva e não vai para a farra com certas amizades no Brasil
-Eu já sou grandinha, e sei que vamos nos sair bem um sem o outro, agora tchau-selei os lábios dele
-Amo você-beijou minha testa e saiu da sala de embarque acenando para mim

O voo para o Brasil parecia uma eternidade, eu iria direto para o Rio de Janeiro, ver meus pais, Marina, e depois iria para São Paulo, pois decidi ir com uma semana de antecedência, para poder respirar um pouco, e depois entrar com a cara e a coragem na minha nova vida no Brasil. Meu pai foi me buscar no aeroporto, e Bruno deu um pouco de trabalho depois que saiu da caixinha, ele fica muito enjoado e acabou fazendo sujeira no banco de trás no carro do meu pai.


-Filha, acho que não foi boa ideia ter trazido esse cachorro

-Ele é minha companhia pai, então é lógico que viria comigo, o Fábio não teria paciência para cuidar dele sozinho, e se for pela sujeira no seu carro, deixa que eu pago para limparem
-Não se preocupa com isso querida, é o de menos
-Então não reclama do meu cachorro-disse pegando Bruno que estava sonolento de novo

Entrei em casa, e estranhei minha mãe não ser a primeira a vir me receber, levei minhas coisas com a ajuda do meu pai para o meu antigo quarto, e coloquei Bruno para dormir em minha cama, sei que ele merece descansar.


-Minha mãe não está em casa?-questionei meu pai após carregarmos todas as malas

-É época de reuniões na escola, então ela esta atolada de questões para resolver, mas hoje ela prometeu chegar mais cedo para ver você, ela esta morrendo de saudade
-Tudo bem, então vou comer alguma coisa, e depois marcar algo com a Marina, porque tô com saudades da minha amiga
-Então vou lhe fazer companhia, porque saí da construtora ás pressas e mal comi de ansiedade esperando você chegar

A empregada preparou um lanche para nós dois, e mesmo que meu pai tenha esse jeito seco, fechado e que só gosta de falar de trabalho, pudemos ter um momento agradável juntos.


-Rebeca, meu amor, você já chegou-minha mãe invadiu a cozinha me abraçando

-Oi mãe, tô aqui
-Como você está meu amor? foi bem a viagem? e o Fábio como está?
-Tô bem, a viagem foi bem, e o Fábio deve estar bem
-Sérgio, porque não me avisou que ela já estava em casa-minha mãe o questionou
-Você disse que estaria ocupada com reuniões na sua escola, então achei que não devia incomoda-lá
-A Rebeca nunca é incomodo-o olhou brava-senti sua falta minha filha, é bom saber que agora você vai estar mais perto de nós-sorriu me olhando
-Não tão perto, mas pelo menos não estamos mais em países diferentes
-Rio de Janeiro a São Paulo, é questão de horas em um voo
-Pois é mãe, agora vamos nos ver com mais frequência-sorri amarelo-mas e a Marina, ainda está na escola?
-Sim, ela diminuiu a carga horária de aulas, devido querer acompanhar mais de perto o irmão e a nova família dela, mas ela ainda trabalha lá e é muito querida pelas crianças
-Ela sempre teve um jeito doce e calmo com crianças
-Diferente de você, que sequer planeja me dar um neto-disse minha mãe me alfinetando e eu revirei os olhos
-Agora que eu estou longe do Fábio, tomara que você pare com essa paranoia, porque eu não quero engravidar tão cedo, foi bom o lanche, mas agora vou descansar

Deixei meus pais com um clima tenso na cozinha, e fui para o meu quarto, Bruno ainda dormia todo folgado, e eu acabei me juntando a ele naquela cama aconchegante e espaçosa, para descansar o corpo e a mente, pois eu precisava.


-OI PRIMA, GATA, GOSTOSA, A SUA ALEGRIA CHEGOU-acordei assustada ouvindo alguém gritar, Bruno latir, e quando vejo que é Natália minha prima

-Nati, sua louca-ri a olhando
-Que saudade Beca-disse quase pulando em cima de mim na cama e me dando um abraço-tô tão feliz que voltou, e espero que não me mate por isso, mas ficou incrível o vídeo de você acordando-ela ria me mostrando o vídeo no celular
-O duro de conviver com você é isso-ri olhando a minha cara no vídeo
-Sei que você me ama priminha, e meus seguidores também amam você, ás vezes sempre tem alguém que pergunta sobre a minha prima arquiteta de Portugal, você nunca posta nada, é bom mostrar um pouco da nossa vida para as pessoas, sei que você tem bastante seguidores graças a mim, mas poderia aumentar um pouco mais, se você interagisse com as pessoas que te seguem nas redes sociais
-Nati, eu sinceramente não dou a minima para isso
-Mas devia dar, até a Marina esta tendo mais seguidores do que você, tem até fã clubes para ela, tudo bem que é devido a influência de ser irmã do Luan Santana e da Bruna Santana, mas ela sabe ser carismática, andei dando umas dicas para ela, e claro que a ajudei muito nas redes sociais, quando veio aquela loucura de que ela era irmã de um cantor famoso
-Ela tem carisma, paciência e tempo, coisa que eu não tenho para isso de redes sociais
-Mas isso vai mudar Beca, agora você vai postar mais coisas legais, porque eu vivo indo para São Paulo cobrir eventos, e adivinha onde eu vou ficar quando eu for para lá?
-Agora tô vendo que meu apartamento vai virar hotel
-Nossa, isso é porque sou da família
-Tô brincando Nati, você vai ser muito bem vinda quando quiser ficar no meu apartamento
-Por isso te amo Beca, minha melhor prima-sorriu me abraçando
-Agora será que posso tomar um banho e me arrumar, porque tô com fome e a gente podia sair para comer
-Ótima ideia, já faz um tempo que uma churrascaria quer que eu vá fazer divulgação do local, gravar alguns videos, tirar fotos, mas como minha agenda sempre esta lotada com a divulgação de lojas e eventos, acho que hoje a gente podia ir comer lá, o que acha?
-Por mim tudo bem, ás vezes é bom sair com você, e não precisar pagar a conta
-Vamos chamar a Marina, acho que hoje merecemos uma noite entre amigas
-Demorou, combina tudo com ela, enquanto eu vou tomar meu banho, acho que a bateria do meu celular descarregou, então não falei com o Fábio, e nem com ela-disse rindo e colocando o celular para carregar
-Bem sua cara fazer isso Rebeca-ela riu digitando algo no celular-a Marina está super brava com você, dizendo que mandou milhões de mensagens perguntando se você já tinha chegado, e você não respondeu, nem visualizou
-Pede milhões de desculpas, e fala que ainda não vai dar para responder, porque até meu celular ressuscitar vai demorar um pouco
-Relaxa, ela é muito compreensiva, porém só dessa vez-disse Nati rindo, com certeza conversando com Marina

Tomei banho, e Natália permaneceu jogada na minha cama mexendo no celular, nunca vi pessoa mais viciada e conectada com a tecnologia.


-Beca, você é maravilhosa, mas vai colocar calça jeans?-disse Nati reprovando a peça que eu estava escolhendo

-Calma, eu estou com um milhão de coisas nessas malas, então a primeira coisa que vier eu vou colocar, porque depois eu vou ter que arrumar tudo de novo e depois desfazer de novo, quando for para São Paulo
-Que complicação, mas deixa eu ajudar você a vasculhar as malas, escolher um look perfeito, e ainda deixar tudo organizado, se der certo vou fazer um vídeo disso, vai bombar esse tutorial-disse Natália viajando na maionese e eu apenas ria
-Nati, acho que isso vai demorar, e eu tô com fome
-Espera Beca, acho que esse short vai ficar bom
-Eu costumo usar na praia esse short-ri vendo a peça
-Não interrompe minha criação, mas esse cropped verde é lindo, você tem tanta roupa linda, é tudo comprado em Portugal?
-Acho que sim, nem me lembro mais da onde veio
-Essa saia ficaria legal
-Ou essa calça-peguei uma das calças estilo moletom que eu amava usar para sair á noite
-Parece moletom, e essa cor não sei-Nati analisava o look
-Pronto, vou me vestir, se ficar bom ok, se não ficar paciência
-Se não ficar bom, vou fingir que nem conheço você, pois tenho uma imagem a zelar

Me arrumei em meio as opiniões de Natália, e ela acabou elogiando o meu look, pois eu sei que tenho bom gosto, e decidi não carregar tanto na maquiagem, pois não queria demorar, e sei que Marina já estaria esperando por nós no local.


-Vão sair?-minha mãe perguntou ao nos ver descendo as escadas

-Sim, noite com as amigas-respondi
-Pensei que iria jantar com a gente, mandei fazerem o prato que você gosta
-Amanhã eu almoço com vocês, mas é que eu já tinha combinado de sair com as meninas
-Tudo bem querida, divirtam-se

Segui com Nati para a churrascaria, e acabei indo com ela em seu carro, mesmo sabendo que os carros do meu pai estão a minha disposição, estava afim de beber e aproveitar a noite com as minhas amigas, então não queria a responsabilidade de dirigir e estar sóbria. Chegamos na churrascaria, e Nati já gravava os stories mostrando o local, claro que sobrou pra mim aparecer nisso tudo, sorrir para a câmera e interagir com os natináticos, acho que é assim que são chamados os fãs e seguidores da minha prima.


-Não acredito, Bruna Santana por aqui, olha que musa linda meus amores-Nati gravava tudo, inclusive a chegada de Marina e Bruna-olha que linda a Marina, são muito lindas essas duas irmãs, e são minhas amigas, nem acredito

-Como essa Natália é exagerada-ri revirando os olhos, e vendo as duas sem jeito sendo abordadas por ela
-Acho que é bom não ser tão conhecida quanto a Bruna, por isso escapei das gravações da Nati e vim aqui abraçar a minha amiga, que eu tô morrendo de saudade-disse Marina me abraçando apertado
-Tambem senti saudades amiga-disse ainda dentro do abraço-e acho que as duas sabem lidar bem com essa aparição toda-ri olhando Bruna e Natália interagindo nas gravações
-Oi Beca, tudo bem?-disse Bruna toda educada vindo me abraçar, depois de finalmente Natália a deixar em paz
-Oi Bruna, tudo ótimo-sorri me sentindo feliz com a presença das minhas amigas
-Sei que vim sem ser convidada, mas é que estou passando alguns dias com a Marina e ela fez questão que eu viesse
-Ainda bem que veio, porque se eu soubesse que estava aqui, é claro que falaria para você vir junto
-Selfie das amigas-Natália chegou toda animada batendo um monte de fotos nossas
-Chega né, porque eu tô com fome, e viemos comer, bater papo, e não para ficar tirando fotos-disse já irritada
-Calma Beca, é que eu preciso postar-disse Natália-inclusive, seja legal, faz uma pose, e deixa eu tirar uma foto sua para você postar, porque sei que não vai ter nenhum stories seu, mostrando a nossa noite de hoje
-Seja rápida então-disse me posicionando 


Paula Amorim, ex-BBB | Calça laranja, Ideias fashion, Look com calça
@becasanches: Iniciando a noite com as amigas 🍻💕

-Ficou maravilhosa-Nati comemorou, após ver minha postagem

-Pronto, agora que postei a foto que tanto queria, vamos pedir alguns petiscos para comer, e uma rodada de chopp
-Demorou-concordou Marina animada

A noite foi incrível ao lado das meninas, conversamos, rimos, comemos, bebemos, e há tanto tempo que não me sentia tão feliz assim, sabendo que estou com pessoas que eu gosto, e me sentindo leve. Depois da churrascaria, fomos todas para o meu apartamento, onde Marina mora, e lá enceramos a noite com brincadeiras idiotas, não sei quem teve ideia de fazer o eu nunca com tequila, e eu não me lembro de nada que fizemos ou falamos, mas bebemos muito, e acabamos dormindo todas amontoadas em colchões na sala. Acordei com uma ressaca horrível, acompanhada de dor de cabeça e estômago embrulhado, mas ao ver as meninas dormindo, jogadas ao meu lado, me fez rir e lembrar que tivemos uma noite divertida juntas e com certeza valeu muito a pena. Segui para o banheiro e tomei um banho demorado, peguei uma roupa da Marina emprestada, pois queria vestir algo mais confortável, e quando voltei para a sala vi que Marina e Natália ainda dormiam, mas Bruna não estava mais ali, com certeza ela acordou e deve ter ido usar o outro banheiro. Decidi ir para a cozinha fazer algo para comer, e depois acordar as meninas para comerem comigo, quando escuto alguém brava no telefone, então preferi ficar no corredor perto da cozinha para não interromper a conversa, e de quebra escutando tudo o que Bruna conversava no telefone.


-Mas Luan, já te falei para não ir longe demais com isso... sério que ta arrependido?... você sempre faz besteira e depois fica me ligando desesperado, com coisa que vou resolver todos os seus problemas... se não ta feliz, termina com isso logo.... você me cansa Luan, sempre a mesma história, chega, ta muito desgastada essa relação... quer saber, outra hora conversamos melhor, eu tô de ressaca, acordei no susto com você me ligando, então esfria a cabeça, e quando você tiver uma decisão me liga, porque cansei de te aconselhar, ouvir suas paranoias, e confusões com a Jaqueline... é claro que amo você, para de drama Luan, você é meu irmão... ta bom, tchau, quando estiver menos dramático nos falamos de forma civilizada-Bruna estava irritada com Luan, e pelo modo que ela encerrou a ligação, acho que eu não devia entrar na cozinha agora


Voltei para a sala sorrateiramente, e ainda tentava entender toda essa confusão, claro que criei várias teorias, principalmente sabendo que Luan não presta, ele deve trair tanto aquela noiva dele, tenho até pena da garota, e com certeza devia ter feito alguma merda, brigaram, e ele quis desabafar com a Bruna, porque ela tem cara de ser a irmã conselheira, sábia, e sensata.


-Oi Beca, bom dia

-Bom dia Bru-desconectei de meus pensamentos ouvindo Bruna entrar na sala, e disfarcei com um sorriso amarelo
-Nossa, acho que ontem exageramos um pouco-riu de canto-coloquei um café para ferver na cafeteira
-Leu meus pensamentos, porque iria fazer isso agora-sorri ainda tentando disfarçar que ouvi a conversa dela no celular-enquanto essas dorminhocas não acordam, vou preparar algo para comermos
-Que ótimo, enquanto isso vou tomar um banho eu acho, ainda tô criando coragem
-Força amiga, porque eu sei que a ressaca está foda
-Muito foda

Bruna seguiu para o banheiro, e eu fui para a cozinhar tentar fazer algo fácil e rápido, pois não sou a melhor pessoa do mundo cozinhando, o máximo que eu faço é tentar não passar fome e me virar com os tutoriais da internet. Depois de arrumar o café da manhã, acordei as meninas com a ajuda de Bruna, e nós quatro tentávamos lembrar o que aconteceu na noite anterior, só sabíamos o que estava nos stories da Nati e da Bruna, e ainda bem que não tinha nada constrangedor, mas tínhamos certeza que nos divertimos e era só isso que importava.


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Olá amores, como vocês estão? se alguém estiver acompanhando e gostando do rumo da história comente por favor, e também deixe a sugestão de vocês, pois eu escrevo para vocês, desde já agradeço a compreensão, beijos.