A noite que passamos no iate foi maravilhosa, tivemos um jantar incrível, a gente bebeu, dançou, e claro que comemoramos muito o nosso inicio de namoro, concretizando de fato que estávamos juntos em uma noite super romântica do inicio ao fim, e eu nunca me senti tão amada quanto fui naquela noite, Léo era perfeito em cada toque, cada detalhe, e eu não parava de sorrir após a nossa primeira vez juntos, pois parecia ser um sonho, de como tudo foi tão perfeito.
-Amanhã é sua folga, então vamos passar o dia aqui?-o perguntei após termos feito amor e estarmos abraçados na cama
-Foi o que planejei-sorriu beijando a ponta do meu nariz
-Você já tinha pensado em tudo, e eu fui pega de surpresa, pode acreditar
-Mas a surpresa foi boa?
-A mais perfeita possível-sorri o dando um selinho-você é maravilhoso demais para ser real, me belisca para ver se eu não estou sonhando
-Você não está sonhando sua boba-riu me aconchegando em seu peito-sou totalmente real, e completamente seu-sussurrou encostando nossos lábios-quer que eu te prove isso?
-Sim, preciso que me prove de novo, de novo...-sorri com ele subindo sobre mim e já me dando um beijo de tirar o folego, para fazermos amor mais uma vez, pois com ele eu não iria me cansar nunca
No dia seguinte, acordei com a claridade do sol entrando por uma pequena janela do iate que ficou aberta, ouvindo o barulho dos pássaros lá fora, e sorri vendo Léo preparando uma linda bandeja de café da manhã para nós.
-Bom dia amor da minha vida, pode dormir mais um pouco se quiser-ele veio me dar um beijo ao me ver acordar
-Bom dia meu amor, prefiro acordar bem cedinho e aproveitar o dia com você-selei os lábios dele
-Então vamos comer, porque o dia vai ser longo-sorriu feito um menino indo pegar a bandeja
-Quero que seja longo mesmo, pois quero aproveitar cada segundinho com o meu namorado-sorri para ele, enquanto ele colocava a bandeja sobre a cama
-Que linda essa minha namorada-beijou minha testa e se sentou ao meu lado na cama-hora de comer meu amor
Começamos o nosso dia com um clima leve, trocando muitos beijos e carinhos durante o café da manhã, e enquanto Léo arrumava a pequena bagunça do nosso café, aproveitei para ligar para a minha mãe e avisa-la que eu ficaria fora o resto do dia, também perguntei de Letícia, que nem estava ligando porque eu dormi fora, já que ela estava um grude com a Dinda, e claro que ouvi Marina gritando ao fundo na ligação, que finalmente eu tinha fisgado o doutor. Deixei elas avisadas, e então aproveitei com o Léo para andar de iate e ver algumas ilhas, contemplando a paisagem maravilhosa, ele conhecia um local mais tranquilo onde descemos do iate para mergulhar no mar, o nosso almoço foi em um restaurante beira mar de uma das ilhas, e depois de muito sol, muito amor e de curtir muito o meu namorado, só no final da tarde voltamos para casa. Eu estava tão feliz com tudo o que vivemos juntos, que já esperava vê-lo outra vez, mas eu sabia que ele tinha que descansar para pegar plantão no outro dia, então o daria um descanso, mas não por muito tempo, pois agora que eu provei do que ele é capaz na cama e fora dela, eu quero passar cada segundo do resto da minha vida com esse homem.
-Rebeca, Beca, acorda, hoje você ta no mundo da lua amiga-disse Marina rindo e me jogando uma almofada-ta com a maior cara de boba apaixonada, nem lembro se já te vi assim algum dia
-Me deixa curtir o momento de boba apaixonada, o Léo é príncipe demais-sorria toda boba falando dele e minha amiga dava risada
-Meu Deus, o que esse homem tem? você estava precisando namorar mesmo para melhorar o humor, mas agora ta é com cara de sonsa-Marina não se aguentava de rir de mim
-Pode me zoar Marina, dessa vez vale a pena a cara de sonsa, a cara de boba, porque eu finalmente encontrei o namorado perfeito
-Começo de namoro é bom mesmo, só amor, só love, sem brigas, sem ciúmes, discussões, até que um dia a gente surta e começa a ver que não são só flores
-Credo Marina, saí com esse papo de relacionamento frustrado para lá, eu tenho certeza que com o Léo vai ser o relacionamento mais maduro, sincero e sensato que já tive na vida
-Tomara mesmo, porque seu histórico de ex não é muito bom não-ela riu e eu a joguei uma almofada na cara
-Não esquece que você me apoiou em todos, até nos que eram furada-suspirei tentando não me lembrar-mas vida que segue, eu tô bem agora, tô na melhor fase da minha vida e namorando um homem que me valoriza, que sabe dos meus defeitos, que me aceitou do jeito que eu sou, e eu estou feliz, então é isso que importa
-Com certeza Beca, te ver feliz e realizada não tem preço-ela sorriu para mim-só preciso conversar com esse doutor e ter um papo reto com ele, sobre as intenções dele com você-disse como se fosse durona o que me fez rir
-Amiga, a gente já passou dessa fase de interrogar os namorados uma da outra, eu gosto do Matheus, então goste do Léo de graça e não pressione ele, porque ele é mais sistemático, e talvez não entenda que é uma brincadeira nossa
-Seu namorado conseguiu ser mais careta do que eu-ela deu risada-mas se ele te faz feliz, eu o aceito de bom agrado, mas vocês já marcaram o jantar da família?
-Ainda não, mas eu queria pensar primeiro em alguma forma de aproximar ele da Letícia, e ver como ela vai lidar com isso-confessei para minha amiga a minha única preocupação
-A Le ainda é pequena, mas já entende muita coisa, ela sabe que você e o pai dela são apenas amigos, e lida com isso numa boa
-Porque nós sempre nos fazemos presentes na vida dela, e o Luan é um pai todo dedicado, sempre que pode vem visitar ela, ou a leva para ficar com ele no hotel, ás vezes passeia com ela no shopping, tira um tempo para se divertirem juntos, então ela tem uma figura paterna que não faz falta
-Meu irmão realmente faz de tudo para não ficar muito tempo longe da Letícia, a família toda na verdade, pois os meus pais e a Bruna também amam muito a Le, eu então nem preciso dizer, sou toda rendida pela minha pequena
-Você faz todas as vontades dela, porque é tia e madrinha, sem contar que ela até sabe como ligar para você, quando quer falar mal de mim ou da minha mãe-ri me lembrando das vezes que a Letícia a ligou para reclamar que nós pegamos muito no pé dela, ou não deixamos ela fazer o que queria
-Ela tem a personalidade forte igual a sua, ainda bem que eu sei lidar com vocês duas
-Aprendeu na marra-ri a olhando-mas eu queria fazer alguma coisa, para fazer ela gostar do Léo, ela o viu poucas vezes, e ela o encara muito porque na maioria das vezes ele está de branco e ela odeia médico, porque associa a injeção, e que a mamãe ta dodói-suspirei me lembrando do tempo de agonia, quando eu estava doente e a minha filha não entendia o que era
-Acho que seria legal vocês dois programarem um passeio bem divertido com a Le, ela ama parque, zoológico, e os brinquedos do shopping também, sem contar que qualquer um que compra sorvete para ela, a ganha
-Sim, ela é louca por sorvete, quem viciou ela em sorvete foi o Luan, toda vez queria levar a menina para comer, ou sempre comprava de monte para ela, ele é o tipo de pai que só estraga a criança
-E na vez que ele mandou fazer o ovo de chocolate gigante para ela-Marina deu risada se lembrando-a Le entrou dentro do ovo, e não queria sair mais, não sabia se comia, se brincava, sem contar que ficava enfiando pedaço de chocolate na boca de todo mundo
-Verdade, ela amou o presente, acho que ainda tenho a foto aqui-disse vendo algumas fotos antigas do meu celular-ela ainda era bem pequena e ele já inventava essas coisas para a surpreender
-Ele é muito exagerado na verdade, aqui em casa já nem cabe mais de tanta boneca e outros brinquedos, ele sempre vem com alguma coisa para ela, muitos eu doei para a brinquedoteca da escola da minha mãe, sem a Letícia ver, porque tem brinquedo demais e uns ela nunca nem brincou
-O doutor vai ter que ser bonzinho com ela e tentar agradar nesse nível-disse Mari rindo
-Mari, isso não tem nem comparação, o Luan é pai dela, e o Léo é só o meu namorado, claro que eu quero que a minha filha goste dele e o aceite, mas não quero exageros, nem que ele force nada com ela, o Luan força porque quer só agradar e ser visto como o melhor pai do mundo, mas o Léo não precisa ser assim, até porque eu não quero misturar as coisas, e eu não sei como o Luan vai reagir quando souber que a filha dele tem outro homem como figura paterna, eu não quero que isso se torne uma disputa, como geralmente acontece por ai, quero que seja tudo natural, tranquilo, e que haja respeito de todas as partes
-Beca, não vai ser nada fácil agora no inicio, mas eu sei que o Léo é um bom homem, e que a Le vai gostar dele, o aceitar na vida de vocês duas, porque ela vai ser sempre a sua filha, independente do homem que você se relacionar, e o meu irmão também vai entender que ninguém vai ocupar o lugar dele de pai na vida da Letícia, porque ele também vai se envolver com outras mulheres, e a Le vai ter que aceitar a mulher que ele escolher
-É meio complicado, mas tomara que no fim tudo fique bem, tudo fique certo-suspirei olhando para cima
-Vai ficar tudo bem amiga, tenho certeza-senti Mari se sentando ao meu lado e me abraçando pelos ombros
-Minha amiga e psicóloga, não quer voltar a morar comigo?-a pedi fazendo bico e ela riu
-Sei que me ama, mas eu estou bem em São Paulo, e você está bem aqui, sem contar que a distância nunca diminuiu a nossa ligação
-Ainda bem amiga, porque minha vida seria horrível e sem sentido se não tivesse você-a abracei
Era muito bom ter esses papos durante a madrugada com a Marina, pois só agora tivemos tempo de conversar, depois que voltei do passeio de iate com o meu namorado, porque eu quis dar atenção em primeiro lugar para a Letícia, que estava feliz em ter a Dinda em casa, e ficamos jogando alguns jogos que ela queria, depois assistimos um filme comendo pizza, contra a vontade da minha mãe, que não gosta de substituir o jantar por "porcarias", e logo que minha filha pegou no sono a levei para dormir, minha mãe por ser velha já havia se recolhido um pouco antes, e eu fui contar a Marina tudo o que rolou com o Léo, o que durou madrugada a dentro. Alguns dias se passaram desde que eu comecei a namorar com o Léo, estávamos nos encontrando nas folgas dele, na academia, e na volta do dia quando ele estava mais tranquilo, para juntos conversarmos e pensarmos em alguma forma de aproximar ele da minha filha, pois ele estava animado em conhecer mais da Letícia que tanto falo, e eu não via a hora de contar a minha pequena que eu estava namorando.
-Mamãe, depois a gente vai tomar sorvete?-Letícia me perguntava, enquanto eu penteava o cabelo dela, para irmos ao parque com o Léo, e tentarmos aproximar os dois
-Vamos sim meu amor, mas primeiro a gente vai almoçar com o amigo da mamãe, vamos no parque e no final a gente toma sorvete-dizia animada a contando o nosso cronograma
-Mas ele não vai de médico não, né mamãe?-ela me perguntou receosa
-Não meu amor, ele vai normal, hoje é folga dele, tenho certeza que vocês vão ser bons amigos
-Só se ele pagar sorvete pra mim-disse toda sapeca e eu dei risada
-Muito fácil te comprar Letícia, assim até o tio que vende picolé na rua te ganha
Terminei de arrumar a minha filha, e de me arrumar ouvindo Letícia trocando áudio com a Marina, contando que ela iria passear com a mamãe e um amigo que é médico, por isso ela iria ficar comportada, para não ganhar injeção, o que me fazia rir e quase borrar minha maquiagem, enquanto que Marina mandava áudio rachando de rir das teorias da minha filha.
-Beca, ele chegou-disse minha mãe vindo toda animada me chamar em meu quarto
-Oba, hora do parque-disse Letícia animada e mandando o último áudio para a madrinha dela-tchau Dinda, agora eu vou ser a menina boazinha para ganhar sorvete do amigo da mamãe, e ele não me dar injeção
-Filha, ele não é médico de criança, não fica invocada com isso-ri a olhando-agora larga o meu celular e vamos logo, porque o Léo ta esperando a gente
Saí do meu quarto de mãos dadas com a minha filha, que queria parecer boa menina, e fomos cumprimentar o Léo que nos esperava sentado no sofá da sala, e alisando a barriga do Bruno, que estava todo folgado deitado perto dele e pedindo carinho.
-Meu filho de quatro patas gostou de você-ri os olhando
-O Bruno é bem receptivo-ele riu olhando o meu cachorro e alisando a barriga dele-e você Letícia, tudo bem?-perguntou a olhando, e ela o analisava antes de responder
-Tudo bem e você?-respondeu minha filha bem educadinha
-Melhor agora, que vou ter o prazer de passar o dia com vocês duas-sorriu nos olhando e veio até mim me abraçando pela cintura, e beijando minha bochecha, com um certo receio pois Letícia nos olhava
-Então vamos-alisei o queixo dele e ele sorriu
-Se divirtam-disse minha mãe acenando para nós e segurando Bruno que ficava todo eufórico achando que iria sair junto
Como minha filha ainda era pequena e precisava da cadeirinha de segurança, já havíamos combinado de ir com o meu carro, então eu sabia o trajeto do nosso passeio, e iria dirigindo, com Léo ao meu lado no banco do passageiro, todo sorridente por estarmos fazendo o primeiro passeio com a minha filha. Seguimos para o restaurante, e o nosso almoço foi bem tranquilo, a minha filha sabia se comportar quando queria, e Léo estava aos poucos conversando com ela, tentando interagir, para ela ir sendo mais legal com ele. Após o almoço fomos para o parque, onde Letícia se soltou mais, e enquanto ela aproveitava alguns brinquedos, eu tinha um tempo a sós com o meu namorado para trocarmos alguns beijos.
-Qual o seu sabor preferido de sorvete?-Léo a perguntou enquanto a ajudou subir no balcão para escolher o sabor
-Morango com chocolate, igual o meu papai-ela disse apontando o primeiro que viu de morango
-Nossa, então deve ser muito bom mesmo, acho que vou pedir igual o seu, posso?
-Pode, só não pode ser o seu preferido, para não ficar igual o meu sempre-ela disse o explicando e sorri vendo os dois juntos
-E a mamãe quer qual?-disse Léo me olhando
-Gosto mais de coisa ácida, esse de limão siciliano está com uma cara boa-apontei o que eu queria e minha filha fez careta
-Credo mamãe, parece aquele negocio verde que o meu papai come-ela se referia ao creme de abacate que Luan ama, e já fez ela experimentar várias vezes, mas ela nunca gostou
-Sua mãe quer comer esse, para ficar igual o Huck-disse Léo rindo-você já viu o filme dele Le?
-Sim, dos vingadores, o Thor é lindo, a mamãe e a minha Dinda ficam falando isso-disse Letícia rindo
-Dizem que me pareço um pouco com o Thor, sabe-disse Léo querendo fazer pose de forte
-Você e a Letícia estão fazendo amizade demais para o meu gosto, e a senhorita segura essa língua-olhei para minha filha que riu
Nos sentamos nos banquinhos da sorveteria dentro do parque para tomar o sorvete, e antes de irmos embora Léo viu ao longe uma barraquinha com algodão doce, que tinham máscaras com personagens, e começou a rir indo até lá, e comprando um algodão doce para cada um, para mim trouxe com a máscara da Minnie, para a minha filha a princesa Elsa, que ela havia pedido, e para ele a máscara do Thor, que eu sabia que ele fez isso só para me implicar. Voltamos para casa, e minha filha estava toda falante e feliz pelo dia divertido que passamos juntos, nos despedimos de Léo no elevador e fiz sinal para ele que iria subir para o apartamento dele, depois que eu deixasse minha filha em casa, e ele assentiu mordendo os próprios lábios, entendendo o meu recado.
-Le, você gostou de conhecer o amigo da mamãe?-perguntei a minha filha após entrarmos no apartamento
-Ele é bem legal, mas ele não parece com o Thor-ela disse rindo
-Deixa ele pensar que parece-ri junto com ela
-Se divertiram?-disse minha mãe aparecendo na sala
-Muito vovó, eu comi sorvete, brinquei, ganhei algodão doce com a máscara da Elsa-mostrou para a minha mãe a máscara
-Que bom que deu tudo certo-minha mãe sorriu para nós
-Bom, já que o nosso passeio foi divertido, preciso ir lá agradecer ao Léo pelo dia de hoje-disse olhando para minha mãe entender o recado
-Agora ele merece um tempo a sós com você filha-ela incentivou
-Mamãe, você vai sair de novo?-Letícia perguntou me olhando
-É rapidinho meu amor, enquanto isso conta para a vovó tudo o que a gente fez hoje
-Você quer ver o seu namorado, eu sei-disse Letícia e eu a olhei arregalada-eu ouvi você falando sobre isso com a vovó, com a minha Dinda, mas tudo bem, ele é legal
-Ainda é cedo para conversarmos sobre isso meu amor, mas a mamãe fica mais tranquila sabendo que você aceita isso-sorri para minha filha
-Você podia namorar o meu pai, porque ele é mais bonito, mas eu sei que ele é mulherengo-disse Letícia como se soubesse das coisas
-Ta com mania de ouvir atrás da porta Letícia?-a olhei brava dessa vez
-Mamãe, eu só sei que você já falou isso, mas não sei o que é-deu de ombros e eu suspirei olhando para ela
-Precisamos conversar sério mocinha, e espero que você não fale isso para o seu pai, porque não sei o que ele vai pensar de mim
-Eu não sou fofoqueira, só não tenho culpa se você fala alto com a Dinda e a vovó e eu escuto-disse dando de ombros-vem Bruno, vamos brincar no meu quarto-chamou o cachorro que foi todo sapeca latindo e abanando o rabo atrás de Letícia
-Mãe, o que eu faço com essa menina? meu Deus, ela fala como se entendesse tudo-olhei chocada para a minha mãe que deu risada
-Essa menina é mais esperta do que eu imaginava, nessa idade você já era terrível Beca, mas a sua filha está te superando
-Pelo menos ela parece entender que eu estou namorando o Léo e não é contra o meu namoro
-Ela chegou super animada do passeio que fez com vocês, então vocês estão no caminho certo-minha mãe sorriu pra mim
-Acho que sim-sorri me lembrando-foi um dia muito divertido, mas agora vou ficar um tempinho a sós com o meu namorado, porque nós merecemos
-Vai voltar para o jantar?
-Não sei mãe, qualquer coisa te aviso, afinal vou estar logo ali-apontei para cima e ela riu
-Qualquer coisa convida ele para jantar com a gente
-Se ele quiser, a gente vem jantar aqui, mas agora fica de olho na Letícia, porque eu vou namorar um pouquinho
Segui toda animada para o apartamento do Léo, que já me recebeu me puxando para um beijo daqueles, que estávamos loucos para dar durante o dia todo.
-Demorei?-o perguntei após o beijo
-Só o suficiente pra mim sentir saudades-sussurrou me dando um selinho
-Então vamos acabar logo com essa saudade-sorri safada sentando no colo dele no sofá, e nos beijamos ardentemente, já nos despindo pois o desejo ardia em nós
Fizemos amor no sofá, mas logo seguimos para o quarto dele levando nossas roupas, pois iria dar o horário do Leandro chegar da academia, e não seria nada legal sermos flagrados pelo irmão dele.
-Amor, a minha mãe te chamou para jantar com a gente hoje-o avisei enquanto ele fazia algumas anotações em seu notebook, e eu estava jogada sobre a cama dele, vestida apenas com a camiseta dele
-Pode ser-sorriu me olhando-sei que ela me convida faz tempo para jantar com vocês
-Por ela, você iria jantar com a gente todos os dias-ri me lembrando do quanto minha mãe era insistente
-Mas isso é um bom sinal, de que a sogra gosta de mim
-Minha mãe já queria ser sua sogra faz tempo viu-confessei o olhando e ele riu
-Ainda bem que deu certo
-Mais que certo-sorri para ele
-E a Letícia? será que vai achar ruim me ver de novo por hoje?
-Ela gostou de você, e é só um jantar meu amor, relaxa
-Já que vou jantar na casa da sogra, preciso de um banho-suspirou fechando o notebook e o colocando sobre a cama-quer vir?-me olhou safado
-Também vou tomar banho, mas lá em casa, para ficar arrumada para o meu namorado-disse me despindo com a camisa dele, e indo colocar minhas roupas
-Eu preferia que fosse aqui, mas tudo bem, fica linda e cheirosa pra mim-piscou me olhando sexy
-Pode deixar-pisquei de volta terminando de colocar minhas roupas e saindo do quarto dele, o vendo entrar no banheiro
Estava saindo do quarto dele, quando vi Leandro no sofá da sala, já me lançando um olhar maldoso.
-Oi gata, vem sempre aqui?-riu me olhando
-Só quando bate o tesão pelo meu namorado
-Que safada, adoro ter uma cunhada assim, para alegrar a vida solitária do meu irmão
-Bom te ver também cunhado, mas agora vou indo porque o Léo vai jantar lá em casa
-Pensei que ele já tinha jantado muito hoje-riu safado
-Le, você não presta-ri dele-vocês dois nem parecem irmãos, são totalmente opostos
-Ainda bem, já não basta ter a mesma cara, graças a Deus sou o mais legal, animado, divertido, e que sabe aproveitar a vida
-Qualquer dia desses a gente combina de sair juntos, preciso de você nas baladas da vida
-Tem que ser quando o meu irmão pegar plantão, ele é super chato em balada, tem que ser só a gente e uma galera animada
-Mas não esquece que sou moça séria e compromissada
-Encher a cara e mexer a raba nunca é demais gata, adorei te ver por aqui
-Também adorei te ver, mas agora vou me arrumar, porque seu irmão já deve estar saindo do banho e eu ainda estou aqui
Joguei beijos para o meu cunhado, e subi ás pressas para o meu apartamento, tomei um banho super rápido, coloquei uma roupa mais apresentável, me perfumei, e quando fui para a sala, vi que Léo já estava lá, sentado no sofá jogando um jogo de cartas com a minha filha.
-Nem ouvi você chegar-disse indo me sentar ao lado dele
-Achei que você já estaria me esperando, então nem avisei que cheguei, sua mãe me recebeu e sentei aqui para jogar com a Le, que disse que nesse jogo ela é a melhor
-E você acreditou nela? quem é que sempre ganha Le?-perguntei olhando para a minha filha
-Você acha que ganha mamãe, mas é porque eu deixo-ela riu
-Quero ver então quem vai ganhar dessa vez, vamos do início, para vocês verem quem é a melhor
Enquanto o jantar não ficava pronto, fiquei jogando com a minha filha e o meu namorado, e eu me sentia tão bem com os dois, logo minha mãe avisou que estava pronto, então fomos na sala de jantar nos servir, pois minha mãe montou tudo sobre a mesa, para agradar ao novo genro. O jantar foi ótimo, e Letícia com a insistência por uma sobremesa, nos fez pedir pizza doce após o jantar, claro que minha mãe reclamou, mas como era para agradar a neta, ela também comeu um pedacinho da pizza quando chegou. Encerramos a noite vendo um filme na sala, e Letícia mesmo querendo ficar acordada, acabou dormindo e eu a coloquei em sua cama, depois terminei de ver o filme com o Léo, e ele foi embora após trocarmos alguns beijos, sendo interrompidos por Bruno que pulava toda hora no nosso meio no sofá, querendo atenção, já que minha mãe e Letícia tinham ido dormir, e só restava nós dois para fazer companhia a ele.
[...]
Os meses foram passando, e chegou o natal, o mês que a família se reúne, que a Letícia ama por ter festa e estar de férias, e que ela recebe vários presentes, além de rever os familiares por parte do Luan, já que no natal ela passa com ele, e no ano novo comigo, e depois no outro ano invertemos, para ela ter um pouquinho de nós dois nessas datas comemorativas.
-Que horas o meu pai vai chegar?-Letícia já estava toda feliz e arrumada esperando o Luan, que viria busca-la para eles viajarem para Campo Grande, onde iriam comemorar o natal com os parentes de lá
-Daqui a pouco ele chega meu amor, você sabe que ás vezes seu pai se atrasa, mas nunca deixa de vir te buscar
-É que eu quero viajar logo mamãe, tô com saudade da vó Marizete, da tia Bubu, da minha Dinda, o meu vô Amarildo prometeu me levar para andar de cavalo, e eu quero ver as tias do papai, elas cozinham melhor que a vó Vera
-Le, não fala isso-olhei brava para ela, que sempre reclama da comida da minha mãe-sorte sua que a sua vó está no mercado, para não te ouvir falando essas coisas, você a deixa chateada sabia?
-Mas nem você gosta da comida da vovó, sempre prefere pedir alguma coisa no ifood
-É que sua vó nunca foi acostumada a cozinhar, então ela tenta dar o melhor dela para agradar a gente e não ficarmos gastando só com besteiras
-Acho que o meu pai chegou-disse Letícia toda animada ouvindo a campainha tocar, e já correndo para abrir a porta-PAPAI-ela já deu um pulo no colo do Luan que a ergueu no alto em meio ao abraço
-Oi minha princesa, que saudade o papai estava-Luan a abraçava apertado
-Também tava com saudades papai, a gente já vai?-perguntou animada
-Suas coisas estão prontas?-perguntou a olhando e a colocando no chão
-Sim, faz tempo-riu saindo correndo e indo pegar as malas dela-ta pesado-reclamou não conseguindo pegar tudo de uma vez
-Ninguém mandou ser apressada-ri indo ajuda-la
-Deixa comigo-disse Luan indo pegar as malas dela e finalmente me olhando-oi Beca, tudo bem?
-Tudo certo por aqui, e você Luan, como está?
-Tô bem graças a Deus, e com certeza vou ficar melhor agora, com a minha filhota pertinho de mim-sorriu a abraçando
-Então cuida bem dela, e sabe que se precisar de alguma coisa é só me ligar-o olhei
-Eu sei cuidar da Le, e fica tranquila que vai ter muita gente para me ajudar com essa mocinha-riu a olhando-agora fala tchau para a mamãe, porque deixei o uber esperando, para nos levar para o aeroporto
-Vem cá dar um abraço na mamãe, porque vou sentir sua falta no natal-me abaixei na altura da minha filha e a dei um abraço apertado-vai com Deus meu amor, e obedece seu pai, seus avós, suas tias...
-Eu sei mamãe-revirou os olhos como uma adolescente-agora tchau, porque vou viajar com o meu papai
-Boa viagem meu amor-beijei a testa dela
-Tchau Bruno-disse Letícia indo abraçar o cachorro
-Ela é apegada a ele até hoje-Luan comentou sorrindo vendo ela o abraçar
-Sim, são um grude-sorri os olhando-consegue levar tudo?-perguntei apontado para as malas da minha filha
-Consigo sim, e fica tranquila que eu vou avisar quando a gente chegar em Campo Grande
-Acho bom avisar mesmo, e no natal eu ligo para você ou para a Mari, mais provavelmente para a Marina, para desejar feliz natal para a Le
-Mas quando quiser me ligar, vou estar a disposição, só se o celular tiver sem bateria ou sem sinal para não te atender
-Ou você estiver bêbado o suficiente para não atender-ri o olhando e ele também riu
-Vamos Le, já esmagou demais o Bruno-disse Luan rindo, vendo que ela não soltava o cachorro
-Papai, qualquer dia eu posso levar o Bruno com a gente?-Letícia perguntou o olhando
-O duro é sua mãe concordar em ficar sem você e o Bruno-ele riu me olhando, pois sabe o meu apego com o meu bebê de quatro patas
-Claro que não, já é difícil te dividir com o seu pai, porque vou dividir o meu cachorro?-o peguei no colo e ele latiu olhando a Letícia, pois sabia que ela iria sair
-Agora chega de enrolação, e vamos embora Le, logo você vê sua mãe e o Bruno de novo-disse Luan
-Só no ano que vem-ela riu sabendo da data comemorativa-tchau mamãe, tchau Bruno, amo vocês, e deixa um beijo para a vovó e o tio Léo
-Aviso eles que você os deixou beijo-me abaixei para beijar mais uma vez a testa dela-eu amo você
Os acompanhei até a porta, segurando Bruno no colo, e Letícia acenava para mim até a porta do elevador se fechar, suspirei vendo minha filha partir com o pai dela, mas eu sabia que ela merecia esse tempo com ele, e que ela estava feliz com isso, então era o que confortava o meu coração.
*Luan on.
Eu estava muito feliz em ir buscar a minha filha para passar o natal comigo e com os meus familiares, pois devido a minha agenda cheia de shows, compromissos, e a minha rotina bagunçada, eu mal tinha tempo para ver a minha filha ultimamente, e só agora que chegou as festas de final de ano eu tinha um tempo para ficar com a minha pequena, e matar toda a saudade entre nós, que não é suprida o suficiente por alguns minutos conversando no telefone, ou em mensagens de voz no whatsapp que ela manda através do celular de Rebeca.
-Le, todo mundo está morrendo de saudade de ver você, tenho certeza que você vai adorar passar esses dias lá no Mato Grosso do Sul-sorri para minha pequena, que estava eufórica no elevador
-Eu sei papai, eu já tô mais grande agora, você viu que eu cresci?
-Sim, percebi mesmo que você dobrou de tamanho-ri a olhando-ta comendo o que para ficar tão grandona assim?
-O de sempre, o tio Léo ta fazendo minhas medidas em um régua de girafa engraçada-ela riu
-Esse tio Léo é o namorado da sua mãe?-perguntei me lembrando que era o nome do novo namorado da Rebeca
-É sim, ele é bem legal papai, quando ele está de folga a gente vai no parque, no zoológico, no shopping, em vários lugares legais, ele me leva para comer sorvete, e toda vez a gente escolhe algodão doce colorido com mascaras de personagens que eu gosto, o último que ele me deu foi da fada Sininho, porque a gente foi assistir o filme dela que lançou no cinema, e ele falou que a fada era serelepe igual eu-disse Letícia rindo animada
-Nossa, parece que esse cara é bem legal-sorri amarelo vendo a empolgação da minha filha
-Eu gosto de ir no cinema papai, tem pipoca doce, salgada, colorida, e com chocolate
-Sim, é bem legal cinema, quando der certo eu te levo comigo para ver um filme bem legal, o que acha?
-Oba, vai ser muito divertido papai, ir no cinema com você
O elevador parou no andar do térreo, e saímos com a Letícia toda falante, enquanto eu carregava as malas dela.
-TIO LÉO-levei um susto com a minha filha gritando e indo abraçar um homem, que a cara não me era estranha
-Oi Le, o que faz aqui mocinha?-ele a abraçou e se abaixou para conversar com ela
-Eu vou viajar com o meu papai-me apontou, e ele me olhou sorrindo e vindo me estender a mão
-Oi Luan, prazer em finalmente conhecer você, sou o Leonardo-me estendeu a mão
-Como sabe, sou o Luan, pai da Letícia-sorri sem mostrar os dentes e apertei a mão dele para não fazer desfeita
-Nós vamos para Campo Grande, você sabia?-Letícia o contava toda animada
-Sim, sua mãe me falou que você iria passar o natal com o seu pai, mas acabei me esquecendo que era hoje que você ia viajar, então nem tive tempo de ir me despedir de você, mas que bom que nos encontramos aqui Le
-Você tava no hospital?-o olhou mexendo no crachá dele pendurado no bolso da calça social branca
-Sim, acabei de sair de um plantão-suspirou cansado-mas que bom que te encontrei antes de viajar, faça uma boa viagem mocinha-a abraçou mais uma vez
-Tchau e cuida da minha mamãe-disse Letícia o olhando e ele assentiu
-Pode deixar-sorriu para ela-boa viagem Luan-disse dando um tapinha no meu ombro
-Obrigado, e bom descanso para você
-Valeu, porque eu tô moído-sorriu cansado
Logo o doutor subiu pegando o elevador, e eu finalmente segui com minha filha para o estacionamento do prédio, onde o motorista do uber nos esperava.
-Você viu como ele é legal papai?
-Ele quem?
-O namorado da mamãe
-É, ele parece ser legal-disse sem interesse
-Você sabia que ele é médico?
-Sim
-Ele...
-Ta bom Letícia, sei que gosta do namorado da sua mãe, mas fica quietinha, depois conversamos mais-disse tentando não ser rude com a minha filha, que não parava de falar do tal namorado da Rebeca, e ela fez bico e cruzou os braços me olhando, mas pelo menos calou a boca
Nossa viagem foi bem tranquila, deixei ela ir comendo as besteiras que carrego em meu jatinho, e ela foi como um anjinho jogando alguns jogos no meu tablet, logo pousamos em Campo Grande, e o meu pai foi nos buscar no aeroporto, sendo recepcionado por um caloroso abraço da minha filha que dizia estar com saudades do avô.
-Vovô, nós vamos andar de cavalo?-ela já chegou perguntando do tal cavalo, que meu pai havia prometido dar a ela, e a ensinar andar
-Sim minha princesa, é claro que vamos andar de cavalo-meu pai a olhava todo bobo
-Tem tantas coisas para fazermos por aqui Le, que andar de cavalo vai ser fichinha-sorri a abraçando, e ela se desvencilhou do meu abraço indo para perto do meu pai
-Vovô, posso ir com você na frente?-perguntou apontando para o carro, em que ele me ajudava a guardar as malas da minha filha
-Você ainda é pequena Letícia, tem que andar na cadeirinha-meu pai a explicou e ela fez bico
-O tio Léo me deixa andar no banco da frente dentro do condomínio, o meu vô Sérgio também-ela começou com as comparações, e eu estava odiando essa mania dela
-Mas eu sou o seu pai, e você ainda é pequena para andar no banco da frente, então você vai quietinha na sua cadeirinha, porque quem deixa você fazer o que quer é um irresponsável-a olhei sério e ela cruzou os braços bicuda
-Eu quero voltar para a minha mãe, você ta muito chato-disse me olhando
-Agora eu sou chato Letícia?-a encarei, também cruzando os braços
-Luan, a menina mal chegou e você já está brigando com ela porque?-meu pai me olhou sem entender-é coisa de criança querer andar no banco da frente
-Mas eu não ensinei isso para ela pai, e não acho certo a minha filha ter essas manias erradas, sendo que ela nem é dona do próprio nariz ainda-falei firme a encarando, e ela entrou no carro batendo os pés emburrada, sem me olhar
-Luan, o que ta acontecendo entre vocês dois?-meu pai não entendeu a atitude da minha filha e me encarou
-Rebeldia precoce, era só o que me faltava-bufei irritado-mas eu não sei também pai, isso deve ser culpa da Rebeca, e do namorado dela, que agora ensina tudo de errado para a minha filha
-Agora entendi tudo-meu pai riu-se chama ciúmes de pai-deu dois tapinhas no meu ombro-tenta relaxar meu filho, daqui a pouco ela desfaz a cara amarrada e vai estar toda alegre e falante com você
-Tomara que sim-suspirei pesado-porque ser pai hoje em dia é complicado
Entramos no carro, e Letícia ainda estava bem bicuda, meu pai seguiu para a nossa fazenda onde vamos reunir a família, e para descontrair o clima chato, coloquei um CD de modão sertanejo e segui cantando com meu pai. Chegamos na fazenda, e Letícia desceu do carro sem nem falar nada comigo e já entrou correndo na casa, gritando pela minha mãe e por minhas irmãs, enquanto que meu pai ria da minha cara de mal humorado, pelo comportamento da minha filha. Deixei meu pai carregar sozinho as malas da minha filha, e fui procurar por ela, a vendo agarrada na minha irmã gêmea, que a segurava com dificuldade no colo, pois Letícia já estava grande e pesada, mas ainda adorava subir no colo de todo mundo.
-Dinda eu te amo, tava com saudades de você, mas eu quero a minha mãe, liga para ela-cheguei no exato momento em que ela fazia esse pedido a minha irmã, que me olhou sem entender
-Também te amo minha pulguinha, mas o seu pai quer passar um tempo com você, e todos nós também queremos você aqui-disse minha irmã a colocando no chão, e Letícia me viu, então voltou a fazer drama
-Dinda, eu quero a minha mãe-começou a forçar para chorar
-Mas porque Le?-Marina se abaixou para falar com ela, que a abraçou chorando
-Quero minha mãe, liga para a mamãe-pedia em meio ao choro e Marina me olhava, pois fiquei parado apenas observando o drama
-Tudo bem Letícia, chega de choro, se quer a sua mãe, eu vou ligar para ela, satisfeita?-disse a olhando firme e ela foi parando o choro que nem escorria lágrimas, e me olhou assentindo
-Oi bonequinha da vovó-disse minha mãe entrando na sala enxugando as mãos em um avental, e Letícia correu para a abraçar
-Vovó, que saudade-e a mesma criança que estava fazendo drama e chorando, já abriu um largo sorriso para a minha mãe, correndo para o abraço dela
-Aproveita o abraço, porque daqui a pouco ela já vai embora-disse firme e minha mãe me olhou sem entender, juntamente com Marina que ainda estava perdida
-Mas vai embora porque? vocês acabaram de chegar-disse minha mãe a olhando, e Letícia voltou ao choro falso
-É que eu quero a minha mamãe-disse Letícia no maior drama
-Porque quer a sua mãe meu amor? ta sentindo alguma coisa? a vovó ta aqui para te ajudar-minha mãe falava com o seu jeito manso e meigo com a minha filha birrenta
-Eu quero ir embora vovó, não quero ficar longe da mamãe-dizia como se sentisse muito a falta da mãe
-Tudo bem Letícia, já falei que vou ligar para a sua mãe, quer falar com ela?-a perguntei e ela assentiu abraçando minha mãe, que ficou chateada vendo que a neta queria ir embora
Fiz o que a Letícia queria e liguei para Rebeca, que logo me atendeu:
-Oi Luan, chegaram bem?-ela perguntou assim que atendeu
-Oi Rebeca, sim, chegamos e a Letícia já quer ir embora e quer falar com você-fui direto
-O que? mas porque?
-Não sei, a filha é sua, se entenda com ela...-a deixei no vácuo e entreguei meu celular para Letícia
-Oi mamãe, quero ir embora, você vem me buscar?-disse Letícia com voz de choro e drama, e pelo volume do meu celular ser alto pude ouvir a Rebeca perguntar
-Mas porque Le? você queria tanto ver o seu pai, e todos que estão ai
-Eu quero ir embora, me busca mamãe-Letícia pedia
-Letícia, isso você tem que resolver com o seu pai, ele precisa de você também meu amor, para de drama, porque você nunca foi de fazer isso
-Meu pai é chato-disse sem me olhar-eu...
-Letícia o que deu em você?-Beca falou brava com ela-eu não gosto de te ver falar essas coisas, ainda mais do seu pai, ele com certeza saiu cansado de um show, só para chegar aqui a tempo e buscar você para ficar alguns dias com ele, se ele está chato com você é com razão, porque você deve ter sido chata com ele primeiro, agora pede desculpas ao seu pai por ter falado isso, e só espero que alguém me ligue outra vez para falar que está tudo bem por aí, entendeu Letícia?-Beca falava bem sério e alto, que todos estávamos ouvindo
-Mas mamãe...-Letícia quis argumentar com voz de choro
-Sem mais, nem meio mais, eu não estou aí, então quem tem que se resolver com você é o seu pai, afinal eu não sou a única que tem que cuidar de você, então não da trabalho para ele Letícia, pelo amor de Deus, se por acaso você continuar com essa palhaçada de querer vir embora, eu vou fazer o seu pai ficar um ano sem ver você, ou melhor, sem você ver a sua Dinda, sua tia Bruna, sua vó Marizete...
-Ta bom mamãe, eu vou ficar bem, tchau
-Letícia, eu não terminei...-minha filha desligou o celular sem deixar Beca terminar de falar, e me olhou bicuda, me entregando o celular
-E então Letícia, sua mãe vem te buscar?-perguntei a olhando sério, como se eu não tivesse escutado o sermão que Rebeca deu nela
-Não, vou ter que ficar aqui mesmo-cruzou os braços emburrada
-Se não está feliz em ficar aqui, eu não posso te obrigar a ficar, qualquer coisa você dorme lá fora com os lobisomem e os chupa cabra-disse tentando me fazer de sério para a colocar medo e ela arregalou o olho assustada
-Eu vou dormir com a minha Dinda-disse indo se agarrar na minha irmã
-Luan não fala essas coisas para a menina-minha mãe me repreendeu-você assustou ela
-Só estou falando a verdade, porque menina que é malcriada o chupa cabra vem pegar, e a sua Dinda não vai te proteger não-Letícia voltou a formar o bico de choro me olhando assustada
-É mentira do seu pai meu amor, não tem nada disso aqui-minha mãe foi a adular
-Que saco viu, vocês só estragam a Letícia, me xingar de chato e ser malcriada comigo é lindo de ver, mas eu fazer uma brincadeira é pegar pesado?-disse indignado
-Ela é criança meu filho, essas coisas assustam-minha mãe a abraçava e me olhava brava
-Mas é feio falar que o seu pai é chato Le, ele ta muito chateado com você, vai lá pedir desculpas para ele-Marina a disse e minha filha me olhou de relance
-Papai?-ela finalmente me olhou e me chamou
-Estou aqui Letícia-suspirei me abaixando para falar com ela, e ela correu para me abraçar chorando sentida
-Desculpa papai-me abraçava forte, e finalmente meu coração voltou a bater tranquilo
-Ta tudo bem meu amor, papai ta aqui
Depois que me acertei com Letícia, ela logo voltou a brincar, a sorrir e a ser a tagarela de sempre, deixei ela entretida com minha mãe e Marina na cozinha, e liguei para Rebeca a tranquilizando que já estava tudo bem, que foi só um mal entendido e uma birra de criança, pois era obvio que eu não iria contar o verdadeiro motivo que eu me desentendi com a minha filha, pois eu sabia que tinha minha parcela de culpa, então queria deixar isso no esquecimento e aproveitar muito a minha filha, e a minha família, que logo começou a chegar em peso, para comemorarmos as festas de fim de ano reunidos como sempre.
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Olá amores, tudo bem com vocês? mais um capitulo postado para vocês, e com um desentendimento entre pai e filha, será que isso vai acabar ai mesmo, ou os dois vão se desentender mais vezes? comenteeem bastante, e assim que der posto mais um pouquinho dessa história para vocês, beijos.
Bem que luan e beca deveriam ter uma recaída,faz aconteceeeer
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