*Rebeca on.
-Luan, me escuta, por favor...-saltei da cama enrolada no lençol e me coloquei na frente dele, o impedindo de sair do quarto
-Saí da minha frente Rebeca, me deixa em paz-dizia irritado terminando de se vestir
-Luan, por favor, não faz isso comigo-deixei lágrimas caírem-eu nunca iria mentir para você sobre isso, por favor, escuta o que eu tenho para falar...
-Não quero saber, você está grávida de outro, e me da nojo saber as coisas que você faz, mesmo com uma criança inocente na barriga-me olhou com desprezo-agora me deixa sair daqui, e quando for deixar a Letícia na minha casa, por favor, evita falar comigo-disse me olhando sério e saindo do quarto sem olhar para trás
-Luan, não saí assim...-me coloquei a chorar, o vendo ir embora
Após dormir por dois dias seguidos com o Luan, e ele descobrir dessa forma repentina que eu estava gravida do Fábio, eu não sabia que rumo a minha vida iria tomar. Eu estava passando muito mal a algumas semanas, e queria não pensar nessa possibilidade de gravidez, pois os meus remédios estavam sempre em dia, mas como a minha vida é corrida, tenho que trabalhar, cuidar da minha filha, fora o estresse que eu passo com o Fábio, eu acho que acabei me esquecendo de verificar se a minha injeção de anticoncepcional estava realmente dentro do prazo, ou se eu precisaria de mais uma dose por esses meses. Foram poucas ás vezes que eu cedi em transar com o Fábio, devido mais brigarmos do que estarmos de bem um com o outro, mas foi o suficiente para acontecer o inesperado, então como eu estava na dúvida, eu fiz o teste na noite em que o Luan sem querer dormiu em meu apartamento, antes mesmo de irmos para a cama juntos, e como fiquei assustada com o resultado, com medo do rumo que a minha vida e a desse bebê teriam, pois a minha relação com o Fábio estava por um fio, então com a cabeça a mil, e o emocional frágil, eu acabei seguindo os meus instintos, os meus desejos, e me entreguei ao Luan, pois eu ainda o amava, e precisava esquecer os meus problemas, fazendo amor com o homem que eu tenho certeza que vou amar pelo resto da minha vida. E agora eu estava perdida, ainda em meio ao choro, ouvi Letícia acordar e chamar por mim, coloquei o meu robe, e fui ver minha pequena, a peguei no colo e a abracei apertado, pelo menos eu sabia que não estaria sozinha independente do que fosse acontecer na minha vida, pois eu sempre teria ela ao meu lado, mesmo com tantas merdas que eu faço na vida, a Letícia com certeza foi o meu melhor acerto.
-Bom dia minha vida, te amo mais que tudo nesse mundo minha filha-a abracei apertado e ela estava manhosa por ter acabado de acordar
Fiquei um tempinho com a minha filha, e depois fui preparar a mamadeira dela, a deixando quietinha assistindo TV com o Bruno, deitados no sofá da sala, e como eu deveria ir para o trabalho, mas estava muito mal para querer sair de casa, então iria ficar o dia todo com Letícia e o meu cachorro, pois eles são minha melhor companhia. Na parte da tarde eu estava deitada no sofá, sentindo um pouco de fraqueza, devido mal ter comido, pois vomitei tudo o que comi durante o dia, quando Fábio finalmente voltou para casa, e Letícia foi toda feliz o pedir colo, pois estava com saudades dele.
-Papaiii
-Oi princesa, o papai chegou, e está cheio de saudades-Fábio por mais que seja um chato comigo, com a minha filha ele tem uma boa relação-e trouxe presentes dos seus avós, para você meu amor-disse a mostrando um pacote de presente e ela sorriu
-Pesentiii-Letícia bateu palminhas
-Sim, presente para a minha princesa
Fábio a entregou o presente e a minha filha veio toda feliz, carregando a caixa com dificuldade, para abri-la em meu colo, só então que o Fábio me olhou, e veio me dar um beijo carinhoso, que eu mal pude retribuir pois estava enjoada demais.
-Oi meu amor, tudo certo por aqui?
-Na medida do possível-suspirei o olhando-e como estão as coisas da empresa? sua família? meu pai?
-Tudo muito bem-sorriu me olhando-agora vou só me trocar, e correr para a empresa, achei que você estaria lá
-Não estou me sentindo bem hoje, então fiquei em casa com a Le
-Melhoras-beijou minha testa-agora preciso sair daqui voando meu amor, ainda bem que deu tempo de ver você e a Le
Fábio mal deixou as coisas em casa, e só se trocou, saindo ás pressas para a empresa, o que acabou deixando Letícia com um bico enorme, pois ela queria a atenção dele, e foi difícil fazê-la se distrair com outra coisa, pois ela se apegou ao presente que ele trouxe, e chorava sentida porque ele não ficou em casa para brincar com ela.
[...]
A semana passou voando, e eu mal estava tendo tempo para conversar com o Fábio sobre a minha gravidez, pois ele só pensava em trabalho, parecia o meu pai, e isso me fazia entender porque o casamento dos meus pais não deu certo, pois isso desgasta a relação, e acaba não sobrando tempo para ter um dialogo entre o casal, tudo é assunto de trabalho, ou tem a desculpa que está cansado demais do trabalho para conversar sobre outros assuntos. Devido o meu mal estar, peguei um atestado durante toda a semana, o que me deu tempo de correr atrás de várias coisas da minha gravidez, passar um maior tempo com a minha filha e o Bruno, mas como eu já estava cansada de ficar em casa, e ainda precisava contar ao Fábio que vamos ter um filho, decidi fazer uma surpresa para ele. Como eu não gostava de ficar levando a Letícia no shopping, pois ela ainda é pequena e me da trabalho querendo tudo o que vê, a deixei na casa do pai dela, pois ele não a viu durante esses dias que fiquei em casa, então combinei com a Bruna dela me receber, já que o Luan não queria nem olhar na minha cara, e deixai a minha filha com ela, pois sei que Letícia também sente a falta do pai, dos avós, da tia, e de todos que a tratam como princesa naquela casa. Andei um pouco pelo shopping, e achei um body de bebê escrito: Adivinha quem vai ser papai?
Era algo simples, mas como o meu noivo precisava saber que seria pai, achei aquela uma forma fofa de contar a ele sobre a gravidez, mesmo tendo alguns desentendimentos entre nós ultimamente, e eu querendo muito me separar dele até alguns dias atrás, ele era o pai do meu filho, e eu precisava me acertar com ele de uma vez. Cheguei na empresa, e segui direto para a minha sala, onde quando eu não estou, é ocupada por ele, ou pela Clara, que é a minha representante após anos de confiança trabalhando como minha secretária. Para mim era normal ver a sala fechada, e sei que a Clara vive indo atrás de tudo na empresa, então raramente fica sentada na recepção em frente á minha sala, onde eu iria pedir a ela que não avisasse ao Fábio que eu vim vê-lo, mas como ela não estava ali, fui abrindo a porta de uma vez, pensando em dar o presente a Fábio, que com certeza está atolado de trabalho, quando me deparo com a cena, onde Fábio estava beijando o pescoço de uma mulher, a agarrando, e para a minha decepção não era ninguém menos que a Clara.
-Você esta me traindo?-disse indignada olhando os dois caras de pau, que se soltaram arregalados-nunca esperei isso de você Fábio
-A gente pode explicar Beca...-Clara foi tentar argumentar, mas Fábio não deixou
-Como você viu Rebeca, chumbo trocado não dói-me disse com o olhar frio
-Melhor eu sair daqui-disse Clara vendo que o clima pesou entre nós
-Está fugindo porque sua falsa?-a olhei indignada, e ela saiu da sala como se não tivesse me escutado
-Deixa ela em paz Rebeca, o assunto é entre eu e você-Fábio me encarou-porque você pode me trair á vontade, até faz filho com outro, e eu tenho que sempre estar disponível para você? ser fiel? ser seu cachorrinho? eu cansei de ser idiota...
-Eu pensei que você estivesse comigo porque me ama, porque ama a minha filha-deixei lágrimas caírem-mas uma traição, com a minha amiga e secretária, é baixo demais...
-Não tão baixo quanto você, que ainda vive colada no seu ex amante-me olhou cheio de raiva
-Ele é pai da minha filha, queria que eu não tivesse contato com ele como?
-Pensasse nisso, antes de ficar me traindo com ele-disse com ironia-mas agora que descobriu que eu não sou mais seu capacho, acho que vai ser melhor colocarmos um fim no nosso relacionamento Receba, esta tudo terminado entre nós e...
-Eu estou grávida-o disse na lata-vai mesmo querer terminar?-o olhei indignada, deixando lágrimas caírem
-O que? grávida de novo?-me olhou arregalado-esse filho é de quem? porque você vive colada no cantorzinho, pode muito bem ter engravidado dele outra vez, e até que você prove que esse filho é meu, eu não tenho mais nada com você
-Fábio, para de ser ridículo-estava sem acreditar que ele estava me tratando dessa forma-eu estou só com você desde que a Letícia nasceu, porque não acredita em mim? esse filho é seu...
-Sinto muito, mas é difícil de acreditar em você Rebeca, você mentiu para mim até depois que a Letícia nasceu, foi me contar a verdade quando eu já estava apegado na menina, sendo que eu já tinha certas desconfianças que ela não era minha
-Eu sei que errei, mas aconteceram tantas coisas na gravidez da Letícia, que eu só não queria deixar ela sem um pai-as lágrimas desciam sem permissão, devido os hormônios alterados e a decepção-mas Fábio, eu prometi a você que nunca mais iria te enganar, então acredita em mim, esse filho é seu
-Desculpa, mas não consigo acreditar-me olhou negando-e desde quando você descobriu isso? porque não me contou antes Rebeca?
-E você está tendo tempo de conversar comigo por acaso? só pensa nessa droga de trabalho, que agora eu sei que é na sua amante na verdade
-Não vem querer me julgar a essa altura do campeonato, você quem me traiu primeiro, enquanto eu estava igual um idiota em Portugal, resistindo a várias mulheres, convites de festinhas intimas, porque eu pensava que você estaria me esperando, mas você estragou tudo Rebeca, estragou nossa relação, até mesmo nossa amizade, eu nem sei mais o que existe entre nós dois
-Nem eu sei-chorava sem saber o porque, enquanto o olhava-eu queria te dizer que eu sinto muito por tudo isso, porque você é alguém que eu gosto muito, e que eu sempre pensei que seria o meu futuro marido, pai dos meus filhos, o meu melhor amigo...
-Eu queria ser tudo isso e muito mais para você, mas eu não sei o que mudou-ele suspirou-cansei dessa incerteza de sentimentos que há entre nós, e quis me arriscar com algo novo, conhecer outras mulheres, até que me aproximei da Clara, e as coisas foram acontecendo...
-Não precisa se justificar, porque eu sei que fiz por merecer-respirei fundo enxugando minhas lágrimas-se quer terminar, ótimo, porque eu também estava sufocada nessa relação, mas e o bebê...-alisei minha barriga o olhando e ele suspirou-ele não tem culpa dessa nossa vida bagunçada Fábio
-Belo momento para engravidar Rebeca-ele sentou sobre a mesa pensativo-você não toma anticoncepcionais?
-Sim, mas eu tinha optado pela injeção, e com tantas coisas na cabeça, a correria do dia a dia, acabei nem me dando conta que eu precisava de uma nova dose
-Que situação-ele estava pensativo
-Fábio, eu sei que não é o momento, mas eu tinha comprado isso para você-o entreguei o embrulho com a roupinha, e ele abriu me olhando sem jeito
-E eu estraguei a sua surpresa, me desculpa-suspirou me olhando
-Não precisa se desculpar, você não sabia que eu viria aqui, então...
-Estamos agindo como dois idiotas-me encarou sério e assenti-Beca, um filho é uma coisa muito séria, sei disso porque a nossa vida, e a nossa rotina mudaram totalmente desde que a Letícia nasceu, e agora que vem mais uma criança, sem a gente ter planejado, precisamos pensar muito bem que rumo a nossa vida vai tomar
-Com certeza-suspirei o olhando-eu só sei fazer merda nessa vida-me sentei ao lado dele na mesa, e ele me encarou
-Não chama o nosso filho de merda
-Agora é nosso filho?-o encarei-ainda quer o exame de DNA?
-Se achar que a gente precisa fazer, isso vai partir de você e da sua consciência, se você transou com outros por aí...
-Você é muito ridículo, não quero perder minha paciência com você-desci da mesa o encarando-vamos pensar bem, sobre como vai ficar o nosso relacionamento, e depois a gente conversa sobre o bebê
-Tudo bem, temos nove meses para decidir, e até lá pensa nos caras que podem ser o pai dessa criança
-Como você é chato, se duvida tanto da paternidade, a gente marca para fazer o DNA e acaba com essa desconfiança boba
-Por mim tudo bem, eu não quero ser feito de trouxa mais uma vez Rebeca-me olhou sério-mesmo que eu queira muito acreditar que esse filho é meu, melhor fazermos o DNA para não termos dúvidas
-Ótimo Fábio, obrigada por demonstrar o quando você não confia em mim, mas como eu não quero atrapalhar o seu trabalho, prefiro ir embora
Saí daquela sala me sentindo humilhada, e tentava me segurar ao máximo para não chorar, pelo menos até entrar em meu carro, o que foi em vão, pois assim que pisei no elevador as lágrimas rolaram, e segui chorando até o meu carro, onde eu me debrucei no volante, tentando entender o que eu fiz de tão errado nessa vida, para tudo sempre dar errado. Voltei para o meu apartamento me sentindo péssima, e fui consolada por Bruno, o abracei deitada em minha cama, e eu não queria trazer mais um filho para esse mundo, sendo que eu não sei nem cuidar da minha própria vida, usar a droga de uma camisinha, ou verificar o anticoncepcional, coisas tão simples, mas que me geraram dois filhos com dois homens diferentes. Fiquei alisando minha barriga, e me sentia um pouco arrependida pelos meus pensamentos, pois a Letícia foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, e com certeza esse bebê também seria.
-Oi meu amor, tudo bem aí?-comecei a conversar com minha barriga-eu sei que sou uma pessoa muito complicada, difícil de lidar, mas se você ta aí dentro, saiba que eu já te amo muito, e mesmo que o seu pai seja um chato, ele também já deve te amar-deixei lágrimas caírem me lembrando da desconfiança de Fábio-a nossa família é bem complicada, mas tem muita gente que vai amar conhecer você, tem o Bruno-sorri olhando o meu cachorro-que é um ótimo companheiro, tem a Letícia que é sua irmãzinha, ela vai brincar muito com você...
Fiquei conversando com o meu bebê, e consegui me acalmar, me distrair, então acabei dormindo, pois eu precisava de descanso. Acordei com alguém me ligando, e como estava com preguiça de atender, fui ver só depois que era a Marina, então ela iria saber esperar eu retornar a ligação, o que eu iria fazer só depois de tomar banho, e comer alguma coisa, pois gravida sente muita fome, e eu estava sem comer o dia todo. Tomei um banho relaxante, e liguei para Marina após pedir um lanche bem completo e recheado que me deu vontade, e soube que a minha amiga estava vindo para São Paulo, o que me animou bastante, pois eu sentia falta dela, e precisava muito do colo dela, porque ela é quem ouve minhas loucuras, me aconselha, e me da apoio sempre que eu preciso.
-Olha quem chegou, vem me falar oi-Marina viu Fábio passar por trás de mim, atrás do sofá, pois ele havia acabado de chegar e estava distraído mexendo no celular
-Oi, nem vi que estava falando com a Beca-ele acenou para ela
-Estamos fofocando a tarde toda-ela riu-inclusive, parabéns papai
-Obrigado Mari-ele sorriu amarelo-agora com licença, que preciso de um banho e de descanso
-Vai lá papai do ano-Marina ria do outro lado
-Amiga, como você é discreta, espero que não fique espalhando por aí que eu estou grávida-falei brava com a Marina, após Fábio ter entrado no quarto
-Fica tranquila que eu sei guardar segredo, só o dei parabéns porque ele já sabe
-Pois é, sabe mas não acredita que é dele-suspirei chateada
-Beca, ele está fazendo drama, mas ele com certeza sabe que é o pai do seu bebê, porque você nem tempo para ver outro cara está tendo-riu do outro lado me olhando, e me lembrei das noites que passei com Luan-ou teria? Beca?
-Não Mari, esse bebê é do Fábio mesmo-suspirei-preciso desligar porque já conversamos demais, e o meu lanche deve estar quase chegando
-Tudo bem amiga, vai comer o seu lanche, aproveita que nessa fase da gravidez você pode comer tudo
-Comer sem culpa e sem limites-ri a olhando-tô brincando, eu sei que não dou conta de exageros, vomito até
-Dessa parte não quero saber-ela riu-então boa noite mamãe do ano, amo você, a Le e esse bebezinho que ainda não conheço
-Boa noite titia do ano, pode ter certeza que amamos você
Desliguei a chamada de vídeo com Marina, e logo a campainha tocou, então a abri toda feliz pois era o meu lanche. Me sentei no sofá, com Bruno todo interesseiro ao meu lado, e comi com vontade o meu lanche, até sentir bater um enjoo forte, então corri para vomitar em meu banheiro, vendo Fábio sair enrolado na toalha, e me olhar todo assustado.
-Tudo bem?-ele perguntou após eu vomitar
-Coisas típicas de uma gravidez-me sentei sobre o vaso com a tampa fechada após dar descarga e suspirei
-Ainda bem que não sei o que é isso-riu saindo do banheiro e revirei os olhos
-Sorte sua ser homem-murmurei após ele sair
Me recuperei do meu mal estar, lavei a boca, e saí do banheiro vendo Fábio já trocado, começando a pegar umas coisas dele e colocar em uma mala.
-Vai viajar?-perguntei me sentando na cama, vendo a mala dele aberta
-Na verdade, vou ficar por um tempo em um apartamento que aluguei
-E me avisa isso só agora?
-Eu já estava planejando sair daqui a algum tempo Rebeca, o apartamento já está alugado, então não quero discutir sobre isso
-Não estou discutindo Fábio, só pensei que você poderia ser mais honesto comigo, e me contar que iria embora daqui
-Eu não iria contar-me olhou sincero-mas eu não sabia que você estava gravida, então não sei quanto tempo vou ficar fora e...
-Fábio, a vida é sua, você faz o que quiser dela, só te digo uma coisa-o encarei séria-se você sair desse apartamento, eu não te quero aqui outra vez, porque cansei dessa sua mania de sair daqui, e voltar tempos depois, achando que eu vou te receber de braços abertos
-Mas e o bebê? quer que eu fique longe dele?
-Fábio, eu já crio a Letícia sem morar com o pai dela, vou saber lidar com isso com você também
-Se for mesmo meu filho, não é...
-Não quero discutir sobre isso, que cara chato-me levantei da cama e saí do quarto
Preferi ficar na sala com o meu cachorro, enquanto Fábio arrumava as malas dele para ir embora, aproveitei que já mal usava a nossa aliança de noivado, e a tirei do dedo, fiquei esperando Fábio sair do quarto com as malas, e me olhar com cara de cachorro sem dono, sem rumo, para o entregar a aliança.
-Fábio, acho que é aqui que terminamos-o entreguei a aliança e ele suspirou a pegando
-Sim, pelo menos tudo acabou com os dois entrando em comum acordo
-Espero que seja feliz, e que encontre alguém para amar
-Obrigado, e depois precisamos conversar sobre o bebê...
-Não se preocupe com isso, temos nove meses ainda-sorri de canto alisando minha barriga-tenha um bom recomeço sozinho
-Você também-sorriu amarelo, e abriu a porta
-Só te peço para deixar a chave reserva
-Tudo bem
Não fiz questão de acompanha-lo, e deixei ele sair sozinho, para depois trancar a porta, eu finalmente estava livre, sozinha, longe do Fábio, mas me sentia infeliz, pois eu não queria criar sozinha o meu filho, nem passar os momentos da gravidez sem alguém por perto, então comecei a chorar do nada, e estava chorando quando Bruna me ligou perguntando se a Letícia poderia dormir por lá, apenas concordei, desligando em seguida, e chorando mais ainda, pois eu me sentia totalmente perdida a partir de agora. Alguns dias se passaram e Marina veio para São Paulo, onde eu finalmente pude ter alguém para desabafar, eu sentia muita falta da minha amiga, e quando ela aparecia para me visitar eu aproveitava ao máximo a presença dela.
-Agora para de choro Beca, sei que você vai conseguir cuidar do bebê, da Letícia e seguir a sua vida sem o Fábio, porque você sabe que a relação de vocês já estava desgastada faz tempo
-Sim Mari-suspirei enxugando minhas lágrimas-mas é que agora está muito difícil para mim, ter que conviver com ele e a Clara no trabalho, fora que eu estou passando muito mal da gravidez e ele nem se importa
-Beca, o jeito é ter que tentar ignorar os dois no trabalho, e com relação a essa fase da gravidez, só indo no médico para você ficar melhor
-Eu já fui, mas não adiantou muito, tenho que me acostumar com os enjoos matinais, a oscilação de humor, e tudo mais-respirei fundo e alisei minha barriga, a fazendo rir
-Quem diria que você fosse gostar dessa coisa de ser mãe-riu colocando a mão dela sobre a minha-fez logo dois filhos seguidos
-Não é por querer Mari, acha que é legal ter engravidado de dois homens diferentes, e não estar com nenhum?-a olhei me sentindo deprimida
-Realmente a sua situação é péssima, mas o meu irmão é um pai incrível para a Letícia, fora que ele sempre da de tudo para ela, paga pensão, então você não pode reclamar de ter engravidado do Luan Santana
-Jamais vou reclamar, o Luan é um pai maravilhoso demais para a Le-sorri me lembrando dele-o Fábio também começou sendo um pai incrível, mas um pouco antes de descobrir a minha segunda gravidez, ele já não estava mais ligando muito com a minha filha, e eu espero que ele não seja assim com o nosso filho
-Beca, tenho certeza que ele vai ser um bom pai para esse bebê, fica tranquila, é que vocês passaram por muitas coisas, então deixa ele ter esse tempo longe, e você não fica se preocupando com os outros, sendo que tem que pensar em você, e nesse bebezinho lindo-alisou minha barriga
-É o que eu mais penso, desde quando acordo, até quando vou dormir, esse bebê e a Letícia são tudo para mim-ouvi Bruno latir nos assustando-e o Bruno também, esse ciumento-ri o pegando
-Você e seus três filhos, quem diria-ela riu me olhando
-Pois é, e sem marido
-Homem só da dor de cabeça-ela revirou os olhos
-Não pretende voltar com o Gabriel?
-Não mesmo, ele e o Fábio não são primos atoa, são farinha do mesmo saco, no começo são os melhores namorados do mundo, depois fica com uma ciumeira boba, chato para caramba, e ainda bem que terminei antes de me apegar mais a ele, ou ter um filho
-Nossa Marina, valeu pela parte que me toca-a olhei ofendida e ela riu
-Desculpa Beca, é que eu só namorei com ele, a gente não chegou a noivar, morar junto, nem ter filho como você e o Fábio
-E você terminou a tempo, ainda bem, porque depois que você mora junto, ou fica noiva, eles se acham no direito de mandar na gente, o que eu nunca permiti, e isso desgasta a relação, sem contar na chatice e nos ciúmes, é o que mais acabava comigo
-Posso imaginar, porque a gente quer alguém que seja nosso parceiro, amigo, não que queira nos prender
-Então se a solução para não ter um relacionamento tóxico é ficar sozinha, a vida de solteira que nos aguarde-ri olhando minha amiga, que também deu risada
-Só não esquece que você é mãe, então se segura um pouco
-Como você é chata Marina, ta parecendo minha mãe-revirei os olhos
-Falando na sua mãe, eu preciso voltar para o Rio logo, a escolinha agora está funcionando em tempo integral e...
-Mari, porque você não vem para São Paulo morar comigo?-a sugeri do nada e ela me olhou surpresa, depois riu
-Beca, não posso largar o Rio desse jeito, minha vida toda está lá
-Você trabalha a anos na escola da minha mãe e nunca evoluiu na vida, você não tem namorado lá, nem família, então o que te impede de vir para São Paulo? aqui você teria oportunidades melhores, sem contar que eu estou aqui, a sua família também, porque não tenta?
-É de se pensar-me olhou pensativa-eu já estava a algum tempo procurando um lugar melhor para trabalhar, para morar também, e depois que eu terminei com o Gabriel, o Rio ficou muito sem graça pra mim
-Então vem para São Paulo Mari, porque eu preciso de companhia-a olhei carente-e você é a melhor pessoa para lidar comigo, minhas oscilações de humor, e até mesmo os meus choros nessa gravidez
-Na verdade você me quer aqui para não ficar sozinha, porque grávida fica muito carente, te conheço muito bem dona Rebeca-riu me olhando
-Você vai recusar morar com a sua melhor amiga, e a sua afilhada? se eu falar isso para a Bruna, ela vai querer te convencer a morar com eles, e eu não quero ter que ficar indo na casa dos Santana para fofocar com você
-Quanto ciúmes da minha família-riu me olhando-então para de me pressionar, que eu vou analisar isso, e realmente acho que seria uma boa decisão, vir para São Paulo
-Vai ser a melhor de todas Mari-a olhei empolgada-pensa com carinho, porque você vai ser muito bem recebida aqui
-Tenho certeza que sim-sorriu me olhando, e ouvimos Letícia acordando pela babá eletrônica
-Mamãeee-ela já acorda me chamando
-Mari, a afilhada é sua, então busca ela lá pra mim-a olhei cheia de preguiça e ela riu
-Nem estou morando aqui, e já me coloca para cuidar da sua filha, só vou pegar a minha afilhada, porque eu amo ela-disse se levantando do sofá e indo buscar Letícia que estava tirando o seu soninho da tarde, mas já havia acordado
Marina voltou para a sala com Letícia no colo, e ela já acordava toda sapeca, indo brincar com Bruno, que estava comigo no sofá, depois subindo no meu colo, depois descendo para o tapete, e espalhando os brinquedos, ela sempre estava ligada nos 220 W, e ela era a minha maior alegria todos os dias. Durante á noite, Marina iria para um churrasco na casa da família dela, e como eu fui convidada, e já estava salivando só de ouvir falar em churrasco, não recusei o convite, mas eu ainda estava em um clima estranho com o Luan, que não quis falar comigo desde o dia que descobriu a minha gravidez, ou sequer me deu abertura para conversar com ele, e isso estava me deixando muito magoada, porque eu queria ficar numa boa com ele, mesmo se for para nunca mais existir nada entre nós, pois temos uma filha juntos, e não podemos passar o resto da vida nessa situação. O churrasco estava rolando tranquilamente, mas Luan evitava falar comigo, só me cumprimentou de longe, e na primeira oportunidade que teve, sumiu com Letícia no colo, enquanto eu fiquei conversando com as irmãs dele e dona Marizete, e o pai dele cuidava das carnes na churrasqueira. Eu estava tendo vontade de tudo, e como dona Marizete falou que tinha pão feito no dia, me deu vontade de comer com carne, então fui para a cozinha pegar um pedaço de pão, e iria aproveitar para dar um pedaço para minha filha, que mal comeu carne, pois Luan sumiu com ela, e então encontrei os dois na sala, pareciam bater o maior papo e se divertirem juntos.
-Achei você-ri olhando Letícia sentada no sofá da sala com um violão no colo, e Luan ao lado dela
-Mamãe, vilãolão-Letícia me mostrava o violão, e dei risada da forma que ela falou
-Que linda, já está aprendendo tocar violão?-perguntei a olhando
-Ela ta afinando, ou desafinando-disse Luan mexendo junto com ela na parte que afina o violão
-Eu xei-Letícia estava brava com ele, que colocou a mão-não papai
-Deixa o papai afinar certinho meu amor, cê desafinou tudo-ele riu tentando afinar e ela não queria deixar
-Le, violão não enche barriga, vem comer carninha com a mamãe-a chamei e ela nem me deu moral
-Toca igal papai-disse começando a bater as mãozinhas na corda do violão, e Luan a olhava todo bobo
-Coisa linda do papai, depois a gente toca umas moda, mas vamos comer agora-disse Luan com todo carinho tirando o violão do colo dela
-Meu...-ela não queria deixar
-Le, vem com a mamãe, depois você toca violão com o seu pai-a peguei no colo forçadamente e ela começou a chorar e fazer birra
-Papaiiii-olhava sentida para Luan que guardou o violão
-Leticinha, o papai não gosta de te ver fazendo birra
-Telo...-apontava o violão com um bico enorme
-A gente vai comer carninha, você gosta Le-tentava conversar com ela que estava bicuda
-Quer o colo do papai?-Luan a perguntou e ela se jogou para ir com ele-depois o papai brinca com você, toca violão, faz o que quiser, mas vamos comer primeiro-ele a explicava todo compreensivo
-Incrível como você obedece o seu pai, e comigo é só birra
-Papai meu-ela se agarrava toda no pescoço dele
-O colinho do papai é mais gostoso-Luan se gabava
Voltamos para onde todos estavam no churrasco, e tudo prosseguiu bem, Luan depois trouxe o violão para tocar "junto" com Letícia, que amava ver o pai cantar, e mesmo ele não me dando muita abertura, consegui passar a noite em um clima agradável na casa do Luan.
[...]
Alguns meses se passaram, e Marina enfim decidiu vir embora para São Paulo, claro que a família dela ficou feliz com a notícia, e criaram expectativa para que ela finalmente fosse morar com eles depois de tantos anos, mas como Mari era desapegada a essa rotina de conviver com uma família, ela obviamente veio morar comigo, pois cuidar de criança, cachorro, trabalhar e estar grávida não tem sido fácil. Mesmo com Fábio me tratando com certa indiferença, ele enfim aceitou o fato de ser o pai do meu bebê, e até demonstrava estar mais feliz agora com a notícia, porém eu queria manter distância dele, que assumiu um namoro com a Clara, mesmo eu pensando que aquilo não daria em nada, os dois estavam um grude só, e como eu não estava mais contente com o meu trabalho, decidi pegar um afastamento com tempo indeterminado, com desculpa que estava passando mal da gravidez, pois eu só queria ficar longe de mais estresse, e cuidar da minha saúde física e mental.
-Beca, para de ser sem graça, você não fez chá revelação da Letícia, então dessa vez tem que fazer-Marina insistia
-Por isso mesmo Mari, eu não fiz da Letícia, porque faria agora? logo descubro o sexo do bebê e pronto, para de encher meu saco-estava irritada com ela, pois ela queria organizar um chá revelação para o meu bebê, mas eu não estava com animo para isso
-Você é muito sem graça, parece até que não está feliz-Mari me olhava, enquanto eu comia um pote de sorvete em frente a TV
-É claro que estou feliz-sorri alisando minha barriga, que já estava começando a aparecer com os meus quatro meses de gestação-mas é que eu não tenho animo para nada, quero passar minha gestação em paz, sem preocupações, porque eu sei que depois vou ter que procurar um emprego melhor, já que eu não quero conviver com o Fábio, muito menos com aquela cobra da Clara
-Beca, para de ficar remoendo isso, parece que não supera o fim de vocês-Marina me olhou séria-você ainda gosta do Fábio?
-Não é questão de gostar-suspirei pensativa-é que poxa, eu estou grávida dele, tivemos um relacionamento que durou muito tempo, e acabou de uma forma que eu não esperava, mas que eu sei que foi o melhor para nós dois
-Se foi assim que decidiram, então segue sua vida amiga, mas siga consciente que vocês ainda vão ter que conviverem juntos, porque o bebê não tem culpa dos erros de vocês
-Eu vou saber lidar com isso-suspirei alisando minha barriga-não é o primeiro filho que eu tenho que criar sozinha, longe do pai, e a Letícia não é infeliz por viver com os pais cada um em uma casa, então esse bebê vai ser a mesma coisa
-Até porque você não está totalmente sozinha, tô aqui te aturando com as oscilações de humor, então também mereço os créditos na criação dessas crianças
-Você é tia, e dinda, então tem que ajudar mesmo, principalmente com a Letícia, que ta ficando muito birrenta, e isso só acontece depois que ela fica dias com o seu irmão, que só sabe mimar ela
-Luan é um pai muito liberal-ela riu-mas vou falar sobre isso com o meu irmão, porque eu não sei o que acontece entre vocês dois, que não sabem ter um dialogo sobre a Letícia
-Eu não sei o que o Luan pensa a meu respeito-suspirei pensativa-porque do nada ele descobre que tem uma filha comigo, agora me vê gravida de outro cara, e levando a vida de solteira, seu irmão deve me achar uma pessoa péssima, e se perguntar todos os dias como teve alguma coisa comigo
-Talvez sim, talvez não, o Luan é uma incógnita-disse pensativa-depois que ele voltou do coma, ele nunca mais foi o mesmo, mas você tem que compreender ele, que ele não lembra o que viveu com você, então você é alguém desconhecida para ele
-O que é péssimo ao meu favor-respirei frustrada e deixei o pote de sorvete em cima do sofá-acho que vou vomitar, comer demais e ficar estressada me da enjoo
-Ou isso é porque ainda sente algo pelo meu irmão?-me olhou curiosa-ou é pelo Fábio?
-Nenhum-disse me levantando do sofá-amo só os meus filhos e o meu cachorro, homem nenhum merece meu amor...
Mal consegui falar, e tive que correr para vomitar, essa gravidez tem me deixado com muitos enjoos, mais do que na primeira. Depois de me recuperar do enjoo, fui me deitar em minha cama, abracei meu travesseiro, e me lembrei da última vez que Luan esteve ali comigo, como eu sentia falta dele, lágrimas começaram a correr sem que eu pudesse controlar, e me pus a chorar, sem saber o porque, essa coisa de hormônios e emoções a flor da pele, me descontrolam muito. Estava em meio ao choro, quando a porta do meu quarto foi aberta por alguém, e logo vi Letícia entrar correndo e querer pular em cima da minha cama.
-Mamãeeee
-Oi meu amor-enxuguei minhas lágrimas-quem trouxe você?-a peguei no colo, e a coloquei em cima da cama
-Papai meu
-O seu pai te trouxe aqui?
-Tim-assentiu com a cabeça, pois ela estava na casa do Luan durante todo o dia, e eu não sabia que horas ela viria embora
-Estava mesmo com saudades da minha princesa-a abracei-já viu a Dinda?
-Tim, abacei a Didi
-Que bom que abraçou ela, seu pai já foi?-perguntei curiosa, pois Luan não é de vir no meu apartamento buscar e nem trazer Letícia
-Papai meu-disse pensativa e ri da carinha que ela fez
-Vamos ver se seu pai já foi, ou ficou batendo papo com a sua Dinda, afinal os dois são gêmeos, sabia?-conversava com Letícia, que me olhava concentrada
Segui para a sala com Letícia em meu colo, e fiquei surpresa em ver Luan sentado no sofá conversando com Marina, e o folgado do Bruno no colo dele, sei o quanto o meu cachorro gosta do Luan, desde a época que a gente se envolvia.
-Temos visita, nem me avisou Mari-disse a olhando, e Luan finalmente me olhou-oi Luan, tudo bem?
-Tô bem sim muié, mas e você? é doida em segurar esse peso, você ta grávida-me olhou todo preocupado pois eu estava segurando Letícia no colo
-Já sou acostumada, minha pequena não é peso nenhum-beijei o rostinho da minha filha, que logo quis descer do meu colo, para ir mexer com o Bruno que estava no colo do Luan
-Bunooo-Letícia descia correndo, e tentava pular em cima do sofá
-Filha, cuidado, o papai pega você-Luan a pegou com cuidado, e a colocou no sofá, onde ela já foi abraçando o cachorro
-Bunooo-ela o agarrava e ele ás vezes ficava incomodado com ela, se mexendo todo
-Tadinho dele filha-Luan riu-tem que fazer só carinho, assim-Luan fez carinho no pelo dele, que correu para deitar no colo do Luan
-Bunooo, binca-ela queria o pegar, e descer com ele do sofá
-Le, deixa o Bruno quieto, coitado do meu bebê-ri o tirando de perto dela, pois ele já estava ficando agoniado
-Mamãeee, Bunooo-o apontava
-O Bruno vai dormir-o coloquei no chão, e ele correu para dentro do meu quarto, onde costumava dormir
-Acabou a paz do Bruno-Marina ria vendo a situação-Le ta virando a Felícia com ele
-Tadinha-Luan riu a abraçando, pois ela ficou bicuda vendo o Bruno correr dela-ela só quer brincar com ele
-Mas ele não gosta das brincadeiras que ela quer, ele é sossegadão, gosta de comer e dormir, e brinca só quando está afim
-Bunooo-Letícia ficou o chamando
-Deixa o cachorro quieto Le-Marina ria-que tal vir com a Dinda fazer alguma coisa para comer?-disse a pegando no colo e Letícia estava emburrada
-Didi, o Buno-Letícia apontava na direção que ele foi, e Marina riu-vamos ajudar a Dinda a fazer bolo, quer bolo?-Marina sabia a convencer, e logo minha filha deu um sorriso sapeca no colo dela
-Agora ela esquece o Bruno, e o meu filho fica em paz-ri vendo Marina seguir com a Letícia para a cozinha
-Qual filho?-Luan perguntou me olhando
-O Bruno, qual mais seria?
-Sei lá, você tem tantos-ele riu de canto
-Nossa Luan, que ofensa, só tenho a Le, o Bruno, e esse bebê-alisei minha barriga, onde ele estava olhando fixamente
-Está crescendo
-Sim, cresce que a gente nem se da conta, um dia a Le também foi assim-sorri me lembrando da minha primeira gravidez
-Imagino-ele suspirou-queria muito ter visto, ou me lembrar se eu vi, sei lá-ficou perdido em pensamentos
-Tomara que se lembre um dia-suspirei o olhando com pesar-pois você acompanhou um pouco a minha gravidez, da nossa filha
-Uma pena-suspirou triste-mas pelo menos te olhando agora, posso imaginar um pouco como foi que a Le cresceu aí dentro-sorriu de canto
-Nenhuma gestação é igual, mas acho que para você, vai ser tudo novidade, e me desculpa pelo transtorno que causei entre nós-o olhei sincera-eu jamais enganaria você Luan, estando grávida do meu ex
-Beca, isso já passou, não vamos ficar relembrando isso-disse constrangido-você tinha uma vida com o cara, então uma hora iria acontecer
-Na verdade já tinha acontecido, e eu demorei para aceitar a verdade, e fazer o teste, então me desculpa mesmo, pois não sei como ficou o seu pensamento ao meu respeito
-Você é mãe da minha filha, isso basta, porque a sua vida com outro cara, ou outros caras, não me interessa-me olhou sério-e acho que já fiquei tempo demais aqui, só vim trazer a Letícia, mas entrei porque a Mari insistiu, e como as duas estão distraídas, melhor ir embora agora, avisa as duas que eu deixei um beijo
-Aviso sim-suspirei triste, vendo que Luan não iria mesmo me dar uma chance de conversar com ele
-Então tchau, amanhã venho buscar a Le cedo
-Tudo bem-assenti e senti um chute-AII-gritei de leve e alisei minha barriga
-Ta tudo bem?-me olhou assustado
-Desculpa pelo grito-ri de canto-é que eu senti ele chutar pela primeira vez-sorri alisando minha barriga
-Ele? é menino?-Luan perguntou curioso
-Não sei ainda, mas ele me refiro ao bebê-ri de canto-nossa, agora ele resolveu mexer-disse sentindo mais chutes
-Deve ser bacana sentir-sorriu de canto me olhando
-É sim, quer sentir?-perguntei o olhando e ele estava receoso-ele ta aqui-peguei na mão de Luan e a coloquei sobre minha barriga, segurando com a minha mão por cima da dele-sentiu?
-Acho que sim-ele sorriu de canto-é bem de leve, mas é gostosa a sensação
-Sim, quando a Letícia começou a mexer eu queria muito você por perto-o olhei com sinceridade, ainda mantendo a mão dele sobre minha barriga-perdemos tantas coisas juntos Luan...
-Mas que nunca mais vão ter volta Rebeca-disse tirando a mão dele da minha barriga-é muito bom sentir o seu bebê, mas ele não é nada meu, então prefiro ir embora
-Te entendo-suspirei-depois nos falamos sobre a Letícia e...
-Depois eu combino com a Marina um horário para ver minha filha amanhã, até mais Rebeca-disse todo sério, e logo saiu do meu apartamento
-Eu só faço besteira...-comecei a chorar após ver ele partir
-O que rolou aqui?-Marina apareceu na sala com Leticia no colo, e minha filha lambia uma espátula cheia de chocolate
-Seu irmão me odeia...-eu chorava descontrolada
-Meu Deus, vai começar de novo a implicância boba entre vocês?
-Não estou implicando com ele Marina, é ele quem me odeia
-Agora me fala a verdade Rebeca-ela me olhou séria-já estou a um tempo percebendo que alguma coisa aconteceu entre vocês dois, para sempre se evitarem, eu não sou boba, mas estava esperando você me contar, e como isso não vai acontecer, eu quero saber a verdade
-Você me conhece mesmo-respirei fundo enxugando minhas lágrimas e a olhando-e como também tô cansada de carregar isso sozinha, vai ser bom contar a alguém-a olhei nos olhos-eu e o Luan transamos, e em seguida ele descobriu que eu estava grávida do Fábio
-Nossa, olha como fala perto dela-disse tampando os ouvidos da minha filha, que estava interessada em lamber a espátula-você e o meu irmão tem um fogo-ela riu-mas porque você tinha que ter estragado tudo Rebeca? era para esse bebê ser meu sobrinho tambem e...
-Mas Mari, você não está entendendo-respirei fundo-eu fui para a cama com o seu irmão, e já estava grávida do Fábio, eu fiz o teste minutos antes de rolar alguma coisa entre nós, e acabou que o Luan viu o teste no dia seguinte, por isso estamos nesse clima chato
-Então ta explicado, você foi sacana com ele, mas que fogo é esse amiga, mesmo sabendo que estava grávida de outro, fez as coisas com o meu irmão
-Não é fogo, é saudade-suspirei me lembrando dele-eu estava com muita saudade dele, e valeu a pena cada segundo...
-Me poupe dos detalhes, ele é meu irmão, gêmeo ainda por cima, então não precisa especificar as coisas
-Desculpa, mas é que eu faço tudo errado, o Fábio me odeia, o Luan também, e para piorar tenho um filho com cada
-Sua situação é péssima, mas para de pensar nisso, enxuga essas lágrimas, e vem ajudar eu e a Le a fazer bolo, ta gostoso o bolo da Dinda?-Mari perguntou olhando para Letícia
-Todoso-disse com a boca cheia de chocolate, nos fazendo rir
Para tentar livrar os meus pensamentos das minhas frustrações fui ajudar Marina com o bolo, e Letícia queria experimentar um pouquinho de cada coisa, o que me distraiu mais ainda, pois a minha filha era tudo para mim, ou melhor, os meus filhos sempre serão tudo pra mim.
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Olá amoreees, ta sendo difícil ter tempo para escrever, mas tenham paciência, que eu não vou abandonar a história, comenteeem bastante, e deixem a opinião de vcs sobre o rumo que a fic esta tomando, beijos.
Eu sinceramente não estou gostando do rumo que a história está tomando, sei lá os personagens só vivem em confusão, tragédia eles não tem um minuto de paz!
ResponderExcluirA Mulher sempre traiu, aí descobre que tá grávida do amante aí dps fica grávida do atual que vira ex, e descobre que foi corna tbm e ainda tentar ficar com ele, tipo ��
Mas enfim, espera que não fique ofendida foi apenas uma opinião! ��
Eu ainda acho que vai acontecer alguma coisa com o bebê (coitado),espero que o Luan largue de birra tbm e eles se entendam. Não sei de que lado eu fico af
ResponderExcluirEu Fico do lado do Luan, essa gravidez veio pra ferrar com tudo
ResponderExcluirEspero que dê tudo certo entre a beca e o Luan. Esse filho não pode atrapalhar eles. E tomara que o Luan recupere a memória dele logo
ResponderExcluirSó acho que ainda pode acontecer algo com esse bebê (não desejando o mal). A vida da beca e do Luan precisa se ajeitar, pois tá confusão atrás de confusão
ResponderExcluirAinda não tô entendendo o rumo que essas história tá tomando, pq toda hora uma tragédia diferente, essa gravidez realmente não encaixa aí. Rebeca parece que gosta de sofrer
ResponderExcluirRebeca a própria dona encrenca
ResponderExcluirAs vezes tenho até pena da Rebeca, mas ela tá nessa situação porque quer
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