Capitulo 39 - Se complicando.

Me sentia culpada por tudo o que aconteceu com Fábio, se não fosse a nossa discussão boba dentro do carro, ele estaria bem, não correndo riscos de ficar sem as pernas, de nunca mais andar, ou pior ainda, ficar tetraplégico. Eu não sabia qual o grau dos ferimentos dele, e nem o porque exato dessa cirurgia, apenas me pus a chorar e entrei em desespero querendo vê-lo, assim que minha mãe me contou sobre a cirurgia.

-Mãe me diz a verdade, ele está bem?-a perguntei deixando lágrimas cair
-Se acalme Beca-disse minha mãe me entregando um copo de água-ele está em cirurgia, mas os médicos garantiram que ele irá se recuperar bem-dizia positiva

-Eu quero ver ele mãe-deixava lágrimas cair-esse acidente foi tudo culpa minha, não quero que o Fábio fique mal ou com alguma sequela, eu quem devia ter sofrido mais, e...

-Beca, não fala bobagens, você só sofreu alguns ferimentos nos braços, nas mãos, no rosto, mas está bem, nem chegou a bater a cabeça, ou a ter impacto forte na região torácica, pois estava de cinto, e como eu disse, o carro que atingiu vocês, pegou totalmente o lado do Fábio, mas ele vai ficar bem, confia nisso meu amor-disse minha mãe segurando em minhas mãos

-Eu só quero ver ele-a olhei nos olhos deixando mais lágrimas cair e ela as enxugou

-Sei que está preocupada com o seu noivo minha filha, mas fica tranquila, descansa, e deixa a medicação fazer efeito, pois você deve sentir um pouco de dor no braço, e precisa esquecer o que aconteceu-fez carinho em meu rosto-eu estou aqui cuidando de você, então descansa, e assim que tiver notícias do Fábio, serei a primeira a avisar você

-Meio difícil relaxar e descansar, sabendo o que aconteceu-suspirei-mas assim que o Fábio estiver bem, quero ser a primeira a ver ele

-E vai ser-minha mãe sorriu e beijou minha testa-agora volta a dormir Beca

Foi difícil voltar a dormir, sabendo que Fábio estava em uma cirurgia, e que o nosso acidente foi feio, mas minha mãe me acalmou, e chamou uma enfermeira para colocar uma medicação em meu soro, e aquilo me fez dormir, pois no estado em que eu estava, só um calmante na veia para me sossegar naquele momento. Acordei somente no outro dia, e vi que minha mãe e Marina conversavam em meu quarto, e por um momento apenas as observei, até minha amiga olhar em minha direção e ver que eu estava acordada.

-Que bom que acordou amiga-disse Mari vindo em minha direção me abraçar-eu fiquei tão preocupada, mal dormi essa noite, sem notícias suas e do Fábio, mas agora que estou te vendo bem, tô mais tranquila

-Obrigada pela preocupação-sorri para ela e olhei para a minha mãe-e o Fábio?-a questionei e ela suspirou dando um sorriso

-Ele está bem, a cirurgia foi um sucesso, mas ele ainda não está recebendo visitas, pois tem um período pós cirurgia que ele precisa ficar em observação na U.T.I.

-Mas já amanheceu-olhei para a janela do quarto-ele está mesmo bem?-olhei de minha mãe para Mari, e minha amiga assentiu

-Sim Beca, o Fábio está bem, falei com a mãe dele quando cheguei no hospital, e ela também está aguardando para vê-lo, então não se preocupa que logo você vai poder ver ele

-É o que eu mais quero-suspirei-mas primeiro queria sair daqui, porque essa cama de hospital e essa roupa são horríveis-olhei as roupas azuis de hospital em mim e elas riram

-Se quiser se levantar e trocar, trouxe suas roupas-disse Marina-sua mãe me avisou que você teria alta agora cedo, então já trouxe tudo o que iria precisar

-Ter uma amiga que cuida de mim, é tudo de bom-sorri a olhando-e obrigada por me acompanhar durante essa noite mãe, sei que não é esse tipo de programa que a senhora planeja para passarmos um tempo juntas, mas valeu-sorri de canto para ela

-Realmente, nunca pensei te acompanhar em um hospital, a não ser quando tivesse filhos, vou adorar ter você e meus netos por perto-disse toda boba-mas se quer ajuda para se levantar, se trocar, também estou aqui

-Só uma ajudinha para levantar, o resto faço sozinha, se não for um homem me despindo, detesto que alguém me toque-disse rindo

-No caso só o seu noivo, não é minha filha?-disse minha mãe me olhando e assenti

-Mas é claro mãe, só ele-olhei para Marina com ar de riso, e ela se segurava para não rir, pois sabia que eu pensava em Luan, assim como ela

-Está com fome Beca?-minha mãe perguntou após me ajudar a descer da cama

-Muita, quero algo bem gostoso, e não me venha com nada sem graça de hospital

-Vou ver o que encontro, e Marina, por favor, cuida dela-disse minha mãe me apontando e Mari assentiu, enquanto eu revirava os olhos

-Ta parecendo quando éramos crianças-ri após minha mãe sair e Marina também riu

-Pois é amiga, eu sempre tinha que ficar de olho em você, cuidar de você...

-E eu sempre me virei muito bem sozinha-ri de canto-agora vou me trocar no banheiro, porque um banho completo só em casa mesmo

Peguei as coisas que Marina levou para mim, e fui me arrumar no banheiro, vendo pela primeira vez no espelho alguns machucados em meu rosto, em meus braços, e minha amiga com certeza pensou em tudo, pois trouxe minhas maquiagens, e eu precisava cobrir aquilo tudo, pelo menos para disfarçar um pouco, o quanto o meu rosto estava feio com os machucados em evidência. Voltei para o quarto e Marina estava sentada em uma das poltronas mexendo no celular, então me sentei no braço da poltrona ao lado dela, vendo que ela falava com Luan, mas bloqueou a tela assim que me aproximei.

-Preciso falar com o seu irmão, eu nem sei o que ele está pensando de mim, se está com raiva, bravo, preocupado...-a olhei jogando algumas indiretas e ela suspirou

-Acho que um pouco de tudo, porque ele viu o que a Nati postou da sua festa, os stories de você com o Fábio cheios de amor, mas ele também soube do acidente, e demonstrou preocupação com você, só me pediu para o deixar informado como você estava, mas não disse se queria falar com você

-Conhecendo o jeito do seu irmão, tenho certeza que ele não vai querer falar comigo tão cedo-suspirei pensativa-mas eu quero falar com ele, mesmo preocupada com o Fábio, com tudo o que aconteceu, queria o Luan por perto para me abraçar, me acalmar, dizer que vai ficar tudo bem-a olhei sincera e ela se levantou me dando um abraço

-Beca, eu sei que você gosta do Fábio, mas sei que está vivendo algo forte e intenso com o meu irmão, então tira lição desse acidente, espera o Fábio se recuperar, e coloca as cartas na mesa, é hora de decidir a sua vida amiga, com quem você realmente quer ficar, porque esse jogo com os dois não é certo, sei que o meu irmão também está errado, em trair a Jaqueline, mas o caso dele é diferente e...

-Diferente porque Mari? porque ele é homem? ou porque é o seu irmão? o Luan tem a mesma parcela de culpa do que eu, então não defende o seu irmão, a essa altura do campeonato

-Beca, eu não estou defendendo ninguém, só quero dizer que o caso dele é mais delicado, lembra a última vez que ele foi terminar com a Jaqueline o que aconteceu?-me encarou-se você acha difícil lidar com o Fábio que é mais racional, imagina para o Luan que ainda quebra a cabeça para falar qualquer assunto com a Jaqueline, que é maluca de pedra

-E agora só eu tenho que correr atrás do Fábio para terminar? seu irmão que te falou essas coisas?

-Não Beca, não interpreta errado, por favor, eu só estou tentando mostrar que essa decisão cabe unicamente a você

-Mari eu não estou em condições de decidir nada agora, só quero saber se o Fábio está bem, com o Luan eu me entendo depois, porque ele também não está em posição de ficar me exigindo nada, se ele me ligar eu converso com ele numa boa, mas se ele não quiser falar comigo, o que eu posso fazer?

-Prefiro não me meter nessa relação maluca de vocês-suspirou me olhando-mas eu quero ver você bem, o meu irmão bem, e o Fábio bem, porque ele também é meu amigo, só não quero ver confusão, pois o pior já passou

-Sim-suspirei a olhando-agora vamos aguardar somente boas notícias

Fiquei no quarto conversando com minha amiga até a minha mãe chegar com o meu lanche, e a notícia que eu teria alta, então comi o lanche que minha mãe comprou para mim, arrumei minhas coisas com a ajuda dela e de Marina, e como eu estava bem, decidi ficar no hospital fazendo companhia a minha sogra, mãe de Fábio, esperando por notícias dele ou nos liberarem para vê-lo.

-Oi, como você está?-perguntei a Fábio assim que entrei no quarto em que ele estava e segurei em sua mão

-Oi meu amor, estou melhor agora, vendo você-sorriu fraco levando minha mãe até sua boca e a beijando

-Fiquei tão preocupada com você-fiz carinho no rosto dele, onde tinha alguns machucados

-O pior já passou meu amor, e você está bem?

-Sim-sorri assentindo-você não sabe o quanto fiquei aliviada em te ver agora-fiz carinho no rosto dele-me desculpa pelo o que aconteceu, eu...

-Beca, não precisa se desculpar, acidentes acontecem-suspirou fazendo carinho em minha mão, entrelaçada com a dele-tudo bem que minhas pernas ainda vão demorar um pouco para se recuperarem, mas estamos vivos, estamos juntos, é o que importa

-Sim-sussurrei me abaixando-posso te abraçar?-perguntei o olhando com os olhos lacrimejados e ele abriu os braços

-Nem precisa pedir meu amor-o dei um meio abraço e em seguida me deitei com carinho sobre o peito dele, enquanto ele me fazia carinho e eu ainda chorava um pouco, pois me sentia mal o vendo naquela situação

Ficamos envolvidos por um tempo naquele momento carinhoso, trocando olhares e ele logo quis me envolver em um beijo, puxando meu queixo em direção ao seu rosto, então o dei um beijo rápido, e fiquei mais um pouco com ele, tendo a certeza que ele estava bem, o que fez o meu coração se acalmar, e toda aquela culpa ser em partes aliviada.

Se passaram alguns dias após o acidente, e eu estava sem falar com Luan, pois ele não me procurou, não me mandou mensagem, não me ligou e eu estava muito mal com essa situação estranha entre nós. Voltei para São Paulo, recuperada dos pequenos ferimentos que sofri, e me sentia feliz, pois Fábio logo receberia alta para se recuperar em casa, e mesmo receosa em saber se Luan iria ou não me ouvir, eu precisava falar com ele e decidir de uma vez como ficaria a nossa situação. Por diversas vezes fui até o apartamento dele onde costumávamos nos encontrar, pois de certa forma eu sabia que ele estaria ali em algum momento, já que ele rejeitou minhas ligações, e me bloqueou em seu celular, agindo como um completo infantil, mas isso iria ter fim, com ele cedendo ou não. Mesmo cansada de ir quase todos os dias na folga do Luan até o apartamento dele, assim que eu saia do trabalho ou da academia, eu havia decidido que essa seria a última vez, porque somente eu quem estou correndo atrás, enquanto ele não demonstra nenhum interesse em saber de mim, ou de nós. Após algumas horas aguardando no estacionamento do prédio, ouvindo música eletrônica para tirar o tédio dentro do meu carro, vi o carro dele chegar, então esperei um pouco e entrei depois dele no prédio, entrando no apartamento com a chave reserva, pois eu sabia onde ficava escondida e o vi distraído com o violão no colo, sentado na sacada do quarto.

-Oi-me aproximei tocando em seu ombro e ele se assustou

-O que faz aqui? como entrou aqui? isso é invasão de propriedade

-Desculpa, precisava falar com você, estou a alguns dias vigiando aqui, pois sabia que uma hora você iria aparecer, e precisamos conversar sobre muitas coisas-suspirei o olhando

-Não temos nada que conversar Rebeca, já entendi que para você eu sou só uma distração, um brinquedo, e que você me faz de palhaço até o seu querido noivo voltar e...

-Luan, não é bem assim...

-É sim Rebeca, eu fui o único que amou sozinho em tudo o que vivemos, e você ta pouco se lixando para mim, então me deixa em paz, vai para o Rio cuidar do seu noivo, ele precisa mais de você, do que eu

-Mas Luan...

-Não quero saber Rebeca, me esquece, o que vivemos acabou

-Não faz isso com a gente-o olhei deixando lágrimas cair-Luan, eu sei que errei, mas me perdoa, é você quem eu amo, vamos...

-Rebeca para de teatrinho, cansei de você, fica com o Fábio de uma vez, me esquece, foi bom transar com você por esses meses, mas acabou, porque não foi amor, foi apenas apego

-Para mim foi amor-o olhei nos olhos-e só porque você viu um vídeo, de um momento que eu sequer imaginei rever meu noivo, que ele me abraçou e me beijou de surpresa, você começa a questionar o que eu sinto por você?

-Não é só pelo o que a sua prima ficou postando, no dia do seu aniversário Rebeca, é porque você preferiu dar atenção a ele, e esquecer que eu exito-me olhou magoado-sei que sofreram acidente juntos, mas o que custava me procurar? eu estava preocupado com você e...

-Agora eu quem devia ter te procurado? Luan, olha a situação que enfrentei, não foi fácil para mim, eu fiquei esperando você me ligar, para saber como eu estava, mas você não se importou, preferiu deixar essa indiferença tomar conta de você, e sufocar tudo o que a gente viveu-o olhei deixando lágrimas cair-Luan, foi um erro de comunicação que ocorreu entre nós, mas nós ainda podemos consertar tudo, porque eu não quero mais ficar sem você, eu te amo tanto, e...

-Você ama só a si mesma, e quer saber, vamos acabar de uma vez com essa história, porque você não larga aquele cara, e agora quer ser a noiva boazinha com medo que ele sofra, então fica com ele, e esquece que eu existo

-Luan, para com isso, olha as coisas que você está falando...

-Rebeca, acabou e ponto final, segue a sua vida com o seu noivo, que eu sigo a minha com a Jaqueline

-Engraçado você falar isso agora-o olhei enxugando minhas lágrimas-porque só eu quem tenho que acabar tudo com o meu noivo? enquanto você nunca se esforçou para terminar com a Jaqueline, e não venha com desculpas por conta do que ela já fez ou faz com si mesma, se você realmente tivesse me amado, teria enfrentado tudo para ficar comigo

-Digo o mesmo Rebeca, mas acho que isso nunca foi amor, pois nós estamos no mesmo empasse outra vez, de não acabarmos com os nossos relacionamentos atuais, para arriscarmos na loucura de ficarmos juntos, então vai ser melhor terminarmos de uma vez, o que nunca devia nem ter começado

-Se é assim que quer, tudo bem-o olhei pela última vez-então se essa é a sua decisão final, adeus

-Adeus Rebeca, seja feliz com o Fábio

-Digo o mesmo para você

Estava me mantendo forte na frente dele, mas quando cheguei em meu carro desabei a chorar, pois estava arrasada, inconformada, sem acreditar que esse era o nosso fim. Os dias passaram, e Fábio teve alta do hospital, então por me sentir culpada pelo acidente e como eu não poderia ficar indo no Rio de Janeiro visita-lo, o convidei para vir ficar comigo em meu apartamento, pois aqui em São Paulo ele teria uma boa reabilitação e ele ficou radiante com o convite, o aceitando de imediato. Ainda foi um pouco complicado a vinda de Fábio para São Paulo, com as pernas recém-operadas, e a família dele querendo estar por perto a todo momento, mas ele quis vir ficar comigo, pois sabia que a minha atenção seria totalmente voltada a ele, além de que já éramos acostumados a morar juntos, e ele não queria mais voltar a ficar dependendo dos pais, só porque está em fase de reabilitação.

[...]

Um mês se passou desde o acidente, e estávamos felizes pois a recuperação de Fábio estava sendo boa, mas o que ainda era uma ferida aberta em meu coração, era o fato de que eu não via ou falava com Luan desde o nosso fim. Enquanto que a minha vida estava uma bagunça total, em meio a cuidar de Fábio, Bruno, administrar uma empresa, uma casa... eu acabei passando muito mal com a minha gastrite nervosa atacando e peguei três dias de atestado, pois estava realmente muito mal, precisava de um descanso físico e mental, então aproveitei para fazer alguns exames de rotina e estava mais tranquila ficando esses dias em casa com Fábio e o meu cachorro.

-Vomitou de novo amor? nunca vi sua gastrite atacar assim-disse Fábio me olhando preocupado, enquanto lia um livro sentado na nossa cama

-Nem eu-suspirei me sentando ao lado dele na cama-ta sendo horrível isso

-Mas logo você vai ficar bem meu amor, com essa pequena folga para recuperar as suas energias-sorriu entrelaçando nossas mãos

-Você também-sorri alisando o rosto dele e o dei um selinho-você esta evoluindo bem com a fisioterapia, logo vai estar jogando bola melhor que o Raphael

-Não sou profissional como o namorado da sua amiga, mas acho que sei me dar bem com a bola-riu divertido e me puxou para sentar sobre o seu colo, me envolvendo em um beijo

-Só quero ver você andando novamente meu amor-suspirei o olhando após o beijo

-Tenho certeza que logo estarei na ativa-sorriu animado-mas ainda não aguento peso nas minhas pernas-riu me empurrando de leve, e saí de seu colo

-Por isso não pode ficar abusando, sua recuperação vem em primeiro lugar, e depois daremos seguimento na nossa vida, de onde a gente parou

-Mas já estamos dando seguimento meu amor-sorriu alisando meu rosto-estamos morando juntos de novo, dessa vez sem distância ou impedimentos, temos o Bruno como nosso filhote peludo, e estou conseguindo cuidar das obras em Portugal daqui, então está tudo certo

-Que permaneça assim para sempre-suspirei o olhando

-Eu acredito que vai ser muito melhor do que a gente imagina-me puxou para um beijo rápido-eu te amo Beca

-Também amo você-sorri de canto o olhando, e estava me esforçando ao máximo para demonstrar que ainda o amava, mas na verdade estava tentando recuperar o sentimento que foi perdido entre nós

Mais á tarde no mesmo dia, deixei Fábio cuidando de Bruno, pois os dois voltaram a ser o grude de sempre, inclusive com as implicâncias, e fui no médico para descobrir o resultado dos meus exames, esperando más notícias sobre a evolução da minha gastrite, quando o meu médico me deu uma noticia que eu não esperava, ou sequer imaginava a possibilidade.

-Realmente Rebeca, você tem se estressado muito e isso piora a sua gastrite-dizia analisando alguns papéis de exames-mas agora você precisa redobrar os cuidados Rebeca, tanto com sua alimentação, como evitar se estressar, e ter cautela nos exercícios físicos, pois você esta gravida

-O que é grave?-peguntei não entendendo

-Você está gravida-meu médico riu-não é nada grave, é apenas gravidez

-Isso não pode ser possível doutor-comecei a rir de nervoso-eu e meu noivo não estamos tendo relação a quase um mês, pois ele esta se recuperando de um acidente

-Mas você engravidou antes Rebeca, pelas minhas contas, você está quase de dois meses, não é exato pois apenas estou estipulando esse calculo, mas procure o seu ginecologista e comece o quanto antes o seu pré natal, pois você precisa acompanhar o desenvolvimento desse bebê e assim você irá saber ao certo o seu tempo de gestação

-Ainda não consigo acreditar, que isso está acontecendo comigo-estava paralisada na cadeira

-Pois comece a acreditar Rebeca, pois logo a barriga cresce e você aos poucos se acostuma com a ideia de ser mãe

Meu mundo caiu com aquela noticia, estava chocada, paralisada, e me perguntando se estava em um sonho, ou em um pesadelo, pois não fazia sentido isso ter acontecido comigo, que sempre me cuidei, para não ter um filho sem planejamento. Mas agora o que eu me questionava, era se esse bebê era de Luan, pois dormimos juntos pela última vez na mesma quantidade de tempo que o doutor estipulou, porém o ultimo com quem transei foi Fábio, um dia depois do meu aniversario, o que daria apenas alguns dias de diferença de quando estive com Luan. Eram datas muito próximas e agora eu estava confusa, com medo, perdida, gravida sem esperar ou planejar, e muito menos sem imaginar quem poderia ser o pai do meu bebê, só tendo a certeza de que eu me complico cada vez mais, e sem saber o que fazer para lidar com essa situação, que envolve mais de uma vida.

____________________________________________________________________________

Olá amoreees, quantas reviravoltas em um único capitulo, Beca e Luan terminando, ela e Fábio numa boa como um casal de margarina, e agora ela descobrindo que está gravida, eu juro que não sabia que os comentários não estava liberado para o modo anonimo, então me desculpem por essa falha, mas agora liberei o modo anonimo nos comentários, então comenteeeem bastante, porque os próximos capítulos prometem, beijooos.