Voltei para o meu apartamento sem saber o que fazer, ou o que dizer a Fábio, me sentia completamente confusa e perdida com essa situação, me perguntando onde errei para deixar isso acontecer, e o pior de tudo era a incerteza de quem poderia ser esse bebê. Entrei no apartamento, e já fui recebida por Bruno que vinha latindo me lamber e pedir colo, o peguei e vi Fábio sentado em sua cadeira de rodas assistindo TV e comendo um balde de pipocas.
-Foi rápida a consulta hoje meu amor, está tudo bem?-Fábio perguntou me olhando
-Só minha gastrite que piorou um pouco, mas estou bem sim-sorri amarelo colocando Bruno no chão-vou descansar um pouco, preciso de muito descanso e evitar situações de estresse para melhorar
-Pensei que iria querer me acompanhar vendo filme e comendo pipoca, ta uma delícia, com manteiga do jeito que você gosta-me mostrou o balde de pipocas, e por mais que eu gostasse de pipoca, assim que olhei, senti o cheiro, tive que correr para o meu banheiro para vomitar
-Beca, tudo bem?-ouvi Fábio entrando no quarto e me chamando ao longe, enquanto eu respirava fundo escorada no vaso, após colocar quase todos os meus órgãos para fora de tanto vomitar
-Foi só um mal estar-gritei o avisando após um tempo em silêncio e ainda respirava fundo
-Tem certeza amor?
-Eu estou bem, pode voltar para a sala e assistir seu filme, porque agora vou tomar um banho
-Vou voltar para a sala, mas se não estiver bem me avisa, não quero te ver passando mal de novo meu amor
-Tudo bem, já estou melhor-tentei o tranquilizar, mas na verdade eu me sentia péssima
Decidi tomar um banho para relaxar um pouco, e também me livrar daquele cheiro horrível após passar mal, além de refletir durante o banho em tudo o que estava acontecendo, e de qual rumo a minha vida estava tomando, sem eu ter controle nenhum sobre tudo o que acontecia comigo. Após o banho, me joguei em minha cama só de roupão, com os cabelos molhados, e cheia de preguiça de fazer qualquer outra coisa, quando levei um susto com Bruno abrindo com tudo a porta do quarto, pois Fábio deve ter deixado encostada, e ele veio se deitando direto em minha barriga, me fazendo lembrar que ali dentro um pequeno ser estava sendo gerado, e involuntariamente comecei a acariciar minha barriga.
-Você vai ganhar um irmãozinho meu amor-sussurrava para Bruno que estava todo confortável sobre minha barriga-acho que você já sabia disso-sorri me lembrando, que já tinha algum tempo que Bruno só queria ficar deitado sobre a minha barriga
Fiquei dando carinho para o meu cachorro, que estava super dengoso comigo, e acabei dormindo devido o cansaço físico e mental, que agora vão me perturbar até eu descobrir como sair dessa situação embaraçosa que eu entrei. O mês de dezembro se aproximava, e como eu estava com medo e confusa, acabei não contando a ninguém sobre minha gravidez, então tentava disfarçar ao máximo perto de Fábio os sintomas que eu sentia, para que ele não desconfiasse de nada ou ficasse me questionando se eu estava bem. Eu já havia voltado para o trabalho, e não teria férias tão cedo devido tantas folgas que tirei, e agora tentava me ocupar ao máximo, para não pensar nessa gravidez, ou em quem era o pai do meu bebê. Como o meu noivo ainda estava em processo de recuperação, e ele ficava a maior parte do tempo sozinho em meu apartamento, com a companhia de Bruno que na maioria das vezes só o estressava, alguns amigos nossos do Rio de Janeiro vieram fazer uma surpresa a ele, para o visitar e o desejar boas energias nessa fase difícil da vida dele, o que nos rendeu a uma confraternização entre amigos, como a tempos não fazíamos.
-Beca, você está bem?-senti Marina cutucar o meu ombro, enquanto eu pegava mais gelo para o meu refrigerante
-Estou ótima Mari-sorri para ela-porque não estaria?
-Porque você não bebeu nada até agora, além desse refri diet-apontava o meu copo de refrigerante
-É que o meu médico me proibiu de ingerir álcool, devido o último ataque da minha gastrite-tentei disfarçar tomando um gole de refrigerante e dando desculpa
-A Rebeca que eu conheço, não iria seguir nenhuma recomendação médica desse tipo, a não ser se o caso fosse grave-me olhou séria-amiga, você sabe se controlar na bebida quando quer, hoje não vai beber nem um pouquinho?
-Hoje eu realmente não posso-sorri amarelo a olhando-agora vou ali pegar mais alguns salgadinhos-saí de perto de Marina, antes que ela ficasse reparando demais no meu comportamento
Estava tentando me controlar ao máximo para comer pouca coisa, mas o meu impulso de gravida estava muito grande, e acabei passando da conta com os salgadinhos, o que me deu um enjoou muito forte, então tive que disfarçar, para entrar correndo no meu quarto, me trancar em meu banheiro e vomitar, colocando para fora mais do que eu comi. Lavei a boca, me recuperei um pouco respirando fundo, me olhei no espelho conferindo se estava com a minha aparência normal, e então saí do banheiro dando de cara com Marina, que estava de braços cruzados me encarando.
-Beca, pode me contar agora o que está acontecendo, porque eu percebi desde a hora que cheguei, que você está com um comportamento totalmente estranho-disse me olhando séria, e eu não tinha mais como disfarçar
-Você me conhece melhor do que qualquer pessoa-sorri de canto a olhando-e eu não consigo esconder nada de você, porque mesmo que eu queira disfarçar, você sabe que eu estou estranha, e que tem algo acontecendo comigo, então como eu também não aguento mais carregar isso sozinha, preciso te dizer de uma vez, que eu estou grávida-preferi a contar logo, vendo minha amiga totalmente surpresa
-O QUE? VOCÊ TA GRAVIDA?-Marina surtou quando a contei-Rebeca, como isso foi acontecer?-disse pensativa e começamos a rir, pois era obvio como aconteceu-mas é do Fábio, não é?-me olhou desconfiada
-Eu não sei-deixei lágrimas cair-até agora escondi isso de todo mundo, porque não sei se é do Fábio... ou do Luan-a confessei me sentindo envergonhada e perdida
-Como assim, tem chances de ser do meu irmão?-me olhou surpresa-mas vocês terminaram ou não?
-Terminamos sim, mas eu estou gravida de dois meses, e eu ainda estava com o seu irmão nesse tempo, mas também tive relação com o Fábio, alguns dias depois que dormi com o Luan, e foi a minha ultima vez, porque ele logo acidentou e desde então não fizemos mais nada
-Que loucura Beca, mas você tem certeza que não sabe mesmo de qual dos dois é o bebê?
-Eu tentei fazer vários cálculos, e ás vezes penso que é do Luan, outras do Fábio, porque os dias foram muito próximos
-Pelo menos eu vou ser tia de qualquer forma-sorriu me abraçando-sei que esta com medo e confusa, mas independente de quem for o pai desse bebê, eu estou com você nessa amiga
-Obrigada Mari-deixei lágrimas caírem enquanto a abraçava-minhas emoções estão totalmente descontroladas, isso é uma droga-ri em meio ao choro, e podia sentir a felicidade da minha amiga naquele abraço
-Engraçado, é que você sempre disse que eu iria engravidar primeiro-ela riu, após desfazermos o abraço
-Pois é, mas aconteceu comigo, antes do que eu imaginava e com essa incerteza de quem é o pai-suspirei a olhando
-Mas falando sério Beca, você precisa contar para os dois que esta gravida e resolver isso logo, porque a barriga não vai demorar para crescer-disse Mari me olhando-apesar que, você parece um pouco mais gordinha mesmo-sorriu reparando em minha barriga
-Quero esperar pelo menos até os três meses Mari, porque andei pesquisando, e tem um exame que posso fazer para saber se o bebê é filho do Luan ou do Fábio
-Mas isso é seguro?
-Pelo o que pesquisei, é totalmente seguro, e eu só quero acabar com essa agonia-suspirei enxugando minhas lágrimas-e obrigada por me ouvir, estava sendo horrível guardar só para mim toda essa história
-Imagino mesmo-suspirou-mas eu sempre vou te apoiar em tudo, e fico feliz em ter sido a primeira a descobrir-sorriu me dando mais um abraço-parabéns mamãe, já amo o meu sobrinho barra afilhado-alisou minha barriga e sorri colocando minhas mãos sobre a dela
-Obrigada pelo apoio Mari, você não sabe o quanto eu precisava disso-a olhei emocionada-mas acho melhor voltarmos para onde está todo mundo, ainda sou a dona da casa, e preciso dar atenção aos nossos amigos
-Não se preocupe com isso Beca, e por favor se controla nos salgadinhos, ou vai passar mal de novo
-Você viu tudo, não é?-ri a olhando
-Mas é claro-riu de canto-percebo de longe quando minha amiga está estranha, por isso fiquei de olho em você, assim que te vi comer quase todos os salgadinhos da bandeja e vir com pressa para o quarto, te segui e ouvi você vomitando, sorte sua todo mundo estar ocupado em dar atenção ao Fábio, porque se mais alguém tivesse percebido que você estava passando mal, iria dar o que falar
-Até nisso você é o meu anjo da guarda amiga-sorri de canto a olhando-mas vamos voltar para perto das pessoas, ou vão notar que sumimos
[...]
Mais alguns dias se passaram, e como eu ainda mantinha a minha gravidez em segredo, não me atentei ao fato de que as faturas médicas do pré-natal chegavam junto com as do Fábio, pois ele fazia o tratamento médico e fisioterapêutico das pernas no mesmo convênio que eu, e justamente no dia que esqueci de olhar as entregas na caixinha do apartamento, o que eu mais temia aconteceu. Fábio viu primeiro os nossos boletos e faturas, observando várias consultas no ginecologista, e o meu acompanhamento obstétrico, então ele logo caiu a ficha do que se tratava, descobrindo sozinho a minha gravidez.
-Você esta gravida amor?-me olhava sem acreditar, com os papéis na mãos-Rebeca, me diz que isso não é verdade-ele estava sem reação e eu mais ainda
-Estou gravida sim-o olhei deixando lágrimas cair, pois não aguentava mais esconder e estava chorando por tudo
-Mas nós não estamos tendo nada-disse pensativo-só tivemos aquele dia e...
-Sim, precisa só de uma vez para acontecer-deixei mais lágrimas cair-vamos ter um bebê meu amor
-Eu te amo tanto-me puxou para sentar em seu colo na sua cadeira de rodas e me beijou-eu te amo tanto Rebeca, você é realmente o amor da minha vida-dizia feliz e emocionado após o beijo
-Também amo você-alisei o rosto dele-ou melhor, nós te amamos, papai-senti ele tocar minha barriga e coloquei minhas mãos sobre as dele
-Finalmente estamos formando a nossa família meu amor-ele sorria largo-nem sei como descrever o que eu estou sentindo
-Nem eu-sorri o olhando-o importante é que vamos ser muito felizes juntos-sussurrei o puxando delicadamente para um beijo, onde ele me beijou com amor
Fábio estava deslumbrado com a história de ser pai, claro que tive que me explicar com ele, porque não o contei de imediato, inventei que queria fazer uma surpresa, mas ele estava tão feliz com a notícia que nem ligou para as minhas desculpas. Imediatamente, Fábio saiu contando a notícia para todo mundo, primeiro para os nossos pais, depois nossos amigos, e só fui me dar conta que a minha gravidez já era de conhecimento de todos a minha volta, quando comecei a receber diversas mensagens de pessoas me parabenizando, inclusive de Bruna, o que fez o meu coração acelerar, com a certeza de que Luan também devia estar sabendo da minha gravidez.
O fato de não saber quem era o pai do meu bebê, me fez quebrar o meu orgulho e ligar diversas vezes para Luan, mas como em todas as vezes que tentei falar com Luan, ele me ignorou, eu havia me cansado de correr atrás daquele babaca, e estava decidida que iria ter esse filho com Fábio como pai, mesmo que ele não fosse.
Chegaram as festas de final de ano, e como sempre, juntou a minha família e a de Fábio, que agora tinham motivo para comemorar em dobro, devido a espera do novo membro da família. Passei as festas de fim de ano vomitando muito e comendo em dobro, nunca imaginei que estar grávida era tão complicado assim nos primeiros meses, e minha mãe como avó coruja e orgulhosa de ganhar o primeiro neto, fazia questão de me ajudar em tudo, me dando dicas, conselhos, juntamente com minha sogra que também demonstrava estar feliz com a possibilidade de ser avó. Sentia muita falta de Marina, pois ela foi passar as festas com a família dela, acompanhando os shows de Luan, e ficando na chácara do irmão dela, para passarem o momento em família, mas nunca deixando de manter contato comigo, juntamente com Bruna, pois faziam questão de me ligarem a cada data comemorativa. Janeiro chegou, e eu estava entrando no quarto mês, agora estava definitivamente de férias, e aproveitando a cidade que eu amo, recebendo os mimos de toda a família, mas às vezes fugindo um pouco, pois é sufocante ser o centro das atenções o tempo todo, ainda mais por minha barriga estar começando a aparecer.
-Finalmente voltou para o Rio, estava cheia de saudades-disse abraçando Marina, pois ela já havia voltado para o apartamento dela, e eu fui imediatamente visitá-la
-Também senti saudades de vocês-continuou me abraçando e depois se abaixou para beijar a minha barriga-oi bebê da titia, você já está ficando grandão-ria conversando com minha barriga-o Fábio não quis vir? é estranho isso, porque vocês estão um grude-perguntou me olhando
-Ele preferiu ficar dessa vez, para passar um tempo a mais com os pais dele, dizendo ele que quer aproveitar todo mundo antes do bebê nascer, porque depois o nosso filho vai ser o centro das atenções, já que os pais dele estão radiantes agora que vão ser avós, e a minha mãe é a pior-revirei os olhos-por isso vim ficar um tempo com você, porque a minha mãe está insuportavelmente uma avó coruja, e quando junta com o Fábio e os pais dele, eu não aguento mais tanta gente em cima de mim e do bebê-ri alisando minha barriga e Marina riu
-Dona Vera está tendo o sonho realizado, então deixa ela curtir a fase de vovó
-Nem me fale amiga, acho que ela está curtindo até demais...-suspirei cansada e Marina riu
Acabei passando o dia com Marina, que ficou cheia de mimos comigo e com a minha barriga, quando do nada, me deu um desejo de comer brigadeiro queimado, e Marina riu do meu desejo estranho, mas se ofereceu para fazer, porque ela já ama mimar o sobrinho barra afilhado, como ela o chama. Mari olhou os armários, e viu que não tinha leite condensado na casa dela, devido ela ter chegado recentemente de viagem e nem ter se atentado para as compras, então ela foi no mercadinho perto do prédio onde ela mora para comprar os ingredientes que faltavam, enquanto eu descansava com os pés para cima, pois mal cheguei no quarto mês e os meus pés já estão inchando, parecendo um pão. Estava tranquila assistindo irmãos a obra, um dos meus programas favoritos da TV, até que o interfone começou a tocar, e ao ver a chave para o lado de dentro, deduzi que Marina esqueceu de levar, então mesmo cheia de preguiça, fui abrir a porta, disposta a zoar minha amiga esquecida, mas me deparei com Luan, que estava tão surpreso quanto eu.
-Oi Luan, não sabia que era você-disse surpresa ao vê-lo
-Oi Rebeca, também não sabia que você estava aqui-me olhava sem jeito
-A Mari saiu para comprar algumas coisas no mercadinho, mas não vai demorar, então se quiser entrar para esperar...-o dei espaço e ele estava constrangido, mas assentiu e entrou para dentro
-Já esta com cara de gravida-disse me olhando após um tempo em silêncio
-Que bom que é notável...-voltei a me sentar confortavelmente no sofá, mas me sentindo muito estranha com a presença dele-porque ele está crescendo rápido-disse alisando minha barriga, e sorrindo de canto
-Ele? já sabe o que é?-perguntou curioso
-Ainda não sei, se é ele ou ela, então não sei como chamar ainda-sorri pensativa-mas quando digo ele, me refiro ao bebê-alisei de novo minha barriga e ele me olhava sem jeito, tanto quanto eu estava com a presença dele
-Entendi-assentiu, e nos entreolhávamos constrangidos-você e o Fábio, já pensaram nos nomes?-perguntou para puxar assunto, após um tempo que ficamos em silêncio
-Tenho alguns em mente, e a maioria são nomes de menina-sorri imaginando uma menininha-mas se for menino, acho que o meu noivo vai querer escolher
-Legal...-disse roendo as próprias unhas, e eu sabia que isso era sinal que ele estava nervoso
O clima estava tenso entre nós, e Marina estava demorando para chegar, então voltei a minha atenção para a TV, e Luan ficou mexendo em seu celular, parecendo ocupado, mas no fundo estávamos tentando disfarçar o constrangimento de estarmos a sós, depois de tudo o que houve entre nós.
-Beca?-Luan me chamou depois de um tempo e eu o olhei
-Oi?
-Seria muita indiscrição da minha parte, perguntar de quanto tempo você esta?-me olhava desconfiado, e no fundo eu sabia que ele pensava o mesmo que eu
-Segundo as contas do meu médico, eu entro no quarto mês na próxima semana-o olhei apreensiva e ele estava pensativo
-Entendi...-disse mexendo em seu celular, e se conheço bem o Luan, ele devia estar calculando o tempo aproximado que nos encontramos pela ultima vez, para ver as possibilidades
-Luan, não precisa calcular nada...-suspirei o olhando-eu sei que você esta pensando que esse bebê pode ser seu, então mesmo que eu quisesse negar, no fundo, nós dois sabemos que existe essa possibilidade-o olhei apreensiva e ele estava sério
-Só agora você me fala que eu posso ser o pai do seu bebê?-me encarou-porque não me procurou antes Rebeca? eu tinha o direito de saber...-começou a me questionar e o cortei na hora
-Luan, você sabe muito bem que eu te procurei, que eu te liguei, e até pedi para a Mari e a Bruna falarem com você, pois a gente precisava conversar, mas você veio cheio de grosseria, me mandou para a puta que pariu, me chamou de puta, e disse milhões de ofensas que as suas irmãs até ficaram com vergonha de dizerem o resto, lembra?-o encarei irritada-então eu decidi me valorizar, e parar de correr atrás de alguém que só me da patada-o olhei séria-mas ainda bem que eu tenho um homem que me valoriza, e eu decidi valorizar ele também, porque o Fábio estava muito mal com o acidente e a incapacidade de locomover as pernas, e ele ficou super feliz e teve uma boa recuperação após descobrir a minha gravidez, então prefiro deixar ele acreditar que é o único pai do meu bebê, pois esse seria o certo desde o inicio...
-Mas é claro que não Rebeca-me interrompeu irritado-se esse bebê for meu filho, não quero outro cara assumindo, até porque foi você quem não mediu as consequências, quando foi para a cama comigo, e depois com o seu noivo-me apontou como culpada-então agora eu quero saber sobre a paternidade desse bebê, pois se eu for o pai, eu vou ter todo o orgulho do mundo em assumir, e se isso gerar dor de cabeça para você e para mim, nós dois vamos ter que aguentar, porque nós tínhamos plena consciência do que estávamos fazendo, quando começamos a transar sem camisinha
-Eu sei Luan, só não vamos fazer disso um circo ou uma novela, pois é de uma criança que estamos falando, é uma vida...-alisei minha barriga, me sentindo ofendida-sei que errei em ficar com dois homens em um período curto de tempo, mas quem esta sofrendo sozinha com tudo isso, sou eu...-deixei lágrimas cair, devido o maldito emocional frágil-pois todos os dias que eu acordo, eu me lembro que tem uma vida sendo gerada dentro de mim, e fico imensamente feliz pela benção de carregar esse bebê, pois sei que ele é meu e de mais ninguém-abracei minha barriga em forma de proteção-mas eu tenho duvidas de como ele foi gerado, porque eu não sei de quem foi a sementinha que colocou ele dentro de mim-deixava lágrimas cair-se eu não tivesse sido fraca e cedido ao Fábio, esse bebê seria seu, com 100% de certeza, mas o Fábio também é parte de mim, é parte da minha vida, e por um único dia, ele tem a mesma chance de ser pai desse bebê, assim como você-o olhava perdida, enquanto lágrimas rolavam, e ele estava com um semblante indecifrável
-E o que vai fazer agora Rebeca? porque eu quero respostas, quero uma certeza, se eu vou ser pai ou não, porque ou você decide logo e conta para o Fábio que ele tem chances de não ser o pai do seu filho, como ele está se iludindo até agora, ou eu mesmo vou atrás dele e conto toda a verdade, inclusive que ele foi corno o ano todo-dizia todo autoritário
-Luan, para de agir como uma pessoa ridícula, sou eu quem estou gravida, então eu quem tenho que resolver isso sozinha...
-Mas você não fez esse bebê sozinha Rebeca, então chega do teatrinho de vida perfeita, e família feliz com o seu noivo, porque esse seu conto de fadas não existe-riu debochado-e a partir de agora pode me incluir na vida desse bebê até ele nascer, para descobrirmos se ele é realmente meu, ou do corno...
-Ou para evitar todo esse constrangimento durante a minha gravidez, vamos fazer um teste de DNA, apenas com você-o encarei séria, e cansada de ouvir tanto desaforo-o Fábio não precisa saber disso, pois se der positivo sabemos que é seu, e eu me viro para contar a ele que esse bebê não é dele, mas se for negativo, vamos deixar tudo como esta, o Fábio não precisa ficar sabendo do nosso envolvimento, e eu sigo a minha vida com o meu filho e o Fábio, cuidando da nossa família, como sempre deveria ter sido
-Acho justo-disse Luan pensativo-só nunca pensei que faria tanto exame de DNA na minha vida
-Você já fez outros?-o olhei sem acreditar
-Fiz com a Mari, e vou fazer agora, mas para mim já é muita coisa, porque isso foge do meu comum
-Daqui alguns anos você vai ver...-ri pensando alto-se você não se cuidou com as mulheres que você já comeu por ai, vai ter mais filhos do que o Latino
-Engraçadinha-ele revirou os olhos-eu sempre me cuidei, e é só com você que eu estou passando por isso, porque querendo ou não, tínhamos algo fixo por um tempo, e acabamos vacilando muito-disse constrangido
-Pelo menos nos serviu de lição, para nunca mais arriscarmos fazer as coisas sem proteção, até mesmo com a pessoa que formos nos casar
-Mas isso foi culpa sua-me apontou-quem sempre me garantiu que estava com os contraceptivos em dia foi você, e agora quem esta na duvida entre dois homens, para descobrir a paternidade do filho é justamente você, porque não se protegeu comigo, nem com o seu querido noivo...
-Mas quem sempre gostava de gozar dentro por um tempão, era você-o apontei, para não levar a culpa sozinha-Luan, não existe culpado sozinho nessa história, um bebê é feito por duas pessoas, as duas partes erraram
-Ta bom Rebeca, eu entendi, mas como vai funcionar esse exame de DNA?-me perguntou curioso-pode fazer ainda com o bebê na barriga? é seguro para ele? não quero o meu filho correndo riscos
-É um procedimento arriscado sim, mas é seguro se for feito por um bom profissional, sei de uma clinica de confiança e discreta para fazermos o exame, confia em mim para isso?-o olhei séria e ele demorou assentir
-E tenho opções?
Decidi explicar a Luan, como iria funcionar o exame conforme o que eu pesquisei, e ele estava todo receoso, com medo e confuso se devíamos mesmo nos arriscar a fazer esse exame. Marina logo voltou para o apartamento, estava cheia de sacolas e nos olhava confusa, pois já chegou entrando no meio de uma discussão entre mim e Luan, sobre a paternidade do meu bebê e se devíamos ou não fazer o exame de DNA.
-Não posso sumir por alguns minutos, que quase botam fogo no meu apartamento, que confusão é essa?-Marina nos olhava perdida-nem sabia que você iria aparecer aqui-disse olhando para o irmão
-Oi Mari, desculpa vim sem avisar, é que tive alguns compromissos no Rio, e passei para te visitar-disse Luan a olhando-mas tive a infeliz surpresa de encontrar a sua amiga por aqui, e descobrir que ela é uma mentirosa...
-Luan, lava essa boca para falar de mim-o cortei irritada-eu não menti em momento nenhum, você que quis se fazer de babaca, e sequer se preocupou em saber sobre mim...-deixava lágrimas cair de tanta raiva
-Meu Deus, vamos parar com essa discussão, que vocês não vão chegar a lugar nenhum-disse Marina nos olhando séria-e Luan para de falar desse jeito com a Beca, ela está gravida e não merece essa sua grosseria, sem você saber o que ela vem passando nesses primeiros meses de gestação
-Agora você vai defender e apoiar ela?-Luan a olhou indignado-Marina, olha as coisas que a Rebeca faz, saí dormindo com vários homens sem medir consequência nenhuma, e agora ela só está nessa situação por culpa dela mesma...
-Luan, você está falando da Beca como se ela fosse uma qualquer, e eu não admito isso-Marina o encarou-você pode ser o meu irmão de sangue, mas a Rebeca é a minha irmã da vida toda, eu sei do caso de vocês, e mesmo sendo errado eu apoiei, sabe porque? porque eu vi a minha amiga feliz, não foi por você e pela sua vida amorosa desastrosa com a Jaqueline, pois você vive em um relacionamento tóxico porque quer, já a Beca nunca teve motivos para trair o Fábio, se ela se arriscou a fazer isso com você, é porque ela te ama, e você é burro demais, machista demais, sempre virou as costas para ela achando que ela faz isso apenas para se satisfazer, sem entender os motivos dela, então quando você parar de achar que o mundo gira em torno de você e começar a ver que tem pessoas sofrendo por causa desse seu comportamento escroto, só assim você vai começar a evoluir e a ser feliz, mas não fala mal da Rebeca na minha frente outra vez, porque a maior parte da minha vida eu passei sem saber que tinha um irmão, e posso muito bem seguir o resto dela sem me importar com isso, mas desde que eu me entendo por gente eu conheço a Rebeca, sei de todas as falhas dela, e que ela não é perfeita, mas ela confia em mim, sempre me contou tudo, até sobre a dúvida de quem é o pai desse bebê que ela espera agora, antes mesmo de ser de conhecimento de todo mundo, eu fui a única a saber que ela estava gravida, então eu vou defender a minha amiga e esse bebê, antes de qualquer pessoa, até mesmo do meu próprio irmão gêmeo que esta agindo como um babaca, machista, idiota e egoísta-Marina descontou toda a raiva em Luan, e eu apenas deixava lágrimas cair ouvindo ela jogar tudo na cara dele, que estava calado e pasmo ouvindo tantas verdades
-Obrigada amiga, amo tanto você-só pude a agradecer, e fui a abraçar enquanto chorava
-Meu irmão precisava de um toque de realidade-sussurrou enquanto me abraçava, e rimos juntas vendo Luan nos observar pensativo
-Eu juro que se você fosse homem, me casava com você-ri a olhando após o abraço
-Não sei se seriamos um casal normal, mas com certeza eu seria menos idiota que o meu irmão-disse alfinetando Luan que permanecia calado
-Já entendi que estou errado-Luan bufou nos olhando-será que posso conversar a sós com a Rebeca?
-Se não for ofender a minha amiga, ou ser grosso com ela, pode-disse Mari o olhando
-Seu irmão não é burro a esse ponto-ri de canto o olhando-mas aproveita e vai fazer o meu brigadeiro-a olhei salivando, enquanto ela pegava as sacolas que jogou no sofá
-Você é uma gravida exigente, mas vou fazer esse brigadeiro maluco pelo meu sobrinho barra afilhado-sorriu passando por mim e alisando a minha barriga-antes de se matarem, não se esqueçam que tem um bebê inocente aqui dentro-disse Mari nos olhando, e seguindo para a cozinha
-Como a Mari disse, antes de qualquer coisa, temos que pensar nesse bebê-Luan suspirou me olhando e assenti-e ele não tem culpa pelos nossos erros, por estar nessa confusão, mas se for para dar um pai certo para o seu bebê, a solução é fazermos esse exame de DNA o quanto antes
-Então você aceita fazer o exame antes do meu filho nascer?
-Se é o que você quer Rebeca-suspirou me olhando-mas concordo que é melhor descobrimos a verdade de uma vez, porque já está sendo agoniante saber por alguns minutos que tenho a possibilidade de me tornar pai, imaginar ter que aguardar meses para essa confirmação, prefiro que seja resolvido tudo de uma vez
-Ótimo-sorri o olhando-te garanto que esse vai ser o melhor para nós três-disse alisando minha barriga e ele assentiu
Mesmo tendo um pouco de confusão com Luan no inicio, conseguimos nos acertar, e conversar normalmente como dois adultos responsáveis, para combinarmos como iria funcionar esse exame, que já era muito aguardado por nós. Acabei ficando até tarde da noite naquele dia com Marina e Luan, pois a minha amiga fazia todas as minhas vontades, e Luan estava sendo super gentil e amigável, pois também se acertou com a irmã, pela pequena confusão entre eles, tornando o ambiente de paz e amizade, como antes.
[...]
Algumas semanas se passaram, e tive que inventar uma desculpa para voltar mais cedo para São Paulo, sem a companhia de Fábio, pois estava me programando para fazer o exame de DNA com o Luan, e conforme o combinado, seria tudo com muito sigilo, então eu e Luan fomos finalmente fazer o exame, para saber se ele era ou não o pai do meu bebê. Foi um procedimento muito desconfortável para mim, e para Luan também, pois ele me disse que teve que ejacular em um potinho, e que aquilo era muito difícil sem ele ter motivos, além dele ter feito vários outros exames como o de sangue e colher amostra de saliva, e outras coisas que ele não achou nada confortáveis. O exame era complexo e demoraria algumas semanas até ficar pronto, mas eu já estava ansiosa pelo resultado e Luan também demonstrava ansiedade, voltamos a conversar por mensagem, mas era sempre para perguntar sobre o bebê, e Luan até fazia lista de algumas coisas que viu para comprar caso o bebê fosse dele, no fundo eu achava graça dessa preocupação dele, e do quanto ele tem se mostrado presente, mesmo sem saber se era o pai ou não do meu filho. O dia de descobrirmos o resultado chegou, e segui para a clinica como se fosse um dia normal de acompanhamento do meu pré-natal, e me surpreendi ao ver que Luan já estava ali, acompanhado de Bruna, pois ela e Marina eram as únicas quem sabiam de toda a nossa história, então também sabiam sobre a possibilidade do bebê ser do irmão delas, e estavam tão ansiosas quanto nós dois por esse resultado, pois criamos um grupo entre nós quatro no whatsapp, e todos só falavam sobre o meu bebê, até davam sugestão de nomes, principalmente as titias babonas, que não negavam que torciam para esse bebê ser do irmão delas.
-Calma Beca, já é o seu terceiro copo de água-Bruna segurava em minha mão tensa, para eu parar de pegar água
-Que demora para virem nos falar o resultado, é só falarem sim ou não
-Eles precisam analisar isso com precisão Beca, afinal é do futuro de uma criança que estamos falando-ela tentava me acalmar
-Rebeca Sanches e Luan Rafael-ouvi nos chamarem, pelo nome e sobrenome que demos na recepção e já estremeci
-É agora-me entreolhei com Luan e senti ele segurar minha mão
-Independente do resultado, eu vou estar o tempo todo com você-sorriu entrelaçando nossas mãos e sorri em gratidão
Foi automático entrarmos de mãos dadas, e ficarmos sentados lado a lado, com as mãos entrelaçadas, enquanto Bruna estava em pé ao nosso lado super ansiosa.
-E então?-perguntei ao médico, que analisava o papel com o resultado
-O teste de paternidade, para o feto de Rebeca Sanches, consta que... Luan Rafael Domingos Santana, tem 99,99% de chances de ser compatível com o feto, tornando-o então positivo
-Isso quer dizer... que eu vou ser pai?-Luan estava sem acreditar no que acabou de ouvir, e eu não sabia o que sentia, pois no fundo do meu coração eu sempre tive essa certeza, de que ele era o pai do meu bebê
Luan estava anestesiado, rindo feito bobo e a primeira reação dele foi se abaixar e beijar a minha barriga.
-Oi meu amor, eu sou seu pai-disse emocionado-sou seu papai, eu sou seu pai-repetia sem acreditar, com o rosto colado em minha barriga
-Sim Luan, você é o pai dele-sorri alisando minha barriga e Luan beijou minha mão sobre a barriga
-Ou melhor, pai dela-disse o médico rindo divertido
-Como assim? é menina?-perguntei o olhando sem entender nada
-Sim, desculpa se adiantei, mas como a sexagem fetal é feita pela mesma curetagem, então também já foi identificado o sexo do bebê, vai ser uma menina-disse o médico
-Meu Deus, quanta emoção em um dia, vou ser tia de uma menina-Bruna vibrava
-Eu nem sei o que estou sentindo-Luan sorria todo bobo-vou ter uma menininha, uma princesinha
-Nós vamos-o corrigi-preparado para entrar no mundo cor de rosa senhor Santana?
-Ainda não, mas vou ficar-sorriu todo bobo-pela minha princesinha eu encaro todas as cores e todos os mundos
Saímos da clinica ainda emocionados com todas as notícias e fomos almoçar em um restaurante que me deu vontade, e Luan como o mais novo pai babão, com certeza faria todas as minhas vontades, enquanto Bruna já elaborava mil planos com a sobrinha, inclusive já ligou para Marina, informando que elas seriam tias de uma menina. Nosso almoço foi tranquilo, e Bruna nos deixou a sós por um momento enquanto saíamos do restaurante, entrando no carro do irmão, disfarçando que falava com alguém no celular.
-Vai conversar com o Fábio?-Luan me perguntou após sairmos do restaurante e estarmos parados ao lado do meu carro
-Preciso, não é?-suspirei o olhando-só não sei como o dizer...
-Quer uma ajuda? se quiser, eu vou com você
-Não Luan, você também precisa resolver as suas questões-suspirei o olhando-com o Fábio eu me entendo
-Qualquer coisa que você precisar, me liga-disse me abraçando e beijando minha testa-se cuida, e cuida da nossa menininha
-Pode deixar, estamos bem alimentadas e agora vamos descansar um pouquinho-sorri alisando minha barriga e ele colocou a mão dele por cima
-O que precisar independente da hora, se eu estiver por aqui, me avisa, porque eu quero cuidar de vocês duas
-Obrigada pela atenção Luan, mas preciso ir e você está na frente da porta do meu carro-ri o empurrando de leve
-Desculpa coisa linda, então deixa eu abrir para você-abriu a porta do carro como cavalheiro-quando chegar em casa me avisa
-Pode deixar Luan, não precisa ficar vigiando os meus passos, eu sei me cuidar
-Eu só quero que tudo esteja bem com você e a nossa filha-ele alisava minha barriga, quando senti uma fisgada
-Ai, acho que ela chutou-disse sentindo aquilo desconfortável, enquanto ele sorria largo
-Oi princesa, você chutou para o papai-ele se abaixou feito bobo falando com minha barriga-chuta de novo
-Luan, aqui não é lugar para isso-olhei em volta e senti vergonha por estar no meio do estacionamento, com Luan abaixado colado com a minha barriga
-Mas eu senti o primeiro chute da nossa filha, quero sentir de novo-disse colando mais ainda em minha barriga
-Luan...-estava realmente constrangida com a cena, mas ele queria sentir o momento com a filha, e eu não queria o privar disso-quer ir comigo, para o meu apartamento?-perguntei o olhando após um tempo e ele me olhou sem entender
-E o seu noivo? ele não está lá?
-O Fábio deve voltar do Rio essa semana-suspirei-ele já queria ter vindo antes, mas consegui o convencer a ficar um tempo a mais com a família dele, porque ele não pode ficar viajando muito, e dei a desculpa que depois ele vai ter todo o tempo do mundo comigo e com o bebê...
-O que não vai mais acontecer-disse Luan se levantando-eu sei que vou ser pai agora, então não quero aquele cara se iludindo e chamando a minha princesinha como se fosse dele-disse enciumado
-Eu sei Luan, só não vamos fazer disso um expetaculo-o olhei cansada-se quiser conversar comigo e ficar mimando a bebê vamos logo, porque meus pés estão inchados e doloridos de ficar em pé por muito tempo
-Ninguem manda querer usar salto, você está gravida, se comporte como uma-disse olhando bravo para os meus sapatos-só vou avisar a Bruna que vou com você, e pedir para ela levar o meu carro com cuidado
-Então não demora, ou te deixo aqui sozinho-o olhei irritada entrando em meu carro
Saí do estacionamento do restaurante ouvindo Luan falando no meu ouvido, mas agora seria a parte mais difícil, conversar sério com Luan, pois precisamos decidir muitas coisas juntos a partir de agora que sabemos que vamos ter uma filha, e por mais que tudo pareça lindo para ele, que descobriu que vai ser pai, agora temos que encarar todos a nossa volta, nossas famílias e principalmente Fábio e Jaqueline, pois eles precisam saber dessa forma nada agradável que foram traídos, e sei o quanto vai ser decepcionante e doloroso para o meu noivo, descobrir que ele não é o pai do meu bebê.
-Oi Brunão, que saudade-Luan mal entrou e já foi recebido com lambidas e com o meu cachorro pedindo o colo dele
-Segura ele um minuto, porque se não, eu não vou ter paz para tirar os meus sapatos-disse já tirando os sapatos pela casa, e me jogando em meu sofá em seguida
-Te falei que agora vai ter que se adaptar a usar coisas mais confortáveis, isso é para sapatos e roupas também-riu se sentando no outro sofá com o meu cachorro
-Luan você não tem direito de opinar em nada na minha vida, o corpo é meu, eu uso o que quiser, estando grávida ou não, homem nenhum vai mandar em mim dessa forma
-Só estou sugerindo Beca, porque sua barriga está começando a crescer, e você continua com essas roupas apertadas, não quero que isso aperte a minha filha
-Nós duas estamos super bem-sorri alisando minha barriga-inclusive, ela chutou de novo-fiz careta sentindo o chute e ele quase jogou Bruno no chão, para vir correndo ficar colado na minha barriga
-Oi princesa, hoje você está chutando muito, então chuta para o papai ver-disse todo bobo com as mãos na minha barriga
-Ela chuta quando quer, sem pressão-ri vendo a expectativa dele
-Mas eu quero sentir-ergueu minha blusa e encostou o rosto na minha barriga-filha, chuta de novo
-Ela só chuta quando... ai...-senti ela chutar e Luan riu me olhando
-Coisa mais linda da minha vida-sorriu beijando minha barriga-já te amo mais que tudo nesse mundo, minha princesinha
-Ela também deve te amar muito, porque agora não para de chutar-o olhei irritada, pois isso me incomodava, enquanto ele sorria todo bobo
-Deve ser muito gostoso sentir essa coisinha dentro de você-ele me olhou alisando minha barriga-me desculpa se fui grosso com você, e por tudo o que te falei
-Está tudo bem agora Luan, só quero manter uma relação amigável com você, porque agora vamos estar ligados pelo resto da vida-suspirei alisando minha barriga e ele colocou as mãos dele sobre as minhas
-Sei que nunca planejamos isso, mas aconteceu, e eu quero o mesmo, pelo bem da nossa filha-disse me olhando-agora nós vamos enfrentar uma turbulência muito grande Beca, porque eu quero assumir a minha filha o quanto antes, então por favor conversa logo com o Fábio, e fala a verdade, porque eu vou fazer o mesmo com a Jaqueline, só não sei como acabar com todo o conto de fadas que ela criou para nós, ainda mais agora que já marcamos a data do casamento, e ela está planejado tudo-ele suspirou
-Pois é Luan, estamos ferrados-olhei para o alto pensativa-porque entramos nessa? porque a gente não é de ferro e não resiste a porra da tentação?
-Porque nós escolhemos não resistir-Luan suspirou me olhando-foi bom tudo o que rolou entre a gente, mas temos que reconhecer que passamos dos limites, não medimos as consequências, e agora você está grávida por culpa nossa, então vamos ter que resolver isso juntos
-A culpa é sua-o olhei séria-você quem sempre me provocou, até me fazer ceder aos seus encantos, porque você tem que ser tão gostoso?-mordi os lábios inconscientemente e ele riu
-Sou gostoso e irresistível, mas você não fez nenhum esforço para resistir, só me tentava cada vez mais, porque você é muito fogosa, nunca vi mulher tão safada e que gosta de mostrar o quanto manda na cama-me olhava desejoso
-Luan, essa conversa está ficando estranha, e se você continuar me olhando assim, eu vou querer transar com você agora, porque eu estou grávida, e não posso passar vontade
-Desde que não prejudique a minha princesinha, o que você quiser para se sentir satisfeita, eu tô aqui-me olhou safado
-Homem gostoso do caralho-subi no colo dele sem pensar duas vezes-me fode logo, porque estou subindo pelas paredes a meses, a gravidez me deixou mais sensível e com mais vontade do que nunca... de ter você-sussurrei o olhando safada
-Não temos mais nada a perder mesmo, não temos mais riscos para correr, então vamos ao que nos interessa-mordeu os próprios lábios todo safado e me envolveu em um beijo quente, que me fez esquecer até quem eu sou, que saudade daquele beijo, daqueles braços me envolvendo, era tão bom pertencer a ele, e saber que ele pertence a mim...
-Luan... gostoso.... vamos para o quarto...
-Beca? você está bem? Beca?-ouvia ao longe alguém me chamar-Beca?-abri os olhos e me deparei com Luan me olhando com ar de riso-tudo bem?
-Luan, oi...-o olhei me sentindo constrangida-nossa, que sono que me deu-me espreguicei tentando disfarçar
-Pois é, você dormiu feito pedra no sofá, e estava falando meu nome, gemendo-ele começou a rir-deu a impressão que estava transando comigo no sonho
-Devo estar cansada demais, e devia estar brigando com você, isso sim-ri de nervosa, tentando disfarçar
-Te conheço o suficiente para saber quando briga comigo-ele ria alto-fiquei curioso com esse sonho, só te acordei porque preciso ir embora, e o filme que escolheu acabou faz tempo
-Você é um safado mesmo-joguei uma almofada nele-agora por culpa sua acordei cheia de fome e preguiça
-Quer ir jantar na minha casa?-perguntou me olhando
-Não sei se quero sair de casa hoje-o olhei cheia de preguiça
-Vamos jantar na minha casa, sei que gosta da comida da minha mãe, e eu não quero que fique comendo porcarias
-Minha alimentação é super saudável, só estou comendo algumas coisas que sinto desejo, ou quer que sua filha tenha cara de...
-Ta bom, entendi-ele riu me interrompendo-mas é melhor jantar na minha casa, porque não quero que fique sozinha e comendo qualquer coisa
-Você mal descobriu que vai ser pai, e já está sendo um chato controlador-revirei os olhos-posso tomar um banho pelo menos? vai ser rápido
-Você só me enrola Rebeca, mas tudo bem, toma o seu banho que eu te espero
-Prometo não demorar
Segui para o meu banheiro, e entrei naquele chuveiro com o corpo todo quente, realmente tive um sonho bem excitante com Luan, que saudade daquele beijo, daquele toque, daquele cheiro, daquele homem me pegando de jeito, gravidas tem desejos além da conta, não somente para comida, mas também por sexo, estou sem transar desde que engravidei, e não sinto atração por Fábio, e nem temos condições de fazer nada, mas por Luan me ascendeu um desejo, uma vontade inexplicável, e eu queria muito saciar esse meu desejo, porque só sonhar não basta, eu quero realizar, mas não sei se ele quer o mesmo, então tenho medo de arriscar. Tomei o meu banho pensando em Luan, e estava realmente com muita vontade de ter ele mais uma vez, me olhava em frente o meu espelho, vendo minha protuberância pequena e redonda, e pensando que ela aconteceu em meio a um amor que não foi passageiro, foi real, porque eu ainda sinto pulsar forte dentro de mim, e estava refletindo enquanto me olhava nua em frente o espelho, até que levei um susto com Luan entrando no quarto.
-Beca, se troca logo muié
-Luan, que invasão é essa-cobri apenas meus seios com minhas mãos-não sabe bater na porta?
-Sei, mas achei que você estava pronta, com toda essa demora
-É que as minhas roupas já não me servem mais, não sei o que colocar-o olhei perdida
-Coloca algo confortável e que não aperte a minha filha-disse me olhando-te dou mais quinze minutos-saiu do quarto fechando a porta e bufei me olhando no espelho
-Será que estou tão gorda, que ele perdeu o interesse em mim?
Me senti frustrada e questionei se essa gravidez estava me fazendo bem, pois Luan me viu nua, me viu sonhando eroticamente com ele, e sequer demonstrou algum interesse em mim, então me troquei colocando uma roupa qualquer e fui com ele jantar em sua casa, ainda intrigada pelo fato dele mal me olhar como mulher, e agora me ver apenas como a mãe da filha dele.
_____________________________________________________________________________
Olá amoreees, demorei a postar pois meu notebook andou dando uns problemas, mas agora posteeei, e quero ver bastante comentarios como do ultimo capitulo hein, Beca ta gravida do Luan, e isso nem precisou de muito mistério, mas o que vai acontecer agora? comenteeem bastante, que em breve posto o próximo, beijos.
Vem baby do Luan, que bom. Já quero eles juntinhos
ResponderExcluirMano,ainda bem que o Luan aceitou bem que o bebê que a beca tá esperando é dele tbm, espero que os dois ficam juntos agora!
ResponderExcluirTadinha da Rebeca com o Luan cheio de julgamentos, mas que bom que no final deu tudo certo e ele aceitou a gravidez. Só espero que Fábio não julgue Rebeca, ela não merece esses chingamentos.
ResponderExcluirContinua, se possível faz uma maratona, pfv
//Anna
Ainda bem que o Luan não ignorou o fato do bebê ser dele. Espero que dê tudo certo com a conversa que a Beca vai ter com o Fábio e que Luan termine logo com a Jaqueline.
ResponderExcluirContinua
Ainda bem que Luan aceitou bem a gravidez, agora só falta ele se livrar da Jaqueline é Rebeca do Fábio
ResponderExcluirContinuaaaa
Luan tem q correr atrás da Rebeca
ResponderExcluir