*Luan on.
Eu estava me sentindo o pior homem da face da terra, o pior pai, o pior ser humano, não conseguia acreditar na tamanha idiotice que fui capaz de fazer, trocar estar com a minha única filha em um dia especial para ela, para conceder uma droga de entrevista internacional, que durou menos de 15 minutos. A raiva só não era maior do que a culpa, pois estraguei minha imagem com a minha família, ganhei sermão da minha mãe e das minhas irmãs, fora os xingamentos, eu estava literalmente enterrando minha vida no lixo, e a minha maior dor era saber que nunca mais a Letícia vai me amar como antes. Não conseguia dormir tranquilo, e nem iria dormir, enquanto não pudesse me desculpar com a minha filha, ou pelo menos tentasse, porque sei que ela não vai querer me ver tão cedo. Voltei para o Brasil na primeira oportunidade que tive, e preferi pousar direto no Rio de Janeiro, pois estava sem condições de ir para casa, para ficar ouvindo todos ali me julgando e condenando, então como já havia reservado um quarto para ficar em um hotel, iria tentar descansar, para no outro dia bem cedo ir atrás da Letícia, pois queria esperar a poeira abaixar antes de procurá-la. A segunda feira amanheceu lentamente para mim, que mal dormi vendo as horas passarem, tentei compor, jogar alguma coisa no celular e na TV, ver um filme ou série, para tirar a culpa da minha cabeça, mas estava difícil, pois era um sentimento pesado demais dentro de mim, e não estava mais aguentando aquilo, quase enlouqueci querendo fazer uma besteira, mas pensei em como seria mil vezes pior para a minha filha, se eu fizesse aquilo, e por ela eu estava tentando não fazer nada para me arrepender depois, mais do que já estou arrependido. Segui até o apartamento onde minha filha mora, com a mãe e a avó materna, e no caminho eu tentava pensar no que iria falar para a minha pequena, pensei em levar presentes, ou coisas que ela gosta, mas nada iria adiantar, pois com certeza iria parecer que eu quero comprar o amor da minha filha, e eu a amo de graça, a amo porque ela é tudo para mim, então quero que ela me ame da mesma forma. Fui recebido por Rebeca, com uma cara nada amigável, e eu implorei por ajuda, pois eu estava perdido, desesperado, então acabei chorando muito na frente dela, me detonando, e era visível o olhar de pena que ela tinha por mim, até que ela me abraçou quando eu já não sabia mais o que falar, e naquele abraço eu desabei, me desarmei e deixei tudo que estava me matando sair, ela era boa demais para mim, me ouviu falar tantas besteiras, tem todos os motivos do mundo para me odiar, pois fui um péssimo pai, péssimo namorado, e mesmo assim, ela só me abraçou e me consolou.
-Quer uma água?-perguntou após nosso longo abraço e o meu incessante choro, começar a cessar
-E se não for pedir muito, traz um analgésico-a pedi num sussurro de voz, pois minha cabeça estava doendo de tanto chorar
-Vou fazer um chá para ver se te acalma, enquanto isso respira um pouco Luan-disse seguindo para a cozinha e assenti me sentando no sofá da sala
-Oi Bruno, você assistiu meu momento de sofrimento, por isso veio me consolar?-disse alisando o cachorro que subiu no sofá ao meu lado e logo quis subir em meu colo-me ajuda a fazer a Letícia não me odiar, sei o quanto ela gosta de você amigão
Fiquei brincando com o cachorro e conversando com ele, até Rebeca voltar com uma xícara de chá, e analgésico, mesmo eu sendo um merda, ela demonstra se preocupar comigo e quer cuidar de mim.
-Que situação deplorável a sua-ela suspirou me olhando, enquanto eu tomava o chá de camomila
-Eu sei que a culpa é minha, então não joga isso na minha cara-suspirei pesado
-Luan, não estou jogando nada na sua cara, se você está sendo capaz de se culpar e reconhecer seus próprios erros, eu não vou ficar te crucificando, você faz isso sozinho
-Acho que eu estou colhendo o que plantei, e nem lembro de ter plantado-respirei fundo fechando os olhos-eu devo ter sido muito ruim para você, antes da Letícia nascer, então me perdoa, por aquilo que eu não lembro que fiz
-Na verdade você era bem melhor antes, virou um babaca depois do acidente, porque esqueceu da nossa história, esqueceu dos nossos sonhos, nossos planos...-suspirou pensativa-mas o destino não quis a gente junto Luan, de nenhuma forma, porque tentamos antes, tentamos depois, mas nunca deu certo, acho que era só para a Letícia ter nascido mesmo
-Pelo menos algo bom nasceu de nós, e até isso eu consegui estragar
-Pelo amor de Deus, não começa com drama de novo Luan-ela revirou os olhos-já ouvi seu choro, seu lamento, então chega de ficar se culpando
-Desculpa Beca, é inevitável, eu só quero que a Letícia me escute e me perdoe, será que consegue me ajudar?
-Eu não vou fazer nada, quem vai fazer é você, se quiser ficar aqui esperando ela chegar da escola, eu não me importo, só que não vou forçar ela a nada, se ela não quiser te ver nem pintado de ouro
Resolvi ficar esperando minha filha chegar da escola, e eu mal tinha assunto com Rebeca, que estava visivelmente incomodada com a minha presença e com a demora da nossa filha.
-Vou pedir meu almoço, vai querer algo?-Beca me perguntou, e neguei, pois já estava me sentindo folgado demais, mas na verdade é que estava sem fome
-Não vou querer nada, obrigado
-Depois não vem falar que ta com vontade e vai querer beliscar minha comida
Fiquei ouvindo Rebeca escolher seu almoço, até que levamos um susto com alguém abrindo a porta, e logo vejo minha filha com um bico enorme cruzando a porta da sala, com a mãe de Rebeca logo atrás dela, já vendo o seu olhar ríspido em minha direção.
-O que ele ta fazendo aqui?-perguntou toda irritada para a mãe dela, sem sequer se aproximar de mim
-Le, o seu pai quer conversar com você-Rebeca a informou
-Não tenho pai nenhum, manda ele embora-disse irritada seguindo para o próprio quarto e batendo a porta, o que me deixou péssimo
-Você ouviu Luan-Rebeca respirou fundo me olhando-é melhor você ir embora
-Na verdade nem sei porque apareceu por aqui, Rebeca, porque deixou esse homem entrar aqui em casa?-disse a mãe dela me olhando ríspida
-Mãe, não começa a dramatizar também, já não basta a Letícia revoltada
-Você que arrumou essa encrenca minha filha, então você que resolva-disse a mãe de Rebeca me olhando feio e seguindo para a cozinha
-Como você percebeu, ninguém quer você aqui Luan-disse Rebeca
-Sou mais odiado do que imaginava-suspirei sentindo meu peito doer-será que ela não vai querer me ver nunca mais mesmo?
-Nunca mais é meio impossível, no máximo só até a raiva dela durar, mas eu te avisei que não seria boa ideia aparecer aqui
-Pelo menos tentei-olhei triste na direção do quarto da minha filha-queria tanto receber um abraço caloroso, um beijo cheio de carinho da minha princesa
-Você magoou ela profundamente Luan-Rebeca suspirou-tem sido muito difícil lidar com ela nesses últimos dias, então para o seu próprio bem, acho melhor você ir embora
-Mas e se eu tentar falar com ela?-olhei na direção do quarto da minha filha-eu já estou aqui Rebeca, sei que vou ouvir coisas absurdas, vou ser xingado, mas eu quero tentar
-Não acho que seja boa ideia Luan, vai ser pior para você e para ela, isso vai fazer mal para vocês dois
-Mais mal do que eu já estou, impossível-suspirei a olhando-então será que posso ir no quarto da Letícia?
-Faça o que quiser, só não esquece que eu te avisei que não foi boa ideia-ela respirou fundo me olhando e deu de ombros
A olhei firme e decidido, e então segui até o quarto da minha filha sozinho, abri a porta com o coração acelerado, e tentei não fazer barulho enquanto entrava, vi que ela estava deitada em sua cama de barriga para baixo, tampando a cabeça com um travesseiro enquanto chorava, pois mesmo com o travesseiro abafando um pouco, ainda era possível ouvir o seu choro. Me senti um monstro tão terrível e abominável, por fazer isso com uma criança, pior ainda por ela ser minha própria filha, Rebeca tinha razão em dizer que estar ali seria muito pior do que antes, pois meu coração estava despedaçado em saber que deixei minha filha mal, a ponto dela chorar porque me viu. Eu estava apreensivo, com medo de assusta-la, ou dela me odiar mais, e também não estava gostado de vê-la chorando daquele jeito, aquilo só fazia minha sensação de culpa aumentar, eu realmente era o pior pai do mundo.
-Letícia?-a chamei em um fio de voz, sem me aproximar muito, pois não sabia qual seria a reação dela
-SAI DAQUI-gritou em meio aos choros abafados pelo travesseiro
-Filha, olha para mim, precisamos conversar...
-EU NÃO QUERO VOCÊ AQUI, SAIII
-Letícia, por favor, olha para mim, vamos conversar e...
-NÃO QUERO VER VOCÊ, SAI DAQUI, EU QUERO A MINHA MÃE, MÃAAE-começou a gritar pela mãe
-Oi filha, estou aqui-logo Rebeca apareceu lá dentro, certamente estava escutando tudo atrás da porta
-Mamãe, fala para ele ir embora-Letícia estava chorando muito e logo se agarrou em Rebeca que foi a abraçar
-Ele já vai-disse Rebeca me olhando, enquanto abraçava Letícia, que só chorava e nem queria me olhar
-Então eu vim aqui atoa?-não estava mais aguentando aquela situação e comecei a chorar também-Letícia, olha para mim, fala olhando para mim, que você não me quer aqui
-Luan, deixa ela quieta, não fica forçando a menina a nada-Rebeca me olhou brava
-Eu também sou pai dela Rebeca, então para de querer controlar a Letícia, e mandar e desmandar nela como se ela fosse só sua-disse irritado
-O que está acontecendo aqui?-a mãe de Rebeca entrou no quarto com uma cara nada boa-quem você pensa que é para exigir alguma coisa da minha filha e da minha neta?-me encarou-faça o favor de ir embora rapaz, não viu o que causou na Letícia?-a apontou chorando no colo da mãe-já não basta ter mentido e ferido o coração uma criança, para agora aparecer querendo dar uma de pai preocupado, achando que a minha neta é algo que pode ser manipulado por você, só porque você engravidou a minha filha, isso não o torna pai da Letícia, pois pai é quem cuida, quem cria, quem está presente, quem se importa, quem sabe respeitar os limites do filho, ao contrário de você, que desde que a Rebeca se envolveu com você, só a fez mal, e agora que você está querendo fazer o mesmo com a minha neta, então eu vou cortar o mal pela raiz e deixar bem claro para você, que se a partir de hoje a Letícia não quiser mais ver você, eu apoio a minha neta, então não força amor, não força carinho, e muito menos força uma relação de pai e filha que na verdade nunca foi grande coisa entre vocês dois, chega de nos amolar, e vai embora daqui rapaz-a velha me encarava e despejava todo o ódio por mim na minha cara
-Mãe, não precisa pegar pesado-Rebeca a olhou, enquanto ainda estava abraçada na nossa filha-não toma uma decisão dessas, isso tem que partir da Letícia, se ela vai querer ou não, ver o pai dela
-Rebeca, não venha a essa altura do campeonato defender esse cara-me apontou-ele só faz mal a você e a Letícia, quanto mais longe dele vocês duas ficarem, melhor vai ser para vocês
-Você é a mais controladora de todas, mãe, não fica pondo pilha na Letícia, e não fica me colocando no meio, porque da minha vida cuido eu-Rebeca a rebateu com um olhar irritado
-Não quero que vocês se desentendam por minha causa, e no fundo a senhora tem razão-olhei para a mãe da Rebeca-eu só causo mal por onde passo, mas eu queria tentar deixar claro para a Letícia que eu a amo-deixei lágrimas caírem-sei que ela está magoada e triste comigo, mas eu nunca faria algo para machuca-la, igual eu infelizmente fui obrigado a fazer-mais lágrimas rolaram-então Letícia, se puder me olhar, nem que seja pela última vez, olha nos meus olhos e fala que nunca mais vai querer me ver, ou saber de mim, que eu prometo te deixar em paz
-Eu nunca mais quero te ver-disse de forma ríspida me olhando de relance, voltando a se agarrar na mãe, e aquilo me fez perder o chão
-Tudo bem Letícia, vou respeitar sua decisão-respirei fundo em meio ao choro-só não esquece que eu te amo, e que eu vou estar te esperando, para quando quiser me procurar e me perdoar
-Ouviu a minha neta, melhor ir embora-disse a mãe de Rebeca quase me arrastando para sair do quarto, mas mesmo com um buraco enorme me engolindo vivo ali naquele chão, criei forças e saí andando com minhas próprias pernas, sem olhar para trás
Enquanto seguia desnorteado, para o rumo da porta de entrada e saída do apartamento, pude ouvir a mãe de Rebeca falando alguma coisa para mim, mas nem dei atenção aquela velha, e saí abrindo a porta e indo embora, com vontade de morrer naquele momento, pois com certeza só a morte aliviaria a minha dor. Entrei no elevador, e chorei feito um louco ali dentro, travei aquela merda para chorar e gritar, sem ninguém por perto, enquanto sentia vontade de arrancar meu coração, só para não sentir aquilo e não sofrer, pois agora é essa minha sina, sofrer longe da minha filha, pois essa foi a decisão dela. Saí desnorteado de dentro daquele prédio, com meus óculos escuro na cara, um moletom de capuz, e boné para tentar disfarçar quem eu sou, não somente por ser o Luan Santana, mas porque eu sentia vergonha em estar naquele estado, e comecei a andar sem rumo pelas ruas, com a cabeça baixa, deixando as lágrimas caírem, e nem me importando se alguém sabia quem eu era, pois com a fama que carrego de ser quem eu sou, em momentos como esse, é mais um castigo do que um privilégio. Andei nem sei quanto tempo, até encontrar uma pequena mercearia, era pouco movimentada, então entrei ali disposto a comprar um cigarro, eu tinha costume de fumar cigarro de palha, narguilé, mas como a minha vida já estava uma merda, um maço de cigarro não me causaria dano nenhum, maior do que eu já carregava dentro de mim. Fiquei do lado de fora daquela mercearia tragando um cigarro, dois, três, enquanto esperava o uber que pedi chegar, pois mesmo que eu estivesse pouco me lixando para a minha vida, eu ainda era uma pessoa pública e não posso ficar andando atoa na rua, então era melhor voltar para o hotel, e lá dentro faço o que bem entender, posso beber, fumar, chorar, gritar, até mesmo ligar para umas prostitutas irem me satisfazer, pois sou o Luan Santana, e aquilo que eu faço e ninguém está vendo, é melhor para mim. Ainda estava no caminho de volta para o hotel, quando vi que Rebeca estava me ligando, resolvi não atender, e ela continuou insistindo, mas eu não queria falar com ninguém, muito menos com ela, então desliguei o celular, e taquei o foda-se para todos que quiserem me ligar ou me procurar, pois agora eu queria um pouco de paz. Quando voltei para o hotel, estava me sentindo muito mal, então liguei para o serviço de quarto, solicitando algumas bebidas, e claro que aquilo me deixaria melhor, mais feliz, então já fui pegando a garrafa de whisky e virando no bico, pois eu estava pagando por aquilo, então iria acabar com o máximo possível daquele álcool todo, pois nada ardia mais na minha garganta, do que dentro do meu coração.
-Um brinde ao pior pai do mundo-ri em meio as lágrimas enquanto brindava com a garrafa no ar e mandava mais um gole para dentro
Nem sei que horas eram, quando ouvi o telefone do hotel tocando, e reclamei de ouvir aquela merda, pois estava bebendo e dançando ouvindo uns rocks internacionais bem massa, atendi aquilo sem entender nada e só concordei para me deixarem em paz, não sei se estava fazendo muito barulho e alguém reclamou, se estava no meu horário de ir embora, ou se era alguma outra coisa que eu não estava nem ligando para o que era, só queria continuar curtindo o meu momento de felicidade.
*Rebeca on.
Foi muito pesado o que aconteceu entre a Letícia e o Luan, da minha filha não querer mais vê-lo, e tudo graças a influencia da minha mãe, que nunca gostou muito do Luan, mas não era necessário ela ter feito aquilo. Tive que acalmar minha filha por um bom tempo, conversar com ela que o pai dela não é um monstro, mesmo ela ainda estando com raiva dele e magoada, não quis me ouvir muito, mas pelo menos se acalmou, e depois de conferir que Letícia estava bem, fui conversar com minha mãe, e claro que discutimos, por coisas assim eu odeio o fato de morarmos juntas, ela sempre quer controlar a minha vida, e agora quer controlar a da minha filha, mas isso eu não vou permitir. Resolvi ligar para o Luan, pois vi que ele saiu muito mal do meu apartamento, e ele não queria me atender, até que por fim desligou o celular e eu não conseguia mais ligar para ele, respirei fundo e iria esperar ele se acalmar também, para tentar conversar com ele outra vez, pois diferente da minha mãe, eu não quero que o Luan se afaste de nós, e ele não me causa mal algum, pelo contrário, ele me faz mais bem do que mal, até porque graças a ele eu sou mãe, e a Letícia é o amor da minha vida.
-O meu irmão ta de plantão, veio aqui me ver?-disse Leandro abrindo a porta do apartamento deles, quando fui atrás do meu cunhado, pois queria alguém para conversar
-Eu sei, mal nos falamos hoje, vida de doutor é bem corrida mesmo, e se estou aqui é óbvio que vim ver meu cunhado preferido-entrei o dando um abraço e ele sorriu largo
-Gosto mesmo quando vem me ver, porque a senhora direto some da academia, quer ficar gostosa para o meu irmão como?
-São os problemas da vida Le-respirei fundo o olhando-essa vida de ser mãe, não é fácil
-A Leticinha ainda está mal pela mancada do pai dela?
-Está péssima, e para piorar o Luan apareceu aqui hoje
-Que coragem a dele
-Mas como o previsto, a minha filha não quis saber dele, e minha mãe já aproveitou para soltar o veneno dela em cima do coitado, que saiu bem mal daqui
-Sua mãe é terrível, sorte do meu irmão que a sogra gosta dele-disse rindo
-Sorte mesmo, porque se ela não gostasse, o namoro nem teria dado certo-revirei os olhos lembrando do quanto minha mãe detestava alguns namoradinhos que tive
-Ainda bem que deu certo, porque você ganhou um cunhado incrível no pacote-disse se gabando e rimos juntos
-Você alegrou o meu dia Le, mas agora preciso falar sério com você e preciso da sua ajuda
-O que posso fazer por você cunha?
-É que eu estou preocupada com o Luan, tentei ligar para ele várias vezes, e acabei pedindo para as irmãs dele ligarem também, mas elas também não conseguiram, então perguntei para a Bruna se ela sabia qual hotel o Luan estava hospedado aqui no Rio, mas ela não sabe qual é, e me deu referências de alguns que ele costuma ficar
-Entendi, mas precisa de mim para que?
-É porque eu vou tentar encontrar o Luan em um desses hotéis, mas se minha mãe souber, nós vamos discutir de novo, e não quero minha filha vendo isso-respirei fundo-já está um caos lá em casa, muita confusão na cabecinha dela, então eu disse que viria aqui ver meu cunhado, mas como eu sei que ela é desconfiada, pode muito bem aparecer aqui, então se por acaso minha mãe vir aqui, fala para ela que saí para comprar algumas coisas, para fazer uma surpresa para o seu irmão, algo assim
-Me quer como cumplice, adoro-sorriu malicioso-mas a surpresa para o meu irmão vai ter que acontecer também, porque ele só trabalha, então precisa de um pouco de diversão
-Claro que vou pensar em algo para o meu amor, mas no momento, só quero saber se o pai da minha filha está bem, faz isso por mim Le?
-Se a sua mãe aparecer aqui, eu falo o que me pediu
-Obrigada Le, amo ter um cunhado que me ajuda, agora preciso ir
-Boa sorte em encontrar o Luan, e juízo, não vai cair em tentação-sorriu malicioso
-Leandro, me respeita, sou fiel ao seu irmão
-Acredito em você Beca, mas eu sei que a tentação é grande-se abanou todo safado
-Se quiser, pergunto ao Luan se ele curte umas aventuras com a mesma fruta-ri o olhando
-Boatos dizem que sim-Leandro riu-mas acho que é só a língua do povo, porque ele tem cara de ser bem macho
-Isso ele é mesmo-disse sem pensar e ele riu-não conta isso para o seu irmão, e para de ficar me colocando em fria com esses assuntos
Me despedi de Leandro, e saí pensando em qual hotel iria primeiro a procura de Luan, afinal aquele maluco está sozinho por aí, e não atende ninguém, preciso vê-lo para ter certeza que ele está bem, e também para poder mandar notícias para a família dele, já que nem eles o Luan tem atendido. Decidi começar pelo mais próximo, só não sabia o que iria dizer na recepção do hotel, pois com certeza iriam achar que sou alguma fã louca, que quer perturba-lo, mas talvez com sorte eles percebam que eu não sou assim, e confiem que eu realmente conheço o Luan.
-Boa tarde-disse educadamente para a moça da recepção
-Boa tarde, em que posso ajudar? já se hospedou no nosso hotel?-começou com toda aquela formalidade de hotel
-Não, eu moro no Rio, mas já ouvi falar muito bem da hospedagem do hotel-disse para puxar um pouco de saco-e na verdade, eu vim visitar um amigo que está hospedado aqui, mas ele não me avisou qual o andar que ele está
-Me fala o nome dele, que puxo no sistema-disse simpática
-É Luan
-Luan do que?
-Santana-disse tentando não parecer uma fã, mas a moça me olhou desconfiada e riu
-Lamento, mas o Luan Santana não está hospedado aqui-disse com ar de riso, certamente pensando que eu era uma fã
-Moça, eu não sou uma fã do Luan Santana como você está pensando, nós realmente somos amigos, e se quiser provar, liga para o quarto dele e confirma-a disse firme
-Acontece que ele não está hospedado aqui moça, sinto muito
-Quer que eu prove de alguma forma que eu estou falando a verdade?-a encarei
-Ele não está aqui, se quiser eu chamo o meu gerente para te confirmar-disse fazendo um sinal com a mão para alguém que estava na parte de dentro da recepção
-Não precisa disso-respirei fundo-pelo visto ele não está mesmo aqui, desculpa o incomodo moça
Após passar essa vergonha no primeiro hotel, segui para o próximo, que era perto da praia, acho que esse sim é mais a cara do Luan, e mesmo sabendo o quanto é difícil as pessoas confiarem em mim, que eu não estou atrás dele por ser uma fã qualquer do Luan Santana, eu torcia para encontra-lo, e pudesse descobrir que ele estava bem. Dessa vez, assim que entrei no hotel, acho que a sorte sorriu para mim, logo na entrada vi minha prima Natália, gravando stories e postando tudo como sempre, e assim que me viu ela veio me abraçar.
-O que minha prima preferida está fazendo por aqui?-perguntou toda espontânea como sempre
-Oi Naty, quanto tempo, graças a Deus te encontrei por aqui, vou precisar que me ajude-já fui a pedindo desesperada
-Claro que te ajudo meu amor-sorriu animada
-Então prima, é que eu acho que o Luan está hospedado aqui e...
-Já entendi tudo Beca-sorriu maliciosa-mas você não está namorando aquele médico?-perguntou confusa
-Estou muito bem com o Léo, só vim atrás do Luan para conversarmos sobre a Letícia
-Sobre ele não ter ido no aniversário dela? fiquei chocada com aquilo
-É um assunto nosso, de pais, então se puder me ajudar a saber qual quarto ele está
-Então ele não sabe que você veio?-perguntou confusa-Beca, o que está aprontando?
-Não estou aprontando nada Naty, só me ajuda a descobrir o quarto do Luan
-Deixa comigo prima
Graças a minha prima blogueira famosa e escandalosa, pois saiu desfilando abraçada comigo pelo hotel, dizendo que eu era prima dela, logo consegui a informação que eu queria, que era descobrir que Luan realmente estava ali, mas como ele não avisou que estaria esperando ninguém, ligaram para o quarto dele para permitir minha entrada, e pelo o que entendi ele logo autorizou, então me informaram o número do andar e o quarto, e assim segui até lá. Eu estava realmente preocupada com aquele maluco, mas pelo menos sabendo que ele liberou a minha entrada, talvez ele não estivesse tão mal, então apertei a campainha do quarto dele, e depois de muito tempo ele finalmente abriu a porta todo feliz, bebendo e dançando feito um louco.
-Veio para a festa?-deu uma risada, enquanto terminava de secar uma garrafa de whisky no bico e eu estava sem acreditar no que eu via na minha frente
-Que loucura é essa Luan? você está bêbado
-Eu estou feliz, porque eu amo isso daqui-se referia a garrafa, a abraçando e eu não sabia se dava risada ou ficava preocupada com ele naquele estado
-Meu Deus, o que eu vim fazer aqui?-respirei fundo olhando para o alto-mas já que eu vim, vou te colocar debaixo do chuveiro gelado, para ver se você melhora
Entrei no quarto já catando o que eu via espalhado pelo chão, Luan ainda dançava e bebia rindo feito um bobo alegre, e eu fui arrancando aquela garrafa da mão dele, pois ele já estava tão bêbado que nem percebeu que a garrafa já estava vazia.
-Chega Luan, agora larga essa garrafa, que eu vou te dar um banho gelado
-Safada, quer tomar um banho comigo pelado-sorriu safado me olhando-vamos começar aqui então-disse terminando de arrancar sua camisa que já estava toda aberta, e indo tirar sua calça
-Luan, melhor parar com isso-respirei fundo o impedindo de terminar de tirar a calça-não confunde as coisas, você vai entrar com roupa e tudo, porque não está bem
-Com roupa não tem graça-riu sarcástico totalmente alterado pela bebida-você quem vai estar perdendo gata-disse dando de ombros todo debochado
-Luan, melhor se vestir, você não está bem, e para evitar qualquer constrangimento, ou arrependimento entre a gente, coloca de novo sua camisa-o entreguei a camisa que ele jogou no chão e ele bufou a pegando da minha mão
-Nem transar hoje eu vou conseguir, que droga de vida-reclamou vestindo sua camisa e eu respirava fundo, com essa oscilação de humor dele, que ainda fazia cara sexy se vestindo
-Olha o que ta perdendo hoje gata
-Cala a boca, e só se veste, inclusive vou desligar isso, porque ta insuportável-disse indo desligar o som alto que ele estava ouvindo
-Como você é chata mulher, deixa minhas músicas-foi na minha frente mexer no aparelho, que acabou mudando para uma música mais suave e romântica internacional-cadê os rock pesadão?-perguntava olhando para a playlist na TV, e eu comecei a rir dele que não sabia nem o que estava fazendo
-Luan, você não está nada bem, melhor não mexer em nada
-Tô bem sim, consigo até dançar, quer ver?-me puxou pela cintura me agarrando a ele, e me mexendo toda
-A música é lenta, não é forró-ri do seu jeito desajeitado
-Então vamos assim-pegou com mais delicadeza na minha mão, e começou a me conduzir com passos lentos
-Até que para um bêbado, você está se saindo um bom dançarino-ri o olhando, enquanto dançávamos
-Sei fazer coisas incríveis, até mesmo bêbado-riu nos desconcentrando da dança
-Se quer dançar, então para de gracinha, porque minha paciência com bêbado tem limite, ainda mais se fica tendo oscilação de humor, igual a você
-Desculpa, vou ficar comportado agora-disse igual uma criança magoada, e realmente ficou quieto, apenas me conduzindo na dança, com seus passos meio tortos, mas bem lentos e suaves
-Nunca pensei que você pudesse dar conta de dançar, estando nesse estado, estou impressionada-o olhei nos olhos enquanto ainda nos movíamos lentamente no ritmo da música
-Consigo fazer coisas melhores do que você imagina-me olhou safado-e para ver que eu não estou mentindo, vou te provar-fui surpreendida com ele me puxando para si e me envolvendo em um beijo
Foi realmente muito incrível a forma que iniciou aquele beijo, e eu acabei correspondendo mesmo no susto, pois sentia saudade daqueles lábios nos meus, daquele homem tendo desejo por mim, mas no momento que percebi o que estava realmente acontecendo, eu encerrei aquele beijo, me afastando dele, e quase o dando um tapa, enquanto recuperava o folego.
-Porque fez isso? ficou louco?
-Tô louco para transar com você-me olhava safado, vindo em minha direção
-Luan, você não está com a cabeça no lugar, está agindo no impulso, e eu sei que não é isso que você quer, porque eu não quero
-Tem certeza que não quer? vai perder essa chance?-me instigava com o olhar
-Você está bêbado, não está pensando direito, e quer saber, vou te tacar no chuveiro agora
Criei forças nem sei da onde, e o arrastei até o banheiro, onde liguei o chuveiro na água fria e o empurrei lá dentro do box, o ouvindo reclamar, querendo sair e me puxar, mas o fechei lá dentro e ele me olhava como uma criança birrenta.
-Ta frio, me tira daqui
-Não Luan, você vai ficar ai até clarear a mente, e voltar um pouco a cabeça no lugar
-Se eu ficar doente a culpa é sua
-Me agradeça depois, porque eu estou te impedindo de fazer mais merdas, do que você já tem feito
Fiquei ouvindo Luan reclamar debaixo do chuveiro por uns 15 minutos, eu acho, até ele se conformar com a água, fechar os olhos e sentar no chão do banheiro, se despindo aos poucos com a roupa molhada, até ficar só de cueca, e me olhar meio arrependido, talvez estivesse voltando ao normal, então o deixei sozinho no banheiro, pois tinha certeza que dali em diante ele iria conseguir se virar. Enquanto ele estava terminando o banho forçado no banheiro, fui até a mala dele separar alguma roupa quente, como eu o conhecia bem, ele sempre carregava vários moletons, então separei um conjunto para ele se vestir depois, também peguei uma cueca limpa, e mesmo sabendo que eu estava brincando com fogo em fazer essas coisas, eu sabia que era o certo, pois o Luan precisava de ajuda nesse momento, até ele voltar a por a cabeça no lugar e agir normalmente.
-Obrigado, não precisava ter feito isso-me assustei ao vê-lo saindo do banheiro com uma toalha em volta da cintura, observando sua roupa já separada, limpa e seca em cima da cama
-Fiz pois só quero te ajudar, está melhor?-o olhei e ele assentiu meio aéreo
-Tô me sentindo um pouco estranho-disse se sentando na cama, ao lado da roupa-minha cabeça ta um pouco confusa
-Você bebeu uma garrafa todinha de whisky, quer estar normal como?-ri apontando a garrafa vazia e ele tampou o rosto com as próprias mãos
-Eu só faço besteira, ainda bem que você chegou aqui, para me salvar
-Com certeza te salvei mesmo, também vi as bitucas de cigarro espalhadas, sem contar o cheiro forte de bebida e cigarro, você estava acabando com si próprio-o olhei de forma séria
-Ninguém se importa com isso, com que merda eu faço da minha vida, então me deixa curtir, e ser feliz do jeito que eu posso-disse indo pegar o maço de cigarro ao lado da cama e eu não deixei
-Luan, você nunca teve esses vícios, não vai começar com essa merda agora-o encarei brava, e ele riu debochado tentando pegar o maço da minha mão
-Eu te deixo dar uma tragada, gata-me olhava como um sedutor debochado, tentando alcançar o que queria
-Eu vou sumir com essa porcaria, porque você ainda é o pai da minha filha, e eu não quero te ver afundar nesse abismo Luan, para de agir como se não tivesse com o que se importar
-E porque você se importa tanto comigo? eu sou um nada para você, só te fiz sofrer, me deixa morrer aos poucos, e sozinho
-Você não está com a cabeça no lugar-respirei fundo-pelo menos a minha parte eu fiz, e minha consciência está tranquila, então o que quiser fazer da sua vida, é problema seu
-Que bom que entendeu isso, então me passa o meu cigarro-me pediu de novo, e com raiva taquei aquela porcaria em cima da cama dele
-Pode ficar com essa merda, e acabar com tudo, só que isso não vai preencher o seu vazio Luan, só vai te deixar pior
-Isso é problema meu-disse de forma ríspida, enquanto acendia um cigarro
-Não devia ter perdido meu tempo vindo aqui, pelo menos posso dar notícias a sua família que você ainda está vivo-o olhei sem acreditar no quanto ele estava sendo idiota-passar bem Luan
Saí do quarto dele, e me segurei para não chorar, não sei se de raiva, desapontamento, ou de pena, mas o Luan me causava um mix de sensações que nem eu conseguia entender. Desci até a recepção, e minha prima já tinha ido embora, me despedi de todos que foram simpáticos comigo, e voltei para o meu apartamento com um grande aperto em meu peito, pois ver o Luan naquela situação, não me fez nada bem.
[...]
Um mês se passou, desde a última vez que vi o Luan e falei com ele, só tinha notícias dele através de sua família, e do pouco que ele postava nas redes sociais, Luan estava pouco ativo nas redes, e mais era sua equipe postando coisas sobre ele, sobre os shows, eventos e programas que ele estaria, e sempre que ele aparecia, não estava com uma boa aparência, ele estava se destruindo literalmente, pois quando postava algo era garrafa de bebida, ou frases tristes com um cigarro aceso na mão, nunca imaginei ver o Luan desse jeito. Para piorar, Letícia estava me dando muito trabalho, estava muito malcriada, passando vergonha em mim e na minha mãe principalmente dentro da escola, estava fazendo tudo o que queria, e ninguém podia falar não a ela, que começava o drama e a malcriação, ela estava sem limites. Devido meu estresse com a Letícia, eu passava a maior parte do meu tempo na empresa do meu pai trabalhando, e deixava minha mãe tomando conta da minha filha na escola e em casa, já que é ela quem apoia Letícia em todas as decisões certas ou erradas, a tornando mais mimada do que já era. Em meio a tudo isso, acabei deixando o meu namoro com o Léo esfriar, ele também trabalha muito, tem poucas folgas, e eu mal tinha tempo para dar atenção a ele, o que infelizmente nos fez dar um tempo no namoro, pois eu não tinha nenhuma condição de continuar nutrindo um relacionamento amoroso com alguém, enquanto que a minha filha precisa de mim, mesmo que ela seja difícil de lidar, a Letícia é minha responsabilidade, e o Léo não deve sofrer por conta do meu estresse e desgaste materno, durante essa fase que tenho enfrentado com a minha filha. Estava encerrando mais um dia de trabalho, quando ouço o meu celular tocando e me surpreendo ao ver que é o Luan, pois temos nos evitado desde aquele dia que ele resolveu agir como um adolescente rebelde, e sem saber o que ele queria, achei melhor atendê-lo, afinal não podemos ficar o resto da vida sem nos falarmos, sendo que temos uma filha juntos.
*Ligação*
-Oi, Luan?-o atendi
-Oi Rebeca, tudo bem?-perguntou meio receoso-como está a Letícia?
-Estou bem, e ela na medida do possível, também está bem-suspirei-e você?
-Seguindo, vivendo um dia de cada vez-respirou fundo
-É isso que importa-disse o apoiando, mas sem saber como continuar o assunto
-Está ocupada?-perguntou após um momento em silêncio
-Estou encerrando o meu dia de trabalho, saio daqui a pouco da empresa, porque?
-Porque eu estou no Rio, e queria saber se a gente pode conversar
-Podemos sim-disse de imediato-acho que a gente adiou tempo demais para isso acontecer
-Sim-ele concordou-então prefere marcar em um restaurante, no hotel que estou hospedado, ou...
-Vamos em um restaurante-optei pelo local mais formal
-Você quer escolher o restaurante?-disse demonstrando estar sem opções
-Tem um que serve comida portuguesa, que não fica tão longe do meu prédio, pode ser?
-O que você quiser, eu aceito, só me passa o endereço
-Te envio a localização, e nos encontramos lá
-Qual horário?
-Acho que oito horas está bom, pode ser?
-Pode sim, então até mais tarde Beca
-Até mais tarde Luan-me despedi dele desligando em seguida
*Ligação*
-Finalmente o alecrim dourado resolveu aparecer-disse pensando alto
Como eu já havia encerrado tudo o que precisava no trabalho, desliguei o computador, fechei minha sala e fui embora me despedindo de quem eu vi pelo caminho, afinal eu não sou obrigada a ficar até o fim do expediente, se eu já cumpri com o meu dever do dia. Cheguei em meu apartamento, já ouvindo minha mãe reclamando algo com Letícia e respirei fundo, era melhor passar pelas duas fingindo que não vi nem ouvi nada, para não me estressar, pois minha filha está com a mania de dramatizar tudo, então segui direto para o meu quarto, sendo acompanhada por Bruno, que ainda era o único que demonstrava estar feliz por eu ter voltado para casa. Decidi ir tomar um banho logo, enquanto pensava no que o Luan iria querer comigo, com certeza ele vai querer ver a Letícia, tentar falar com ela, e ainda não é o momento, pois tem dias que nem eu a suporto, de tão chata que ela tem sido, mas vai ser bom termos essa conversa, porque eu não aguento cuidar da minha filha sozinha, eu preciso do apoio dele, afinal eu não a fiz sozinha, então tenho que parar de sobrecarregar todas as responsabilidades da criação da Letícia somente em cima de mim, pois o Luan também merece e precisa fazer parte disso.
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Olá amoreees, tem alguém por ai que ainda acompanha a história? como eu já havia dito, sempre que eu puder estar escrevendo e postando, vai ter capítulo novo, sejam pacientes, mas comenteeeem aqui, quais as expectativas desse encontro dos dois, ou o que pode acontecer nos próximos capítulos? obrigada por quem ainda está acompanhando, beijos e até breve.
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