segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Capitulo 53 - A dor, não dura para sempre.

Deixei que Rebeca coloca-se para fora toda a dor, e chorasse á vontade em meus braços, tentei a passar conforto, confiança, e acima de tudo forças, pois sei que ela e todos nós ligados a ela vamos precisar.


-Luan, obrigada por ter ficado aqui-sussurrou ainda abraçada comigo, e fiz carinho em seus cabelos
-Sempre que precisar de mim, vou estar aqui Beca-sussurrei para ela
-Porque eu fui perder você-a ouvi suspirar, e se ergueu me olhando, enquanto enxugava as próprias lágrimas-de todas as coisas que já perdi, e ainda vou perder, com certeza a minha maior dor, é saber que nunca mais vou ter você-me olhou nos olhos magoada e respirei fundo, pois não sabia o que dizer
-Beca...-suspirei pensando no que iria falar-eu sinceramente, não sei de nada que rolou entre nós, quanto tempo durou, quais eram os nossos planos, e a única coisa que restou de tudo isso, foi a nossa filha, que é a prova que existiu algo entre nós, mas você está vivendo um momento delicado, sei que quer ajuda, quer apoio, está carente, confusa, e eu só estou aqui como um amigo, então por favor, não vamos complicar mais essa situação, falando dessas coisas do passado, que eu nem me lembro o que aconteceu
-Desculpa tocar nesse assunto-ela enxugou as próprias lágrimas-mas Luan, é dolorido pra mim, ver você, ficar perto de você, me lembrar de nós, de tudo o que sonhamos, que vivemos, que planejamos, e saber que agora para você é como se eu nunca tivesse existido, enquanto que para mim, você está presente nas minhas melhores lembranças
-Eu juro que queria poder me lembrar de tudo Beca-suspirei entristecido, pois sei que ela estava sofrendo-mas tenta me compreender, porque também não me sinto bem em tentar forçar minha memória, eu tive um trauma muito grande e...
-Desculpa Luan, não quero ver você afundando em medicamentos outra vez por minha culpa-me olhou com pesar-sei que você está no seu melhor momento, recuperado, feliz, prestes a voltar para os palcos, então não quero te amolar com isso, o que a gente viveu vai ser só uma lembrança minha, mas sou grata a você pela nossa filha, que mesmo sem a gente esperar, ou planejar, veio para alegrar as nossas vidas-sorriu em meio as lágrimas-então obrigada-disse colocando a mão dela sobre a minha, e a segurei
-Eu que te agradeço Beca, a Le é tudo na minha vida, e só tenho ela graças a você-sorri beijando a mão dela
-Nós fizemos um bom trabalho-sorriu de canto, e ouvimos um barulho na porta, e logo ela foi aberta, vendo a nossa filha vir correndo até nós toda feliz
-Oi meu amor, que saudade-abri os braços esperando ela vir no meu colo, mas ela passou direto, e foi para o colo de Rebeca
-Mamãe, Didi pintou-mostrou as unhas das mãozinhas para a mãe
-Que linda meu amor, suas unhas estão mais bonitas que a minha-disse Beca olhando as unhas da Letícia
-Passamos no salão do shopping, e lá tem esmalte infantil, então ela ficou toda feliz em pintar as unhas-disse Marina entrando na sala com um monte de sacolas-oi Luan, não sabia que estava aqui, lembrou que tem filha?-me olhou com ironia
-Oi Mari, desculpa não ter pegado a Le hoje cedo, eu estive ocupado e...
-Luan, não precisa se desculpar, graças ao seu esquecimento, passei um dia incrível com a minha afilhada-disse colocando as sacolas em cima de um dos sofás-e você amiga?-olhou para Beca, que conversava baixinho com a nossa filha, abraçada a ela
-Nós precisamos conversar-Beca suspirou a olhando, e Marina se sentou no sofá perto das sacolas, a olhando preocupada
-Pela sua cara, alguma coisa aconteceu, está tudo bem com o bebê?
-Luan, pode levar ela para brincar-Beca me olhou apontando nossa filha e assenti
-Vem com o papai Le, você ainda nem me deu um abraço-fui a pegar e ela não deixou, se grudando no pescoço da mãe
-Telo mamãe-me olhou brava
-Filha, vai com o seu pai, ele está com saudades de você-disse Beca a olhando
-Isso é porque ela não é boba, sabe que você esqueceu dela hoje-disse Marina rindo
-Nossa Marina, nunca pensei que você fosse fazer isso comigo, para que colocar a minha filha contra mim?-a olhei chateado, pois Letícia estava visivelmente brava comigo
-Eu não fiz nada Luan, ela é esperta o suficiente para entender o que acontece, o que eu iria ganhar com isso? ao contrario do que você pensa, ela ficou perguntando de você esses dias, notou que você não veio buscar ela, nem ao menos vê-la um pouquinho, então ela se sentiu abandonada por você, e hoje passou o dia com um bico enorme, foi difícil fazer ela esquecer, e agora se ela está te ignorando é por culpa sua, que não sei por qual motivo, se esqueceu da sua filha
-A Letícia tem disso mesmo-disse Beca me olhando-mas tenta conversar com ela, que logo ela esta de boa com você de novo-disse a colocando em meu colo, e minha filha estava com um bico enorme olhando pra mim
-Mamãe...-jogou os braços para a mãe
-Le, fica só um pouquinho com o seu pai, por favor-Beca a olhou, e logo Letícia começou a chorar
-Vem com a Dinda então-disse Marina a pegando do meu colo, e minha filha parou o choro na hora
-Já que eu estou fazendo a Letícia chorar, e sei que estou sobrando aqui, então é melhor eu ir embora-suspirei as olhando, e estava muito chateado pelo o que a minha filha fez comigo
-Ela está emburrada com você, logo passa-disse Marina abraçada com Letícia, e sussurrou algo no ouvido dela, que me olhava bicuda
-Você não ama mais o papai?-a perguntei chateado, e ela me olhava pensativa, ainda bicuda
-Le, vai lá abraçar o seu papai, ele ama você-disse minha irmã a colocando no chão, e com muito receio ela veio para perto de mim, e puxou minha blusa, erguendo os bracinhos
-Papai, tolo-me pediu colo e sorri a pegando
-Essa sim, é a minha princesa-a ergui no alto, e mordi sua barriguinha a fazendo rir
-Se quiser sair com ela, para que eu converse a sós com a Marina, eu iria agradecer muito-disse Beca me olhando, e assenti, entendendo que a conversa seria muito delicada
-Quer ir tomar sorvete com o papai?-perguntei a Le, que assentiu sorrindo sapeca
-Tau mamãe, tau Didi-já até falou tchau para elas
-Tchau meu amor, bom passeio-disse Beca acenando para ela
-Aproveita o sorvete com o seu pai, se sobrar eu quero-disse Marina rindo-bom passeio meus amores
-Vamos tomar sorvete, e se der a gente trás para a mamãe e a Dinda-ri acenando para elas, e saindo do apartamento com minha filha no meu colo

Letícia já estava toda falante comigo, me contando que passou o dia com a Didi dela, e eu tentava entender o que ela me falava, apenas assentindo e concordando, pois metade das coisas eu fingia que entendia, só para dar atenção a ela. Como eu já deixava uma cadeirinha da minha filha no meu carro, a arrumei na cadeirinha, e aproveitei para olhar no meu celular se tinha alguma mensagem, antes de ligar o carro, afinal fiquei um tempão dando atenção para Rebeca, que nem vi se alguém me mandou alguma coisa, quando vi várias mensagens da Francielle, dentre elas fotos de duas lingeries bem sexys em cima da cama dela, e ela me perguntando qual eu iria escolher, era uma rosa clara bem pequena, mas no corpo dela ficaria linda, e uma vermelha com renda, me fazendo morder os próprios lábios imaginado ela vestindo aquilo, então logo respondi "vermelha", e me lembrei que havia combinado de sair com ela, respirei fundo olhando para a minha filha quietinha na cadeirinha, e eu precisava passar um tempo com a minha pequena, então resolvi ligar para a Fran, que não demorou me atender.

*Ligação*

-Oi meu lindo, já quer me ver? vou colocar a vermelha hoje viu-disse com voz sexy, assim que atendeu
-Oi Fran, então, queria muito te ver hoje, mas acho que não vai dar, eu preciso ficar um tempo com a minha filha-suspirei olhando minha pequena-você me entende, não é?
-Entendo-a ouvi suspirar
-Mas, se você quiser me ver, vou na sorveteria com ela agora, passa lá-sugeri
-Vou pensar nisso-disse pensativa-mas obrigada por avisar meu lindo, beijos nessa boca gostosa
-Beijos...

*Ligação*

Respirei fundo, e eu precisava ir mais devagar com essa mulher, pois estou me apegando fácil a ela, então já que agora é o meu momento com a minha filha, desliguei o meu celular, o joguei no outro banco do carro, e liguei o veículo seguindo rumo a sorveteria, para alegrar o dia da minha princesa, e o meu, com muito sorvete. Como a sorveteria do condomínio era bem tranquila, logo fomos atendidos, e a minha filha olhava curiosa para os vários sorvetes, demorando decidir o que queria, afinal ela ainda não entende de sabores, então sempre escolhe por cor, ou quando escolho por ela, peço de chocolate.

-Vou querer um igual dessa mocinha-me assustei ouvindo uma voz conhecida logo atrás de mim, e olhei vendo que era a Fran
-Oi Fran, que bom que veio-sorri a cumprimentando
-Afinal você ainda me deve um sorvete, lembra?-sorriu me olhando e assenti
-Claro que lembro, escolhe o que quiser, é por minha conta
-Pode ser igual esse-apontou o que minha filha já comia e se lambuzava segurando na casquinha
-Não sei se é bom, mas se quer experimentar, também vou querer um pra mim-sorri a olhando-me da mais dois desse-pedi a moça da sorveteria, já que ainda não havia feito o meu pedido, enquanto esperava a minha filha decidir o dela primeiro
-Papai, bola-Letícia me olhou pedindo para ir embora
-Daqui a pouco vamos embora Le, espera o papai pegar o sorvete-disse pegando o meu sorvete, e logo Fran pegou o dela, enquanto me olhava-inclusive, ainda não apresentei vocês, Fran, essa é a minha filha Letícia, e Le, ela é amiga do papai-disse olhando de uma para a outra, e enquanto Fran sorria para a minha filha, Letícia comia o sorvete e olhava para minha cara
-Bola, telo bola...-me pedia de novo
-Oi Letícia, como você é linda-Fran tentava falar com ela
-Le, fala oi para a amiga do papai-a pedi
-Não telo-minha filha disse em auto e claro tom, me deixando super constrangido, e Francielle arregalada
-Acho que ela não gostou de mim Luan
-Filha, essa não é a educação que o papai te deu-olhei sério para Letícia que estava em meu colo, e começou a mexer as perninhas para descer
-Nene andar...-me pediu para descer do colo, e a coloquei no chão
-Ela não é assim, me desculpa-pedi a Fran enquanto olhava onde minha filha estava indo
-Isso é ciúmes de você, fica tranquilo que eu não ligo-ela riu de canto
-Aos poucos ela vai gostar de você, só deixa ela ter um pouco de espaço-ri vendo minha filha sentar no chão da sorveteria
-Espero que sim, porque eu já gosto muito do pai dela-sussurrou me olhando, e lambendo de um jeito bem sexy a bola do sorvete


Ficamos pouco tempo na sorveteria, pois Letícia queria andar para todo lado, e logo se sujou toda, derrubou mais sorvete nela e no chão, do que comeu, então tive que ir limpar ela no banheiro, e depois convidei Francielle para dar uma volta com nós dois pelo parquinho, onde eu sei que a minha filha adora brincar, e vai me deixar menos envergonhado.

-Obrigada pelo convite amor-disse Fran me puxando para um beijo assim que entramos no meu carro, e a beijei rápido, olhando minha filha pelo retrovisor


-Melhor não-a olhei e ela suspirou
-Sua filha ainda é pequena Lu, tô com saudades, é só um beijo-disse alisando o meu rosto
-Mesmo assim, perto dela eu não quero fazer esse tipo de coisa-olhei minha filha sentada na cadeirinha, e ela nos observava calada, abraçada a sua boneca
-Vai dizer que não ficou tentado, em ser aquela bola de sorvete-Francielle sussurrou toda sexy mordendo os próprios lábios, e levando sua mão na minha coxa, perto do meu pau, a apertando
-Você já está pensando nisso-a olhei mordendo meus lábios pois não resisti-porra Fran, minha filha ta com a gente, respeita a presença dela
-Tudo bem Lu, depois você a deixa com a mãe, e vamos para o que nos interessa-piscou para mim safada, e assenti a olhando

Seguimos para o parquinho, e a minha filha que antes queria andar para todo o lado na sorveteria, agora se agarrou no meu pescoço, e não queria descer para brincar no parquinho, e como ela já estava pesadinha, preferi sentar com ela no banco, e Fran se sentou ao nosso lado, em mais uma tentativa de conversar com a Letícia.

-Essa mocinha já é bem vaidosa, com as unhas pintadas e tudo-disse Fran reparado nas unhas dela, e a minha filha escondeu as mãozinhas para Fran não relar nela
-Filha, mostra para ela as suas unhas, que você e a sua Dinda pintaram hoje
-Cade Didi...-disse minha filha se lembrando da minha irmã
-Ela é muito linda Luan, e bem parecida com você-disse Fran nos observando juntos
-Sim, minha cópia-ri me sentindo-mas na verdade ela é muito mais parecida com a minha irmã, essa que ela chama de Didi, porque é minha gêmea
-Você tem uma irmã gêmea?-me olhou surpresa-porque nunca me disse?
-Porque você nunca perguntou-ri a olhando
-Que legal Lu, deve ser divertido ter uma gêmea
-É sim-sorri de canto me lembrando da minha irmã
-Meu sonho ter gêmeos, acho que assim não iria precisar ter de novo-disse me olhando-você tem chances de ter, não tem?
-Não entendo dessas coisas, mas acho que sim, não sei-ri pensativo-tive sorte em ter uma só, porque duas igual a Letícia, eu iria enlouquecer
-Você e a mãe dela, ficaram juntos por muito tempo?-Fran perguntou curiosa
-Acho que sim-respondi pensativo, pois essa parte da minha vida eu não lembrava-mas foi o suficiente para termos essa princesa-disse beijando o rostinho da minha filha que estava emburrada
-Mas vocês...
-Fran, eu sei que somos amigos, ainda estamos nos conhecendo, mas tem uma parte da minha vida que eu não gosto de ficar falando, então para eu não ser chato com você, para de ficar me perguntando sobre a minha vida, o que está rolando entre a gente é bom, mas vamos com calma, nessa de um saber da vida do outro
-Tem razão Lu, me desculpa, se invadi demais a sua vida, é melhor eu ir embora-suspirou me olhando-foi um prazer conhecer a sua filha, e se for me encontrar hoje, espero que me avise logo-disse colocando seus óculos escuros no rosto e saindo dali
-Bola?-Letícia perguntou me olhando e suspirei assentindo
-Sim meu amor, vamos embora

Como Francielle foi no parquinho comigo, não achei justo fazer ela ir caminhando sozinha até a sorveteria onde ela deixou o seu carro, então a chamei para ir comigo, e a deixei em frente a sorveteria para ela pegar o carro dela de volta, e dali eu pensei em voltar ao apartamento de Rebeca, mesmo receoso, por saber que o clima vai estar muito pesado. Assim que apertei a campainha, demorou um pouco até alguém abrir a porta, e logo vi minha irmã Marina com a maior cara de choro abrir a porta, Letícia entrou correndo atrás do Bruno, e eu fiquei péssimo vendo o estado da minha irmã, pois sei o quanto ela e a Rebeca são ligadas.

-Ela te contou...
-Sim-Marina não negava o quanto estava mal, e deixava lágrimas caírem-eu não quero perder a minha amiga Luan
-Não vai Mari, tenho certeza que não-a puxei para um abraço, e ela me puxou para dentro ainda abraçada comigo
-Eu precisava tanto desse abraço-sussurrou para mim, e a apertei em meus braços
-Eu sei que sim, pois eu também precisava-disse sincero, pois ás vezes eu tinha essa vontade estranha de abraça-la sem nenhum motivo, e eu me sentia completo quando estava com a minha irmã, que de certa forma eu sei que é a minha outra metade
-Papai...-senti Letícia puxar minha blusa, o que me fez desfazer o abraço com a minha irmã
-Oi meu amor-me abaixei para falar com ela
-Binca...-ela pegou em minha mão, e me puxou para me sentar com ela no chão da sala, onde tinha vários brinquedos espalhados
-O papai vai brincar com você-sorri a olhando, e depois olhei para minha irmã que ainda chorava-e a Rebeca?
-Está deitada, se sentindo mal-suspirou enxugando as lágrimas-vou fazer uma sopinha leve para a minha amiga, então por favor, da atenção para a Le-me pediu e assenti
-Mas é claro
-Papai...-Le me chamou outra vez
-Oi filha, o papai vai brincar com você-disse me sentando ao lado dela no tapete da sala

Eu sabia que Letícia estava com saudades de mim, então a dei total atenção, enquanto que Marina cuidava de Rebeca, pois eu podia ouvir da sala, o quanto ela estava passando mal, após comer a sopa que a minha irmã fez, e isso também doeu em mim, pois enfrentar essa doença, e estar grávida ao mesmo tempo, não está sendo nada fácil para a Beca.

-Lu, pedi uma pizza para nós-disse Marina vindo se sentar no sofá perto de onde eu brincava com minha filha
-Não precisava Mari, daqui a pouco preciso ir embora-disse olhando as horas
-Queria sua companhia, a gente se afastou tanto-lamentou me olhando, e suspirei assentindo
-Tudo bem, eu fico-concordei, a deixando feliz
-Obrigada-sorriu me olhando-e você mocinha, vamos tomar banho? já passou da hora do seu banho-disse olhando para minha filha, que andava só de fralda pela sala, espalhando os brinquedos
-Precisa mesmo-ri a olhando-já suou muito
-Vem com a Dinda, vou te dar banho Le-disse minha irmã a pegando no colo
-Cade mamãe...-Le procurava a mãe com o olhar e Mari suspirou
-Sua mãe está descansando, depois que você tomar banho, ela vê você-Marina a explicou-e Lu, fica á vontade, não vou demorar dar banho nela
-Estou super á vontade-ri me sentando no sofá-quero ver minha princesa bem cheirosa

Enquanto a minha irmã foi dar banho em Letícia, eu aproveitei para mexer no meu celular, respondi alguns amigos, a minha irmã Bruna, pois estava preocupada que sumi o dia todo, e também respondi Francielle, avisando que não iria me encontrar com ela hoje, depois do que passamos na sorveteria e no parquinho, eu repensei em muita coisa, e sei que a minha prioridade tem que ser a minha filha. Cansado de olhar as redes sociais, resolvi ver o que rolava durante o banho da minha filha, já que ouvia gargalhadas dela e da minha irmã, mas como o quarto de Rebeca era ao lado, e eu estava preocupado com ela, bati de leve na porta, e por não ouvir nenhuma resposta, abri a porta de leve, e entrei sem fazer barulho, para ver como ela estava, Bruno estava deitado com ela, e logo abanou o rabo assim que me viu, mas Rebeca dormia, e eu fiquei com o coração em pedaços por ver ela dormir com as mãos na barriga, não fazia ideia da dor que ela estava sentindo, mas eu sabia que era muito maior do que eu podia imaginar. Com cuidado, me sentei em um cantinho na cama dela, e inconscientemente, fiz carinho no rosto dela, que estava inchado de tanto chorar, e eu apenas queria estar perto dela, a dar forças, a dar carinho, mesmo sem entender o porque.

-Tudo vai ficar bem-sussurrei a olhando, e beijei sua testa antes de sair do quarto-cuida dela Bruno, sei que ela precisa de você-fiz um carinho de leve no cachorro, e saí do quarto dela em silêncio, assim como entrei

Segui para o quarto da minha filha, onde vi que Marina já estava a trocando, então fiquei olhando as duas interagindo, e sei o quanto elas são apegadas uma na outra, minha irmã cuida tão bem da Letícia, que as duas até parecem ser mãe e filha, pois além da semelhança física, elas também são ligadas de uma forma inexplicável.

-Coisa mais cheirosa do papai-enchia minha filha de beijos, e de cheiro, após ela tomar banho, enquanto ela gargalhava toda sapeca em meu colo
-Graças a mim-disse Marina rindo e nos olhando
-Sim, graças a essa dinda e tia linda que a Le tem-sorri olhando para minha irmã
-Pois é maninho, concordo com você-Marina concordou

Fiquei conversando com a minha irmã, e vendo a minha filha correr toda elétrica pela sala, até a nossa pizza chegar, claro que a Letícia ficou toda feliz com a pizza, mas a demos só alguns pedacinhos, ou Rebeca nos mataria por estarmos enchendo ela com essas coisas. Depois de comer quase toda a pizza, ficamos brincando com a Le, que logo ficou com sono, pediu leite para a minha irmã, e eu fiz ela dormir em meu colo, enquanto cantava baixinho para ela, e a dava mamadeira.

-Até que enfim dormiu-Marina sussurrou após eu colocar a minha filha no berço, que já estava pequeno para ela-boa noite meu anjinho, a dinda te ama-deu um beijo de leve na minha filha
-Dorme com os anjos, te amo minha princesa-também a dei um beijo de leve, e saí com minha irmã, do quartinho de Letícia
-Obrigada pela ajuda de hoje Lu-Mari suspirou me olhando, assim que fechamos a porta do quartinho da minha filha
-Eu sou pai, apenas fiz a minha parte, e me desculpa se hoje cedo...
-Esquece isso maninho, você é um pai maravilhoso, tenho tanto orgulho de você
-Você que é uma tia maravilhosa, se não fosse você aqui, eu não sei o que a Beca iria fazer-suspirei me lembrando dela, e Marina também suspirou
-Parece que eu sentia que ela iria precisar de mim, então não estou aqui atoa
-Você é um anjo Mari, um anjo que eu posso dizer, que é a minha outra metade-sorri a abraçando, e ela deitou a cabeça em meu peito, respirando fundo
-Sei que a minha amiga precisa de mim maninho, mas sozinha eu não vou conseguir-deixou lágrimas caírem-por favor Luan, não me deixa enfrentar tudo isso sozinha, porque eu estou tentando ser forte pela Beca, mas eu não sou assim
-Mari, você nunca vai estar sozinha, não é atoa que você foi gerada e nasceu junto comigo, porque eu nunca vou abandonar você-beijei a testa dela, e ela me abraçou apertado
-Ainda bem que eu não perdi você-chorou em meio ao abraço-você é minha outra metade Luan, é o meu ponto de equilíbrio, a minha fonte de forças, e eu não sei explicar o porque, mas me sinto completa só quando estou com você
-Sinto o mesmo Mari-suspirei a abraçando apertado-nós nascemos para sermos assim, um a força do outro
-Obrigada por ser você o meu irmão gêmeo-me olhou nos olhos e alisou o meu rosto
-E você a minha metadinha-sorri a olhando, e beijei a testa dela
-Eu amo você
-Também amo você
-Que tal assistirmos alguma coisa?-Mari sugeriu me olhando
-Como sei que a minha maninha precisa de um tempo a sós comigo, vamos lá

Nos sentamos no sofá da sala, e ficamos tentando escolher um filme que agradaria os dois, até que minha irmã optou por um mais animado, e ela toda carente se deitou no meu ombro, então a abracei com carinho, pois eu sei que ela queria passar esse momento comigo, muito mais do que assistir ao filme.


Marina já estava quase dormindo quando o filme acabou, e foi bom ter esse momento pertinho dela, acho que nunca passei um momento assim com a minha irmã, pois nas minhas lembranças, só a Bruna assistiu a vários filmes comigo, seja abraçados, com ela deitada no meu colo, ou eu no dela, ou com um implicando com o outro, eu sabia que precisava criar novas memórias com minha irmã gêmea, afinal a nossa conexão é muito forte, e eu sei que ela se sente perdida e sozinha, por estar enfrentando tantos problemas junto com a Rebeca, que é como uma irmã para ela.

-Sei que queria ficar mais tempo com o seu irmão lindo, mas eu preciso ir embora Mari, nem banho tomei ainda
-Desculpa ficar te alugando Lu-ela riu-vai descansar maninho, você merece
-Amanhã voltou aqui para ver vocês, e saber como estão as coisas-suspirei a olhando e ela assentiu
-Obrigada pela força que esta nos dando, mas você precisa ir
-Preciso sim, então boa noite, fica com Deus, e o que precisar sabe que pode contar comigo
-Sei sim-assentiu sorrindo

Marina me acompanhou até a porta, nos despedimos com um abraço, e eu a dei um beijo na testa antes de ir embora, pois queria passar a ela todo o meu cuidado e carinho, mesmo que a nossa convivência não seja muita, eu sei que ela precisa de mim, e eu preciso dela. Voltei para minha casa com mil coisas se passando pela minha mente, pois tive um dia cheio, e precisava me esvaziar desses pensamentos de alguma forma, tomei um banho quente, e fui compor na sacada do meu quarto, para evitar pensar em problemas, tanto meus, quanto daqueles que estão na minha volta, e ali fiquei madrugada a dentro, pois consegui escrever muita coisa boa, então fui dormir com a mente mais aliviada, e pedindo a Deus que esse dia fosse diferente, só com notícias boas, e bons acontecimentos.

*Rebeca on.

Quando recebemos uma notícia ruim, parece que uma avalanche de coisas ruins na nossa vida começam a despencar, e era assim que eu me sentia em relação a tudo o que estava acontecendo comigo, que uma avalanche caiu sobre mim, e eu estava presa nela, sem saber por onde sair, ou como respirar dentro dela.

-Bom dia-disse entrando na cozinha, e vendo Letícia sentada em sua cadeirinha comendo frutinha, e Marina ao lado dela a ajudando
-Bom dia amiga, dormiu bem?-perguntou me olhando e suspirei assentindo
-Não sei se dormi bem, mas acho que deu para descansar um pouco-fui dar um beijo na minha filha, que estava com a boca toda suja de mamão-e você meu amor, ta gostando desse mamão?
-Buno...-minha filha nem me respondeu, e já olhou toda feliz para o meu cachorro que entrou na cozinha logo atrás de mim
-Você ama mais o cachorro, do que a sua própria mãe, valeu pela consideração Letícia
-É claro que ela ama você-disse Marina rindo-mas é que ela tem um apego especial pelo Bruno
-Sei, por isso ele é o único que não me despreza-disse pegando o meu cachorro e o dando um beijo-bom dia filho, sua irmã me ignorou
-Buno...-Letícia o apontava, e ele logo pediu para descer do meu colo
-Depois você brinca com o Bruno, termina de comer sua frutinha meu amor-falei para a minha filha, que sorriu para mim
-Mamãeee-finalmente me deu atenção, me jogando os bracinhos
-Agora come primeiro, depois eu pego você, porque também tenho que me alimentar-disse pegando uma torrada, e passando geleia
-Não aguento vocês duas-disse Marina rindo e nos olhando

Tentei comer alguma coisa, conversar com Marina normalmente sem tocar naquele assunto, mas logo tive que correr para vomitar, e a quantidade de sangue que saia estava só aumentando, o que me preocupava, e me fazia chorar, com medo do que iria ser da minha vida, e principalmente do meu bebê, que eu não sentia mexer desde ontem.

-Beca, está tudo bem?-ouvi Marina batendo na porta do meu banheiro, e respirei fundo
-Não está nada bem-respondi em meio ao choro, e ela logo abriu a porta, entrando no banheiro e vindo me abraçar
-Você não está sozinha nessa
-Queria acreditar nisso Mari, mas eu estou sim-deixei lágrimas caírem a olhando-não quero que você, nem que ninguém perca tempo comigo
-Para de falar bobagens, eu estou nessa com você sim-segurou minha mão em forma de apoio-quer ir no médico?
-Prefiro ir deitar-suspirei a olhando
-Beca, você precisa sair um pouco, ficar só aqui dentro não faz bem
-Não estou em condições de ficar saindo Marina, quero só ficar deitada no meu canto, e chorar
-Mamãe...-ouvi Letícia entrando no banheiro, e vir na minha direção
-Oi meu amor-tentei disfarçar meu choro e a abracei
-Eu marquei umas aulas hoje de manhã, mas se quiser eu...
-Você não vai desmarcar nada-olhei para Marina-vai dar suas aulas amiga, eu vou ficar bem, afinal tenho a melhor companhia do mundo-sorri abraçando a minha filha
-Tem certeza?
-Tenho, vai tranquila Marina, só se eu estiver morrendo, eu te ligo
-Não precisa exagerar amiga, assim você me deixa traumatizada
-Eu vou ficar bem-suspirei a olhando, e ela assentiu receosa

Mesmo tento passado mal, tentei disfarçar perto da minha filha, o quanto eu estava morrendo por dentro, Marina foi dar as aulas me fazendo garantir que a avisaria qualquer coisa que sentisse, e então eu teria o dia livre com a minha filha, pois eu precisava dela, e de seu jeitinho único para me fazer esquecer dos meus problemas. Ainda era bem cedo quando ouvi a campainha tocar, e mesmo cheia de preguiça fui abrir a porta, e vi que era Luan, estava com cara de sono, mas abriu um sorriso para mim, e com certeza foi Marina que mandou ele vir me vigiar.

-A Marina que pediu para você vir?-o perguntei após deixa-lo entrar
-Ela meio que me forçou a vir-riu de canto me olhando
-Eu sabia
-Tô brincando, vim porque a Mari pediu sim, mas também porque eu queria saber como você estava
-Estou bem-sorri amarelo disfarçando
-Certeza?-ele perguntou me olhando
-Na medida do possível, eu tenho que estar bem Luan
-E o bebê?
-Eu acho que está bem-suspirei alisando minha barriga-obrigada por se preocupar com a gente
-Você é mãe da minha filha, e ele é irmãozinho dela, então é claro que quero ver vocês bem
-Que bom que pensa assim, você é um homem incrível demais Luan
-E falando na nossa filha, cadê ela?-perguntou olhando em volta
-Ta deitada na minha cama, coloquei desenho para assistirmos juntas, se quiser pode nos acompanhar
-Se não for incomodar
-Imagina, você nunca incomoda

Assim que Letícia viu o pai, ficou toda feliz, e pediu para que ele deitasse com ela, para que ela ficasse em seu colo, enquanto que eu deitei abraçada com Bruno, e fiquei com uma certa distância de Luan, pois ainda era estranho estar tão perto dele, e saber que o máximo que existe entre nós é uma amizade e consideração, por termos uma filha juntos. Como Letícia não parava quieta, e disse que estava com fome, enchi uma mamadeira de suco, e ela se deitou outra vez no colo do pai dela para tomar o suco, mas como ela queria segurar sozinha, e ás vezes ela tirava a mamadeira da boca para falar, sem querer ela acabou derrubando suco na camisa do Luan, o que me deixou totalmente envergonhada, e ele apenas riu da situação.

-Le, olha o que você fez, sujou a camisa do seu pai
-Acontece Beca, não se estressa com isso
-Mas ela precisa ter mais cuidado e atenção Luan, sei que você não liga porque é pai dela, mas e se fosse com outra pessoa?
-Diculpa papai...-Le o olhava toda inocente
-Claro que te desculpo meu amorzinho-Luan beijou o rostinho dela
-Não tenho nada que te sirva aqui, deixa eu colocar sua camisa para lavar-o pedi a camisa, e ele a tirou, me fazendo olhar seu corpo malhado, e sarado como sempre
-Não precisa se incomodar com isso, mas já que insiste, lava direitinho minha camisa-riu me entregando a camisa
-A maquina que vai fazer todo o serviço, só vou colocar lá dentro

Deixei Luan com a nossa filha no meu quarto, e fui colocar a camisa dele para lavar, e o cheiro dele continuava maravilhoso, exalando na camisa. Estava voltando para o meu quarto, quando ouvi a campainha tocando, como não estava esperando por ninguém, e nem fazia ideia de quem poderia ser, abri a porta e me surpreendi ao ver que era Fábio.

-Oi Beca, tudo bem?-perguntou me olhando
-Oi, não sabia que viria-o olhei surpresa
-Desculpa não ter vindo antes, mas vim saber como você e o nosso filho estão-disse colocando a mão na minha barriga-está maior-sorriu olhando minha barriga
-Sim-suspirei o olhando-mas é bom que veio, pois precisamos conversar
-Com certeza sim Beca-ele me olhou ainda alisando minha barriga, e o dei passagem para entrar
-Fábio, na verdade, eu nem sei por onde começar...-o olhei sincera, e ele suspirou segurando minha mão
-Deixa eu falar primeiro então, porque eu estava viajando a trabalho, e analisei muitas coisas da minha vida, então...
-Beca, onde ficam os biscoitos?-me assustei com Luan entrando na sala, interrompendo Fábio, e já o fazendo fechar a cara
-Não acredito que você voltou com esse cara Rebeca, cadê a sua vergonha na cara?-Fábio já começou a surtar, assim que viu Luan
-Me respeita Fábio-o olhei séria me afastando dele-você mal chegou aqui, e já está achando que tem algum direito sobre mim? nós não temos mais nada
-Você está grávida Rebeca, com um filho meu na barriga, e mesmo assim continua tendo um caso com esse cara, você não se respeita, e não respeita ao menos o nosso filho, se é que é meu mesmo, porque agora que eu vi esse cara saindo do seu quarto desse jeito, com certeza você está me fazendo de idiota de novo
-Para de ser louco Fábio, eu e o Luan não temos nada...
-É verdade cara-disse Luan nos olhando sem entender-desculpa se te fiz pensar que estou dormindo com a sua ex, mas estou aqui pela minha filha, e estou sem camisa porque...
-Porque você está comendo a minha mulher, que está grávida de mim, e não tem respeito nenhum, na verdade nunca teve-Fábio começou a encarar Luan-eu odeio você, seu palhaço-nem deu tempo de fazer nada, quando vi Fábio dando um soco na cara do Luan
-Para com isso, ele não fez nada...-disse segurando o rosto do Luan, que me olhou perplexo
-É esse louco que você se relacionava? meu Deus, ainda bem que você se livrou-disse Luan me olhando
-Ainda está debochando de mim seu cantorzinho de merda?-Fábio o olhava com sangue nos olhos-ainda tenho muito o que me acertar com você, pelo tempo que me fez de babaca junto com essa vagabunda-me apontou cheio de raiva, e quando vi que ele ia socar outra vez o Luan, que estava indefeso, me coloquei na frente dele e ele estava tão tomado pela raiva que me empurrou com tudo-saí da frente vadia, minhas contas é com ele...-disse tão cheio de ódio pelo Luan, que nem viu que me empurrou com força, e fui direto para o chão, caindo de lado, sobre o meu braço para proteger minha barriga, mas o que foi em vão, pois senti o impacto forte em meu útero e logo senti algo molhado entre minhas pernas
-Beca, você está bem?-Luan empurrou Fábio com tudo, e veio me socorrer
-Beca, meu amor, me desculpa, eu...-disse Fábio entendendo a situação, e tentando me socorrer junto com Luan
-Eu perdi o meu bebê...-disse passando a mão por minhas pernas, deixando lágrimas caírem e vendo a poça de sangue se formar a minha volta
-Não, isso não é possível, meu amor, o nosso filho está bem...-Fábio tentava falar comigo, e eu sentia tanto nojo dele, que não queria nem o olhar
-Luan, me tira daqui...-pedi o olhando com lágrimas nos olhos, e ele assentiu me pegando no colo
-Saí daqui agora-ouvi Luan falar firme com Fábio, enquanto me segurava em seu colo, e eu me sentia mole em seus braços
-Ela é minha mulher, saí daqui você...
-Para de ser louco cara, saí daqui, ela não quer saber de você, você é doente, isso é culpa sua-Luan estava visivelmente irritado com ele
-Papaiii-ouvimos Letícia sair do quarto correndo, e querer vir abraçar Fábio, mas Luan foi mais rápido, me colocou deitada no sofá, e já segurou Letícia
-Ele não é seu pai-falou firme a segurando no colo, e Fábio só sabia chorar-eu sou e sempre vou ser seu único pai, esse homem não é nada para você
-Agora quer ser o pai do ano? eu quem criei essa menina desde que ela nasceu...-Fábio queria se justificar
-Mas eu quem gerei ela, então saí daqui agora, você já causou muita merda hoje-disse Luan se sentando ao meu lado segurando firme a nossa filha-vou ligar para virem te socorrer, e colocar esse louco para fora-disse falando comigo, e apenas assenti enquanto chorava, pois não tinha forças para mais nada
-Agora eu sou o louco?-Fábio começou a fazer drama
-Cala a boca-Luan o olhou firme e o ouvi colocar a Letícia no meu quarto, certamente para ela não ver a discussão dos dois-agora saí daqui-o ouvi levar Fábio a força para fora do meu apartamento, e os dois discutiam alto e feio, quando apaguei e não vi mais nada...

Acordei com a cabeça latejando, e luzes fortes quase me cegavam, quando abri os olhos e vi que estava em um quarto de hospital, respirei fundo, e me lembrei do que aconteceu, comecei a chorar, e por instinto levei a mão na minha barriga, a sentindo menor do que o normal, e fui me levantar para sentar, quando senti alguém me impedindo de levantar.

-Você não pode levantar, fica quietinha-olhei para o lado e vi que era Luan, estava com uma cara péssima, e o rosto machucado
-Luan, me diz que...
-Beca, infelizmente...-ele suspirou e eu deixei lágrimas caírem entendendo tudo-você perdeu o seu bebê
-Eu já imaginava isso...-fechei meus olhos chorando muito, e abracei minha barriga, sentindo uma dor tão forte em meu peito
-Beca, eu sinto muito, mas...
-Não precisa falar nada Luan-o olhei em meio as lágrimas e ele as enxugou
-Eu não queria que você acordasse comigo aqui-fazia carinho em meu rosto enquanto enxugava as minhas lágrimas-na verdade quem estava de acompanhante era a Marina, mas você ficou dormindo por horas, e ela me pediu para ficar aqui enquanto ela foi comer alguma coisa...
-Horas?...-o olhei sem entender
-Sim-ele suspirou-você passou por uma cirurgia, para retirar o feto-disse com pesar 
-Eu nem pude me despedir dele-fechei os olhos me lembrando do meu bebê-nem pude o conhecer, saber quem ele era...
-Foi melhor assim, você iria sofrer mais se...
-Eu já estou sofrendo Luan-o olhei-você não sabe como é a dor da perda, porque a sua filha existe, já nasceu, é linda, é perfeita... o que eu nunca vou saber, como seria o meu bebê
-Oi Lu, voltei-ouvi a porta sendo aberta e era Marina-você acordou-ela entrou me olhando
-Mari, me diz que isso é tudo um pesadelo, por favor...
-Amiga, eu não posso mentir para você...-disse deixando lágrimas caírem, e eu só senti ela me abraçar-você precisa ser forte-ela sussurrou pra mim
-Eu não sou forte...
-Com certeza, é sim-ela me olhou firme enxugando as próprias lágrimas-obrigada por ter ficado com ela Lu, pode deixar que eu cuido agora-olhou para Luan
-Fica bem-disse Luan me dando um beijo na testa, e assenti o vendo sair do quarto
-Mari, agora me conta o que aconteceu, por favor, não me esconde nada
-Tudo bem-ela suspirou-só tenta manter a calma...

Após Marina me relatar o que aconteceu, que depois do meu desmaio, Luan e Fábio brigaram muito até o resgate chegar no meu apartamento, eu passei por uma cirurgia para retirar o feto, fiquei desacordada por horas, e como passei por alguns exames ainda desacordada, os médicos queriam conversar comigo sobre o meu tratamento do tumor no estomago, já que agora eu teria melhores chances de ter um bom tratamento, e com menores riscos, pois por mais que seja dolorido perder um filho, de certa forma foi o que contribuiu para os médicos encontrarem uma solução rápida para eu me tratar e ficar curada. Fiquei três dias internada, por causa dos cuidados da cirurgia, que foi praticamente uma nova cesárea e a minha mãe veio ficar comigo, assim que ela soube de tudo. Voltei para o meu apartamento, e me sentia muito mal em entrar ali dentro, lembrando de tudo o que aconteceu, estava doendo muito, então decidi conversar com Marina, para alugarmos com urgência outro lugar, porque eu não queria ficar em um lugar que só me trazem lembranças ruins.

-Filha, que tal viajar para o Rio, ou até mesmo voltar a morar por lá, agora poderíamos morar juntas-minha mãe sugeriu enquanto conversava comigo
-Mãe, eu ainda não estou em condições de pensar em viajar-suspirei a olhando
-Mas você precisa de novos ares Beca, sei que está infeliz aqui-minha mãe me conhecia muito bem
-Eu vou pensar com carinho nisso-sorri de canto a olhando e ela sorriu
-Eu prometo fazer de tudo para cuidar de você, e da Letícia, se você aceitar morar comigo
-Sei que sim mãe, agora me deixa descansar-suspirei a olhando, e ela assentiu vindo me dar um beijo na testa
-Qualquer coisa que precisar, estou aqui
-Obrigada por ter vindo cuidar de mim-a agradeci
-Você é minha única filha, a minha única razão de viver, então largo tudo para cuidar de você
-Agora entendo melhor a senhora, pois eu faria o mesmo pela Letícia

Passei uma semana praticamente deitada, feito uma pessoa doente e depressiva, estive recebendo algumas visitas, que vieram lamentar a minha perda, me dar forças pela minha doença, e até mesmo Fábio estava implorando para me ver, para falar comigo, pois Marina fez questão de o contar tudo o que eu estava passando, mas eu não estava preparada para olhar na cara dele, e muito menos conversar com ele, Fábio me causou muita dor, pois a culpa é toda dele por eu ter perdido o meu bebê, e de tanta raiva, rasguei todas as fotos que tinha guardadas com ele, quebrei os porta retratos, dei uma de louca, e estava me sentindo sufocada naquele apartamento, porque tudo me lembrava aquele maldito homem. Conversei com Marina sobre a proposta da minha mãe, e eu realmente estava querendo ir com urgência para o Rio de Janeiro, só para ficar longe de tudo o que me machuca, mas minha amiga era muito paciente, me pediu para ter calma, que ela iria tentar conseguir um apartamento, ou alguma coisa para nós em São Paulo mesmo, e ela iria correr contra o tempo dentro daquela semana, pois eu estava a ponto de enlouquecer, se continuasse morando naquele maldito apartamento, e já até o coloquei a venda, pois queria me livrar dele o mais rápido possível.

-Soube que colocou o apartamento a venda, e se quiser, eu tenho uma casa improvisada dentro do meu estúdio-disse Luan me sugerindo em uma conversa em que estávamos a sós, pois com certeza Marina recorreu a ele para tentarmos achar alguma coisa com mais pressa em São Paulo
-Melhor não, eu sei que quer ajudar Luan, mas eu não quero incomodar você, nem a sua família-já descartei de uma vez, pois sei que é dentro da própria casa dele
-Não vai ser incomodo nenhum Beca, porque assim a Letícia fica mais perto de mim, sem contar que a Marina é minha irmã, enquanto vocês não compram ou alugam um cantinho novo para vocês, sei que ficar nesse apartamento não está te fazendo bem, por isso estou te oferecendo a minha casa, pois por mais que seja pequena, para vocês três é o suficiente
-Já falou isso com...
-Sim, a Mari achou boa a ideia, e me mandou falar com você-me olhou receoso-eu fiz a proposta a ela, por ser minha irmã, mas ela disse que só iria aceitar, se você aceitasse
-Se é para sair desse apartamento horroroso, eu acho que vai ser bom, mas vai ser por pouco tempo, eu te prometo

Na mesma semana, nos mudamos para a casa dentro estúdio do Luan, era bem aconchegante, tinha dois quartos com suíte, um quarto menor, uma pequena sala e cozinha, e claro que a família dele ficou imensamente feliz em ter a Marina e a Letícia por perto, eu estava indo para aquela casa só porque as duas não vivem sem mim, mas eu queria ficar por pouco tempo ali, pois agora que estou fazendo o meu tratamento, procurando um novo emprego pois pedi o meu acerto com a empresa que eu trabalhava, procurando um novo apartamento, e tentando esquecer o filho que perdi, arriscar um pouco fazia parte, para superar a fase ruim que eu estava passando. Mesmo sendo ligada a casa principal dos Santana, eu, Marina e a minha filha, estávamos nos virando como podíamos na nossa casa provisória, só era um pouco chato pois direto Luan aparecia ali, já que ele era o dono da casa, mas estava sendo bom pois me aproximei de novo de Bruna, que agora estava ocupada com a loja, e as novas coleções, então como morávamos mais perto agora, não nos faltava tempo para conversar, e ficarmos juntas. Sempre tinha festa e churrasco na casa do Luan, pois os amigos dele não faziam falta ali dentro, e logico que éramos convidadas para participar de tudo, o que também nos aproximou dos amigos dele e de Bruna, que antes eu conhecia só por vista. Letícia tinha um quarto só para ela na casa principal, e ela estava dormindo com mais frequência ali, pois Luan e os pais dele adoravam brincar até tarde com ela, e acabavam a levando para dormir por lá, para não me incomodar, já que eu estava dormindo cedo, devido o meu tratamento e algumas medicações que me deixam com muito cansaço, então Luan sugeriu que eu decorasse o quarto da Letícia na casa principal, pois ela merecia um cantinho só dela e estávamos arquitetando juntos o quartinho da nossa filha.

-Eu gostei desse, o que acha?-o perguntei após desenhar todo o projeto
-Bem a cara dela, gostei também
-Então se você concordar, podemos fazer assim
-Por mim tudo bem-sorriu me olhando, enquanto eu o mostrava o projeto




-Gostei que tirou o berço, e não exagerou no rosa-disse Luan rindo
-Ela não é muito de gostar de rosa, e para ela que vai fazer 2 anos, acho que essa proposta de cores e espaço fica bom, claro que isso é só montagem, mas depois vamos decorar com os brinquedos dela, e o que ela quiser no quarto
-Você pensa em tudo Beca-sorriu me olhando-acho que a Le vai gostar
-Tomara que sim, porque fazer um projeto desses, e depois decorar não é fácil
-Falando em projeto, acho que quero mudar o meu quarto também, faz tempo que aquelas paredes verdes estão me cansando
-Eu tenho um projeto meio que pronto para o seu quarto-o olhei receosa e ele riu
-Sério? não me lembro de ter te mostrado o meu quarto-disse pensativo
-Luan, isso está pronto a mais de dois anos, então...
-Entendi...-me olhou sem jeito, pois ele entendeu
-Quando criei, você tinha gostado, agora não sei como é o seu gosto, então se quiser mudar alguma coisa está mais fácil
-Estou amando ter uma amiga arquiteta-sorriu animado-acho que nesse ritmo vou mudar a casa inteira, ou pelo menos os lugares que eu mais fico

Mostrei o projeto a Luan, e como eu imaginava, ele sugeriu algumas mudanças, e ficamos parte da tarde sentados juntos em frente ao meu notebook planejando o projeto do quarto dele.

[...]

Um mês se passou e muita coisa aconteceu, fizemos uma festa de 2 anos para a Letícia, que foi bem simples, com um tema infantil que ela gosta, no jardim da casa dos Santana mesmo, pois o importante era não deixar passar em branco o aniverssário do xodó da família. E eles me acolheram de uma tal forma, que eu me sentia em casa, apesar de ainda estar procurando um lugar para morar, ali eu tinha total liberdade, então acabei ajudando a reformar muitos cantos da casa deles, e também da casa dentro do estúdio do Luan, e do próprio estúdio dele, que ficou incrível de cara nova. Como eu me sentia á vontade na casa principal, e direto aproveitava a piscina com as irmãs do Luan e a minha filha, que parecia filhote de peixe, pois amava ficar na água, em uma tarde quente típica de São Paulo, onde eu e as meninas fomos aproveitar a piscina, eu deixei Letícia brincando com Bruna na piscina por um momento, e fiquei tomando sol na companhia de Marina, quando percebi alguém tampando o meu sol, e logo vi que era Luan, se sentando em uma cadeira de descanso, no meio de nós duas.

-Que vida boa, só tomando sol-riu nos olhando
-Quem tem vida boa é você, faz nada o dia todo-disse Marina rindo
-Eu trabalho poxa, no estúdio, no escritório, e mês que vem volto aos palcos-dizia animado
-Até que enfim, vai deixar a gente dormir em paz, sem barulheira de madrugada-ri o implicando, pois o meu quarto era o mais próximo ao estúdio, e na verdade eu não ouvia nada pois tinha impedimento acústico, mas sempre brincava assim com ele, fingindo que eu ouvia os barulhos do estúdio
-Os incomodados que se mudem, o estúdio é meu, estou fazendo os meus ensaios para voltar a cantar, e quem está fazendo hora extra aqui em casa de favor, não sou eu-riu me olhando
-Nossa, depois dessa, vou ser obrigada a me mudar urgentemente, Mari vamos lá arrumar as malas, porque fomos expulsas-disse olhando para minha amiga
-Tô brincando com vocês-ele riu nos olhando-cês sabem que podem ficar aqui o quanto quiserem
-Mesmo assim Luan, eu ainda preciso de um canto pra mim, para a Letícia-suspirei olhando a minha pequena brincando na água-sei que só estou aqui, porque você pensa na nossa filha, quer ela por perto, mas eu preciso ser independente como sempre fui, infelizmente o meu tratamento me deixa molenga, e incapacitada, mas eu preciso voltar a reagir
-Beca, você está recebendo toda ajuda necessária, inclusive, queria trocar umas ideias com você, sobre o meu novo cenário, porque fiquei em dúvida de alguns que o Luan Pedro sugeriu, e como você é arquiteta, acho que me daria uma boa sugestão
-Tudo bem, eu ajudo, já que não faço nada nessa casa mesmo

Coloquei minha saída de banho por cima do biquíni, e fui com Luan até o estúdio, onde ficam os computadores que ele trabalha e tudo mais, para ver os cenários, ele até já tinha mostrado para nós uma coisa ou outra, mas agora que está mais perto a volta dele aos palcos, sei que ele quer uma opinião profissional decisiva, então vou ajudar ele da melhor forma possível, pois Luan tem me ajudado em muita coisa até agora, sem me pedir nada em troca.

-O segundo que você me mostrou, acho que está melhor, em cima da proposta da sua nova turnê, pelo o que você me fala que está planejando levar para os seus fãs
-Também gostei mais desse-sorriu me olhando-cê entende mesmo da coisa muié
-Eu sei pelo material que escolheram, as cores, as formas e também por conhecer seus gostos meio excêntricos e malucos-ri o olhando
-É que eu sempre gosto de surpreender, fazer o melhor para os meus fãs, e como eu quero dar o meu melhor na minha volta aos palcos, sei que você é experiente nisso, então obrigada pela ajuda
-Eu que agradeço a confiança-sorri o olhando-bom, vou aproveitar que voltei para "casa"-fiz aspas no ar-e vou descansar um pouco, quimio deixa o meu corpo cansado demais, credo
-Imagino-suspirou me olhando-vou ficar por aqui vendo umas coisas, se precisar de alguma coisa me chama
-Ta bom

Eu tentava ao máximo demonstrar que estava bem, mas tinha dias que eu me sentia muito mal, então fui tomar um banho e depois iria me deitar um pouco, pois estava cansada. Saí do banho enrolada na toalha, e fui me trocar deixando a toalha cair no chão para escolher uma roupa, quando ouvi a porta sendo aberta, e Luan entrando no quarto, me olhando todo sem jeito por me ver daquele jeito.

-Luan, não sabe bater não?-o olhei brava ajeitando a toalha novamente no meu corpo
-Nossa, me desculpa, é que eu pensei que você estava descansando, não que tinha acabado de sair do banho
-Pensei que você estava ocupado, não que invadiria o meu quarto
-Mas foi você quem não trancou a porta, por isso entrei, eu iria prever que você estava assim?
-Tudo bem-respirei fundo o olhando-o que quer?
-O que?-me olhava feito bobo
-Luan, o que veio fazer aqui?
-Eu esqueci-me olhava todo sem jeito
-Então saí, depois você fala o que queria
-Ta...-assentiu indo sair do quarto, mas desistiu e voltou me olhando
-Luan, eu preciso me trocar
-Eu sei, é que eu não posso esquecer o que vi-me olhou cheio de desejo
-Luan, eu estou tentando seguir a minha vida, ser sua amiga, e me dar bem com você da melhor forma possível, então não me olha desse jeito, se for para me iludir...
-Não estou te iludindo-disse se aproximando de mim-eu só estou seguindo os meus instintos
-Os seus instintos deviam te levar para fora daqui
-Mas eles querem que eu fique-disse se aproximando mais de mim, e me encostando na parede-Beca, eu preciso disso-sussurrou colando seu corpo ao meu, e colocando sua mão por baixo da toalha apertando a minha bunda-eu não consigo esquecer você-sussurrou no meu ouvido, me dando um beijo no meu pescoço em seguida, me fazendo arrepiar, e ascendendo aquilo que eu já sentia a tempos
-Luan... não faz isso-sussurrei sentindo os beijos dele em meu pescoço
-Eu preciso ter você...
-E eu quero ter você-segurei no rosto dele o fazendo me olhar-por favor, se a gente for fazer alguma coisa, não vamos ter pressa...
-Não estou com pressa nenhuma, tenho o tempo livre para você-sussurrou me olhando
-Digo o mesmo-disse o olhando cheia de desejo, e sentindo ele me puxar para um beijo quente


Como eu sentia saudades daquele beijo, estava a tanto tempo querendo senti-lo de novo, mas estava respeitando o espaço de Luan, não queria confundir as coisas entre nós, mas sempre com o coração acelerado toda vez que ele estava por perto, que ele falava comigo, e eu tentava disfarçar ao máximo o quanto eu queria aquele homem só pra mim, pois ele já me pertenceu, e é horrível tentar ser amiga de alguém que eu já amei, ou melhor, que eu ainda amo. O nosso beijo não tinha pressa para acabar, e mesmo sendo um beijo quente, estávamos aproveitando com calma aquele beijo.

-Que saudade disso-sussurrei o dando um selinho após encerrarmos o beijo, e ele me abraçou pela cintura
-Tô aqui para matar a saudade-me olhou de um jeito sexy
-Luan, tem certeza que devemos...
-Sim, eu quero muito, você não quer?
-É o que eu mais quero-sorri alisando o rosto dele
-Então não vamos perder tempo, vem

Luan me puxou para perto da cama, e logo me envolveu em um beijo gostoso, apertando minha bunda por cima da toalha, e fazendo o meu corpo queimar por ele.


-Não vamos precisar disso-tirei a minha toalha após encerrarmos o beijo, e ele me olhou mordendo os próprios lábios
-Como você é linda-analisou o meu corpo, e depois colou os nossos corpos, nos deitando sobre a cama
-Eu sei que não estou nas melhores condições possíveis-suspirei o olhando, e ele alisou o meu rosto
-Pra mim, está perfeita-sussurrou me dando um selinho
-Luan, desde que eu perdi o meu bebê, e comecei o meu tratamento, eu não tive mais relação com ninguém, não me sinto atraente, então não sei se vou conseguir-o olhei receosa, pois passei por muita coisa, e sexo era uma coisa que eu nem imaginava acontecer tão cedo
-A gente pode tentar-alisou o meu rosto com carinho-mas se você se sentir mal, eu vou entender
-Com você, nem tem como ficar mal-sorri alisando a linha do rosto dele-você me faz bem só de estar perto de mim
-Então é isso que importa, quero te ver bem, te ver feliz, e agora, eu quero te dar prazer-sussurrou de um jeito bem sexy no meu ouvido, mordendo minha orelha em seguida
-Não vamos perder mais tempo, me fode logo-o olhei cheia de desejo, e ele me envolveu em um beijo quente


Luan estava sendo muito carinhoso durante aquele beijo, mas sem deixar de lado a pegada única que só ele tem, pois apertava o meu corpo contra o dele, apertava minha bunda, meus seios, e eu já o desejava, antes mesmo de vê-lo se despir.

-Eu não me lembrava, que o seu beijo era tão gostoso assim-sussurrou ofegante após encerrarmos o beijo-se eu soubesse, tinha dado antes
-Não deu, porque não quis-o olhei mordendo meus próprios lábios e alisando os lábios dele-porque a minha boca, sempre pertenceu a sua
-Bom saber isso, mas só a boca?-me olhou safado e sorri negando
-Cada pedacinho meu, tudo o que você quiser...-sussurrei o olhando de um jeito sexy
-Então vou ver se é mesmo-mordiscou meu lábio inferior, e partiu com tudo para o meu pescoço, me dando beijos e chupões, que me fizeram delirar, que saudade desse homem me tocando, me beijando, me desejando


Luan não estava com pressa, aproveitou bem cada pedacinho do meu pescoço, lambendo, beijando, chupando, cheirando, e eu pouco me importava se aquilo ficaria marcado, pois a saudade dele era tanta, que eu poderia sair toda roxa, mas sabia que no final estaria satisfeita e feliz, como a muito tempo eu não tenho sido.

-Tô machucando você?-perguntou me olhando após várias mordidas de leve no meu pescoço, e eu neguei
-Continua...-o olhei cheia de tesão apertando os meus próprios seios, e ele os apertou por cima da minha mão
-Parecem uma delícia-olhou malicioso para os meus seios
-Se não experimentar, não vai saber-o olhei com desejo, e ele os apertou
-Vou experimentar agora-piscou para mim todo sexy, e já foi logo abocanhando um dos meus seios, o apertando e puxando o meu bico rijo com os dentes de leve, o que o animou, e o fez apertar os dois de uma vez, e começar a chupa-los de uma forma deliciosamente tentadora



Logo senti ele descer os beijos, e os chupões por minha barriga, dava leves mordidas, e depois voltou para os meus seios os lambendo, o que me excitava muito.

-Luan, porque subiu...-disse ofegante o olhando
-Porque quero conferir cada pedacinho-sussurrou de um jeito sexy, e mordi meus lábios o olhando
-Aqui em cima conferiu até demais, acho que já pode descer...-o instiguei com o olhar, e ele sorriu safado
-Você ta certa, preciso experimentar outras coisas-mordeu os próprios lábios e depois passou a língua sobre eles, me fazendo desejar aquela língua quente dentro de mim
-Ta falando demais, e fazendo de menos Luan...

Nem terminei de falar, já sentindo ele trilhar um caminho de beijos dos meus seios até minha barriga, e chegando até onde eu mais queria.


-Ta bem molhada-me olhou desejoso passando um dos dedos na minha intimidade
-A culpa é sua...-disse em meio a um gemido, sentindo o dedo dele deslizando na minha entrada
-E quente...-disse safado me penetrando dois dedos-gosta assim?-perguntou com uma voz sexy, e assenti fechando os olhos
-Luaaan...-gemi o nome dele-quero você...
-Mas tô aqui...-dizia me instigando e me penetrando com os dedos, depois tirando
-Quero sua língua... hmmm-gemi sentindo ele tirar os dedos
-Agora pediu certo-me olhou safado, abrindo minhas pernas, e me enfiando de uma vez aquela língua quente, que me fez gemer feito louca


Que saudade desse homem me dando prazer, eu fechava os olhos, apertava os lençóis, gemia, e parecia estar vivendo um sonho, mas sentia aquela língua quente no meu ponto máximo, os dedos ágeis dele me penetrando, até que senti minhas pernas bambearem, o ar me faltar, dei um gemido alto, e enfim me derramei para ele, chegando no meu ápice. Ainda em êxtase após o meu momento, senti Luan subir os beijos pelo meu corpo, se deitar ao meu lado e com carinho me envolver em um beijo, enquanto eu ainda tentava recuperar o ar.


-Você está mesmo aqui?-disse o olhando ofegante e ele sorriu
-Claro que sim-sussurrou me dando um selinho-está cansada?-perguntou fazendo carinho no meu rosto e neguei o olhando
-Com você, até o cansaço some
-Não quero forçar nada com você Beca, sei que queria descansar-disse fazendo carinho no meu rosto
-Qual a parte do eu quero foder com você, que você não entendeu?-disse subindo sobre ele
-Eu também quero, mas...-suspirou me olhando
-Então fica quietinho, e me deixa retribuir-coloquei meu dedo indicador na boca dele e o dei um selinho-até porque você ainda está muito vestido para o meu gosto-sussurrei o olhando, e fui tirando a camisa dele
-Vou ser abusado agora-sorriu safado
-Você quem abusou de mim primeiro, só vou retribuir-pisquei para ele, e fui beijando o seu corpo malhado, que saudade dele

Comecei beijando o seu pescoço, o cheirando, o lambendo, depois fui descendo para o seu peitoral, seu abdômen, e parei ali para tirar a bermuda dele, o deixando apenas com uma cueca box branca, que já ressaltava o seu pau bem animado, me fazendo morder os próprios lábios.

-Ta animado o seu amigo-o olhei safada
-Coloca ele para fora, que a animação vai ser maior ainda-me olhava safado
-Depois...-sussurrei o olhando de uma forma sexy, e voltei a lamber o abdômen malhado e gostoso que só ele tem, esfregando meus seios no seu pau por cima da cueca, e já senti ele agarrando os meus cabelos


Deixei várias mordidas no trajeto do abdômen até o cós da cueca, esfreguei meus seios ali em cima o vendo todo excitado, e depois a abaixei, vendo o pau dele saltar para fora, mais gostoso do que eu me lembrava. O segurei com as mãos, o massageando de leve, enquanto Luan me olhava mordendo os próprios lábios, comecei a olhar para ele passando minha língua nos meus lábios, e me posicionando para o abocanhar, quando já senti Luan agarrando os meus cabelos, e quase enfiando com tudo o pau dele na minha boca, o que me fez rir pela pressa dele, mas como eu não estava mais resistindo a minha vontade de sentir o gosto dele mais uma vez, deixei Luan o colocar de uma vez na minha boca, e claro que aquilo quase me fez engasgar, mas logo fiquei no controle, o colocando e tirando da boca, lambendo toda a extensão, ouvindo Luan xingar, gemer, e me olhar com muito tesão, enquanto mordia os próprios lábios, e puxava os meus cabelos com mais força. Luan dizia coisas desconexas, enquanto eu fazia o meu serviço da melhor forma possível, o ouvi suspirar alto, e logo percebi as suas veias engrossarem, e senti de uma vez aquele jato quente em minha boca, sabendo que ele gozou, e estava satisfeito. Subi sobre ele o dando um beijo, e ele ainda estava ofegante, fiz carinho em seu rosto, e ele sorriu com os olhos fechados, após um longo suspiro.

-Agora entendo porque temos uma filha juntos-me olhou após se recuperar, o que me fez rir
-Uma coisa leva a outra, não é-sorri o dando um selinho, e ele me abraçou pela cintura
-Não sei porque a gente fez isso, mas eu quero continuar-me olhou safado
-Não teria graça, se parássemos por aqui-sussurrei subindo sobre ele
-Mas a gente não tem camisinha-me olhou alisando minhas costas
-Luan, acha que precisamos mesmo? a gente já tem intimidade o suficiente para fazer sem
-Eu sei que sim-suspirou-mas eu não quero arriscar e...
-Te garanto que não vou engravidar de você de novo, na verdade, nem posso-suspirei me lembrando da minha perda e ele me abraçou
-Desculpa te fazer lembrar de certas coisas Beca, mas se quer arriscar, tudo bem, eu tiro antes-disse me abraçando, enquanto nos virava na cama e beijando o meu pescoço-eu só sei que quero ter você-sussurrou no meu ouvido, enquanto se deitava sobre mim
-E eu quero ter você...-sussurrei para ele, sentindo os seus beijos quentes no meu pescoço virem para a minha boca

Nos beijamos até os nossos corpos queimarem de desejo um pelo outro, e encerramos pois estávamos ofegantes, mas sem perder a troca de olhares, quando sinto que o Luan começou a se colocar na minha intimidade, e eu já sentia a ponta do seu pênis na minha entrada quente e desejosa por ele, até que ele me penetrou de uma vez, enquanto olhava em meus olhos, alisava o meu rosto, e nossas bocas estavam quase coladas, com um sentindo a respiração ofegante do outro, iniciando um vai e vem gostoso.


Nós não estávamos com pressa, pois quanto mais lento, mais devagar, mais sentíamos um ao outro, e eu queria ter para sempre aquela sensação, dele me preenchendo da melhor forma possível, sem nenhuma pressa, sem nenhum impedimento, com os nossos corpos colados, as nossas peles grudadas, os nossos suores se misturando, e juntos no mesmo ritmo fazendo amor.
Depois de um momento calmo de prazer, Luan quis mudar de posição, me pedindo para ficar de quatro, pois sei que ele gosta de me ter assim, rendida a ele, o olhando com prazer, e sentindo ele mais uma vez me preenchendo sem pressa nenhuma, em um ritmo lento e gostoso dentro de mim.


-Assim... hmmm...-gemia sentindo ele segurar em minha cintura e entrar e sair de dentro de mim
-Quer ficar no controle?-sussurrou me olhando, e assenti o olhando cheia de tesão
-Quero muito sentar em você-disse safada

Luan saiu de dentro de mim, se sentou na cama como um bom moço obediente, e eu logo fui me sentando com tudo sobre ele, sentindo ele me preencher, comecei a rebolar, a subir e descer, até que Luan me puxou para um beijo, e começou a me ajudar nos movimentos, acelerando mais o ritmo gostoso que estávamos fazendo.


Aos poucos começamos a acelerar o ritmo dos movimentos, gemer mais alto, e se entregar um ao outro com mais desejo e vontade, até que Luan me pegou de jeito, ficando ajoelhado sobre a cama, e me puxando para me penetrar daquele jeito, nos levando a arriscar mais naquela aventura.


-Eu... tô quase lá...-me avisou cheio de tesão
-Justo agora...-o olhei frustrada, sentindo ele parar de nos movimentar
-Topa um 69? assim chegamos lá juntos...-sugeriu me olhando
-Queria sentir você...-sussurrei alisando o peitoral dele-mas se quer assim, tudo bem

Mesmo querendo sentir ele se derramando dentro de mim, enquanto chegávamos juntos ao ápice do prazer, não discordei da posição que ele queria, e logo nos posicionamos, onde pudemos dividir mais uma vez o prazer.


Enquanto o chupava, logo o senti gozar primeiro, mas mesmo ofegante, ele continuou o que fazia, me penetrava com os dedos, passava sua língua quente por toda extensão da minha intimidade, até ele achar mais uma vez o meu ponto G, e então senti minhas pernas bambearem, me fazendo atingir o meu limite pela segunda vez, somente com a língua e as mãos dele.

-Eu queria tanto ter tido esse momento com você-sussurrei o olhando após fazermos amor, quando nos deitamos abraçados
-E tivemos-sussurrou selando meus lábios
-Mas a gente agiu no impulso Luan-o olhei alisando o rosto dele-não quero que se arrependa, nem que isso cause um clima estranho entre nós
-Eu não estou arrependido, fui eu quem te provoquei
-Na verdade, você me provoca sempre... sempre que me olha, sempre que anda por aí sem camisa, sempre que sorri, sempre que me toca, porque eu sou completamente apaixonada por você-disse o olhando com sinceridade e ele suspirou
-Agora sim, precisamos ir com calma-ele me olhou-eu sei que para você a gente viveu muita coisa, mas pra mim, eu ainda sei muito pouco sobre você
-Antes que me pergunte, eu não estou grávida, sou solteira, tenho uma filha com um cara muito lindo e gostoso, estou fazendo um tratamento complicado, por isso o meu corpo não é o mais lindo do mundo, e...
-Eu sei disso tudo-ele riu-mas eu quero dizer em relação a gente ficar, porque moramos praticamente juntos, e de certa forma somos apegados, temos uma química boa, e eu já estou faz tempo, querer foder com você-riu me olhando
-Nossa, quanta sinceridade-o olhei surpresa-porque não fodeu antes?
-Porque eu respeito a minha família, respeito você, e sei que o momento que esta passando é complicado, por isso tento não pensar em transar com a mãe da minha filha em todo o canto da casa, sempre que eu te vejo, quando fica passeando por aí com biquíni, quando está sorrindo, quando me mostra o quanto é uma arquiteta inteligente, uma mãe incrível, e sem contar que uma mulher linda e...
-Adorei isso-sorri subindo sobre ele-mas para isso dar certo Lu, precisamos concordar que você sabe que eu posso morrer a qualquer momento e...-ele me beijou e interrompeu que eu terminasse de falar
-Cala a boca, e não fala essas coisas-disse me olhando sério após o beijo-não quero nem pensar nisso-alisou o meu rosto
-Eu também não Luan, mas é essa a nossa realidade
-Estamos em um clima tão bom Beca, porque quer estragar com essa negatividade toda? não está feliz?
-Claro que estou feliz-sorri o dando um selinho-é que eu não estou na minha melhor fase Luan, tem dias que eu vou estar péssima, acabada, cansada de viver, e você logo vai perder o interesse por mim, porque quem quer uma mulher doente?
-Não fala besteiras, eu já estive quase morto, passei por coisas piores do que você Rebeca, e ainda passo, ou acha que eu sou completamente normal depois do que sofri? tem noites que eu não durmo sem me dopar de remédios para dor de cabeça e...
-Desculpa, não vamos falar sobre isso-suspirei me sentando sobre a cama e o olhando-sei que nós dois passamos por coisas terríveis Luan, e ainda estamos passamos-olhei pensativa para o nada-mas o importante é que hoje, agora, nesse momento, estamos aqui-o olhei, e ele sorriu se sentando ao meu lado
-Com certeza, vamos viver o nosso momento, viver o hoje, porque amanhã pertence a Deus, e o que for para acontecer, a gente vai entender que foi da vontade de Deus
-Isso ai-sorri o olhando, e ele me deu um beijo calmo-obrigada por viver esse momento comigo-sussurrei após o beijo, com nossas bocas ainda coladas
-Não precisa agradecer, porque acho que nós dois merecemos
-Sim-sorri alisando o rosto dele-eu queria muito ficar aqui com você, mas tenho uma filha para cuidar, porque sumimos por horas, e tenho certeza que a Letícia está aprontando, se ainda não estiver dentro da piscina, porque por ela, é o dia todo dentro da água
-Pior que é verdade-ele riu-todo mundo faz as vontades dela, ainda mais se você não está por perto
-Eu sei disso, por isso não posso deixar ela sozinha com você, nem com a sua família, vocês estragam a Letícia
-Claro que não, a gente só deixa ela ser feliz-riu de canto-inclusive, obrigado por me dar ela, que é a coisa mais importante da minha vida, a alegria dos meus dias
-De nada-pisquei para ele-mas se ela existe, você também tem um papel importante nisso, afinal eu não fiz sozinha
-Ainda bem que fui eu quem ajudei-sorriu se gabando-minha filha é linda demais
-Pois é, carreguei por nove meses, e nasceu com a sua cara e da sua família, pra mim puxou só a bipolaridade-ri o olhando
-A teimosia também, mas você é linda, e ela tem seus olhos
-Ainda bem, porque se não seria vesguinha igual você-ri o olhando e ele fechou a cara
-Precisava apelar desse jeito?
-Nossa Luan, só estou brincando, você é lindo, e seus olhos são seu charme-disse me sentando no colo dele, e o abraçando pelo pescoço-tô desculpada?-perguntei o dando um selinho, e ele estava com um bico de emburrado me olhando-esse bico é igualzinho o da nossa filha, acho que a teimosia e o drama puxou a você-ri o fazendo cócegas, e logo ele riu
-Assim não vale, usar meus pontos fracos-riu tampando as axilas, onde comecei a fazer cócegas
-Pronto, está tudo certo entre a gente, então vamos sair daqui, porque daqui a pouco a casa inteira está sabendo que a gente transou
-É mesmo-ele saltou da cama em um pulo-os meninos vão vir compor comigo hoje, se já não tiverem chegado no estúdio
-Tomara que não, porque não quero os seus amigos me olhando, com aquela cara que eles já me olham sempre, sabendo o que já rolou entre nós
-Não tenho culpa se sou irresistível-disse se sentindo
-Ok, senhor irresistível, então bico calado, porque sei que você adora se gabar para os seus amigos, contando os seus casinhos por aí
-Fica tranquila, que nosso casinho é segredo-riu piscando pra mim
-De amantes, passamos para casinho, que decadência Luan, que decadência..-ri o olhando, e ele me puxou para mais um beijo, enquanto a gente ria juntos dos nossos pensamentos, e do que pensam sobre nós lá fora

Após uma tarde maravilhosa juntos, nos trocamos, e saímos do meu quarto como se nada tivesse acontecido, Luan disfarçou ficando no estúdio para esperar alguns amigos que iriam compor com ele, enquanto que eu fui atrás da minha filha, e das meninas, com a desculpa que dormi a tarde toda, afinal elas sabiam que eu realmente estava dormindo muito, mas não podiam imaginar que eu passei aquela tarde transando com o irmão delas. Durante á noite, rolou um churrasco com a presença dos amigos do Luan, e eu notei que a Marina e o Matheus, ou melhor o Marcolino como era chamado, estavam muito amigos, além do Luan ficar me secando toda hora, e eu estava quase o matando com o olhar por ele não saber disfarçar nada. Depois do churrasco, fui dormir cedo, pois no outro dia, era o dia de mais uma consulta, Letícia já havia ido dormir, pois dona Marizete a levou para dormir no seu quartinho, então me despedi de todos indo para o meu quarto. Era madrugada, quando senti alguém me abraçando, e pelo cheiro, reconheci que era o Luan.

-O que faz aqui?
-Você acordou, desculpa
-Sim, o que quer?-o olhei sonolenta
-Vim te dar um beijo-disse beijando minha testa-estava até agora no estúdio com os meninos, e como você veio dormir cedo, vim ver se estava bem
-Estou sim-bocejei sonolenta
-Então boa noite-me deu um beijo na testa
-Boa noite-sorri o olhando, e quando ele foi sair da cama o impedi-Luan?
-Oi?
-Fica aqui-pedi o olhando carente
-Fico-sorriu se deitando comigo em minha cama, e me aconchegando em seus braços

Ele dormiu abraçado comigo, me fazendo ter a melhor noite da minha vida, após ter perdido e sofrido tanto, finalmente eu encontrei de volta a minha paz, o meu aconchego, e a minha felicidade nos braços dele, do homem que com certeza é e sempre será o amor da minha vida, me fazendo crer que a dor não dura para sempre, pois o amor sempre prevalece acima da dor, ou de qualquer outro sentimento, que nos queira tirar as chances de sentir o quanto é bom carregar o amor dentro do peito.

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Olá amorees, feliz 2021, que seja um ano repleto de coisas boas para todos nós, sei que não estou postando com tanta frequência, mas quando da certo eu tento compensar vocês ao máximo, o que estão achando dessa reviravolta na história, será que finalmente a paz vai reinar? então comenteeem bastante, que logo posto mais, beijos.

8 comentários:

  1. Uou amei essa reviravolta da fic, espero que Luan não apronte com a beca, eles merecem ser feliez

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  2. Que reviravolta, gostei muito que tudo está se acertando.
    Agora só falta o Luan se lembrar da Beca, já está na hora. E que ela fiquei boa logo, pois eles merecem ser felizes

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  3. Também amei essa reviravolta, espero que meu casal fique juntinhos de agora em diante. Não faz mais a Rebeca sofrer, pelo menos por agora pfv

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  4. Um feliz 2021 pra você tbm!! Que esse ano você traga muuuuuuuitos capítulos pra gente, e não se parece, tudo no seu tempo mas não desista da fic fvf... E que Luan e Beca fique juntinhoos, se bem que Luan poderia lembrar do passado dele com Rebeca

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