*Rebeca on.
Após o meu casamento, com certeza eu estava vivendo a melhor fase da minha vida, estava ao lado de um homem que me ama, me respeita, cuida de mim, e que me faz muito feliz. Tivemos uma viagem de lua de mel incrível para Cancún, ficamos duas semanas por lá, e voltamos para o Brasil animados, para enfim viver a nossa vida de casados, mais apaixonados do que nunca, e mesmo que por um segundo eu tenha repensado nesse casamento, e momentos antes de subir no altar eu tive medo, e vontade de largar tudo, percebi que tudo isso só fez crescer o amor que tenho pelo meu marido agora, pois sem dúvida nenhuma, ele é o homem da minha vida.
-Bem vinda ao nosso lar, minha esposa-disse Léo todo sorridente me segurando no colo enquanto eu abria a porta da nossa casa
-Finalmente estamos na nossa casa, meu marido-sorri o dando um beijo, enquanto ele me colocava no chão
-Nem acredito, que a partir de agora vamos viver juntinhos-me abraçou todo feliz
-Casou comigo, agora vai ter que me aturar, e de quebra, aturar a minha filha-ri me lembrando dela-que inclusive, estou morrendo de saudades
-Ela logo vai estar com a gente na nossa casa amor, foi bom ela ter ido passar um tempo com a família do pai dela
-Sim, pelo menos ainda temos um tempinho a sós para curtir a nossa casa, enquanto a Letícia não chega-sorri safada o olhando-ainda não estreamos a nossa cama
-Absurdo isso-me olhou safado, e pulei no colo dele enlaçando minhas pernas na sua cintura
-Vamos aproveitar para conhecer cada cantinho da nossa casa?-mordi os lábios o olhando
-Cada pedacinho-sussurrou beijando meu pescoço, e senti ele me carregando para algum lugar, certamente para o nosso quarto
Léo me levou entre beijos e provocações para o nosso quarto, me colocou deitada sobre a nossa cama, se deitou sobre mim me dando um beijo quente, pois ainda estávamos em clima de lua de mel, e com certeza não se apagaria tão cedo o nosso fogo, já que agora estamos casados, não estamos desperdiçando nenhuma oportunidade de fazer amor. Depois de muito amor, pela primeira vez no nosso quarto, tomamos um banho aconchegante, trocando carinhos embaixo do chuveiro, e como uma das qualidades do meu marido é cozinhar bem, seguimos para a cozinha, e ele me fez ajudá-lo na nossa primeira receita, juntos na nossa casa, pois tudo que estávamos fazendo pela primeira vez depois de casados, tinha mais emoção, e até mesmo na hora de cozinhar não foi diferente.
-Preciso buscar o meu bebê-disse após termos jantado, e estarmos trocando beijos no sofá
-A Letícia ainda está em São Paulo, não está?
-Sim, mas tô falando do Bruno, ele ta com a minha mãe
-Verdade, é seu outro filho-ele riu-mesmo velinho, você não esquece dele
-Claro que não, vamos buscar ele, e já aproveitamos para visitar a minha mãe, tomara que ela não fique com piadinhas bobas-revirei os olhos e ele riu
-Sua mãe não tem cara que faz isso amor
-Você não sabe o quanto a dona Vera é terrível, casou comigo e mal conhece a sogra que tem
-Para mim ela sempre foi gente boa, mas se ela zoar a gente, vamos entrar na brincadeira, para de ser ranzinza meu amor, parece idosa reclamando assim-disse rindo
-Você se casou com uma idosa e agora está reclamando disso?-o olhei rindo
-Uma idosa, bem gostosa-disse safado apertando a minha bunda
-Para de me provocar amor, se não vamos só amanhã buscar o Bruno
-O que não seria má ideia, porque ainda não fizemos amor na cozinha, na sala, no corredor...-começou inumerar os cômodos da casa e já veio para cima de mim me beijando outra vez, e eu não pude resistir
-Melhor deixar para pegar ele amanhã cedo, porque eu quero aproveitar um pouco mais o meu marido gostoso-disse safada e sem folego, o puxando para mais um beijo quente no sofá, pois ali seria mais um cenário do nosso amor
A noite passou voando, e depois de exaustos, decidimos ir dormir, para descansar da viagem, e de todo o nosso fogo, para no dia seguinte irmos buscar o Bruno na casa da minha mãe, e estarmos dispostos para receber a Letícia em casa, pois Marina ficou de trazer ela para o Rio, e por mais que ela goste do Léo e esteja feliz com o nosso casamento, vai ser algo novo para ela, dividir o mesmo teto que ele, e ter que aprender a ser uma família comigo e o meu marido, que tem se mostrado ser um bom padrasto e eu tenho certeza que os dois sempre vão se dar muito bem.
-Bom dia meu bebê, que saudade-já cheguei na casa da minha mãe e peguei Bruno no colo, que veio todo feliz latindo a abanando o rabo ao me ver
-Agora que está com a sua bola de pelos no colo, pode ficar tranquila meu amor-disse Léo o fazendo carinho
-Bom dia mãe, obrigada por ter cuidado dele por esses dias-agradeci a abraçando
-Não foi nada demais minha filha, o importante é que você está feliz com o seu marido-sorriu olhando para o Léo-nem acredito que você é uma mulher casada, e que vi isso acontecer antes de morrer
-Mãe, quanto exagero-a olhei brava, pelo comentário bobo
-Sogra, você ainda vai ver e viver muita coisa boa, junto com a gente-disse Léo
-Assim espero meu filho, porque agora você também é um filho para mim-disse minha mãe o abraçando
-É uma honra para mim dona Vera, ser tratado como um filho seu
-Como eu só tenho a Rebeca, nada mais justo, que o meu único genro seja tratado como um filho também-ela sorriu-e falando em filhos, já estão providenciando mais netos para mim, não estão?-nos olhou safada
-Mãe, não começa com isso-a olhei brava e Léo riu
-Bem que você disse que a sua mãe é terrível
-Rebeca sempre falando mal de mim para as pessoas-minha mãe me olhou brava-mas pelo menos sou sincera, e por isso peço que façam logo os meus netos
-Você já tem a Letícia de neta, não está bom? eu já não estou com pique para ter criança nenhuma-disse sincera
-Mas você precisa ter pelo menos mais um, com o seu marido, ou acha que ele vai querer apenas criar a filha que você teve com outro?
-Mãe, é melhor a gente ir embora-disse já irritada com esse assunto-obrigada por cuidar do meu cachorro, mas agora eu tenho meu marido, minha casa, minha filha, e a minha vida para cuidar, se quiser ver a gente avisa que vai nos visitar, e quando for, não enche o saco e nem da pitacos sobre a nossa vida, então passar bem-disse pegando as coisinhas de Bruno, e saindo do apartamento dela
-Amor, não precisava ser grossa com a sua mãe-disse Léo entrando no elevador minutos depois, pois certamente se desculpou com a minha mãe, e se despediu dela
-Eu só não tenho mais idade para ela ficar querendo exigir alguma coisa de mim, ou controlar a minha vida
-Mas ela tem o direito de expor o que pensa, assim como você faz o tempo todo, por isso vocês são extremamente parecidas, gostam de ser controladoras, independentes, são teimosas, e não gostam de ouvir os outros-disse Léo me olhando sério e respirei fundo para não discutir com ele-não falou nada porque concorda comigo, e está tudo bem, eu te amo mesmo assim, minha chatinha-me abraçou de lado e beijou minha testa
Voltamos para a nossa casa, e Bruno estava receoso, estranhando o ambiente, até que começou a andar de um lado para o outro cheirando tudo, fez xixi em alguns lugares, o que era típico dele para marcar terrítório, até entender que ali era a casa dele, e eu deixei ele á vontade, pois depois limparia a sujeira dele, já que o importante era ele se adaptar. Durante o dia, eu e o Léo fomos desfazer nossas malas, organizar algumas coisas, até que ouvimos a campainha tocar, e eu fui toda feliz abrir a porta, vendo a minha pequena correr para o meu colo e me dar um abraço apertado.
-Oi meu amor, que saudade de você-a abracei forte-ficou bem durante esses dias sem a mamãe?-a perguntei e ela assentiu
-Também senti saudades mamãe, mas eu fiquei de boa com a vovó Vera, depois a minha Dinda me levou para São Paulo, eu brinquei muito com o meu priminho, minhas tias, e o meu papai tava meio chato, mas eu também gostei de ter ficado com ele-Letícia já chegou disparando a falar, me contando tudo o que fez
-Que bom meu amor, está cansada? quer comer alguma coisa?
-Eu tô com fome sim, o que tem para comer?
-Tem quase nada, porque eu e o Léo chegamos ontem de viagem, inclusive, vai lá dar um abraço nele
-Oi tio Léo-disse Letícia indo o abraçar
-Oi princesa, que bom que voltou, agora está na nossa casa Le-disse todo feliz a abraçando
-Oi amiga, obrigada por cuidar dela, a levar e trazer em segurança-disse abraçando Marina
-Imagina Beca, eu só fiz o que com certeza você faria por mim, não é sacrifício nenhum cuidar da Letícia, sem contar que eu amo a minha afilhada-sorriu a olhando conversar animada com o Léo-e vocês?-me olhou maliciosa
-Estamos muito bem, muito felizes, e a nossa lua de mel foi incrível-a olhei sorrindo
-Está estampado no seu rosto a sua felicidade Beca, e eu fico feliz vendo você assim, com esse brilho nos olhos, vivendo esse amor
-É porque eu casei com um homem lindo, e incrível-sorri o olhando
-Com você falando assim, não tenho dúvidas-disse rindo
Enquanto eu fiquei conversando com Marina na sala, Letícia já estava toda feliz andando pela casa, foi correndo levar suas coisas para o seu novo quarto, e Léo fez questão de ir preparar um lanche para a gente. Marina tinha vindo sozinha dessa vez, então ficaria no Rio apenas essa noite, e voltaria no dia seguinte para São Paulo, pois ela deixou o Gael com a dona Marizete, e já estava sofrendo de saudades do filho dela, que está cada dia mais lindo, e eu amo o meu afilhadinho, mas amo ainda mais a mãe dele, que ainda continua sendo a minha melhor amiga. O dia passou voando, e acabamos almoçando tarde, fazendo o pedido de comida em um restaurante perto da minha casa nova, para provar se a comida era boa, e realmente estava tudo muito gostoso, e enquanto eu e Marina fomos cuidar da louça do almoço, Léo inventou de ir buscar sorvete de sobremesa, e Letícia obviamente quis ir juntos, pois ela gosta de escolher os sabores de todo mundo, principalmente os dela.
-Mari, e como está o Luan?-a perguntei quando estavamos a sós, e eu estava meio receosa com a resposta
-Está meio deprecivo, nos primeiros dias ele estava bem pior, mas nós conversamos muito com ele, e mesmo tentando disfarçar que estava bem perto da Letícia, ás vezes ele preferia ficar mais no canto dele-ela suspirou-ele ligou para a Thifany fazendo as pazes, mas ela não quis ir ver ele, o que o deixou mais mal ainda-ela riu de canto
-Coitado, pensei que a Thifany gostava dele
-No fundo ela deve gostar, mas ele não gosta dela o suficiente, e mulher nenhuma tem que receber migalhas, ou ser o prêmio de consolação de homem carente
-Por esse lado ela está certa, mas acho que logo os dois reatam, e ficam naquele grude-revirei os olhos, me lembrando de algumas fotos que os dois já postaram juntos
-Pois é, achei bem rídiculo aquele ensaio de dia dos namorados, com ela praticamente pelada-disse Marina rindo-meu irmão se presta a cada papel por causa de mulher
-Só aquela lá para aceitar isso, porque comigo nunca que eu faria aquele tipo de foto, é bizarro
-E isso só mostra que no fundo, você ainda se preocupa com ele-disse Marina me batendo de leve com o pano de prato
-Mas é claro, ele é o pai da minha filha, não quero ver ele mal, não quero ver ele sofrendo, a minha história com o Luan não deu certo, mas ainda temos uma filha juntos, e isso é para o resto das nossas vidas
-Você amadureceu muito Beca, em pensar dessa forma, em se preocupar com o bem estar do meu irmão, mesmo tendo seguido em frente e se casado com outro
-Eu tenho sentimentos, não sou de pedra Marina, agora chega de falar do Luan, se o Léo e a Le chegarem e ouvirem isso, eu estou lascada
-Quem começou perguntando do meu irmão foi você-ela riu-mas está certa amiga, sobre ex não se comenta
Era muito bom ter certos momentos a sós com a Marina, onde podíamos conversar, e ser nós mesmas, pois com ela eu não tinha segredos, nem receios, ela é a pessoa que melhor me entende apenas pelo meu olhar ou pelo tom da minha voz, então eu me sinto até mal quando tenho que esconder algo dela, e agora que não estamos mais tão perto uma da outra, nesses pequenos momentos que temos juntas, é a hora de falarmos sobre tudo e mais um pouco. Logo o Léo e a Letícia chegaram, trazendo vários sorvetes, e então nos sentamos no chão da sala, para comer sorvete e assistir filme, como se fossemos adolescentes, e estava sendo incrível passar o primeiro dia na minha casa nova na companhia das pessoas que eu mais amo, meu marido, minha filha, minha melhor amiga, e também o meu cachorro, que a todo momento estava perto de mim.
[...]
O meu primeiro mês de casamento passou voando, e como foi a fase de adaptação da nossa rotina, tanto minha, do Léo e da Letícia, quanto de mudanças na casa, pois é claro que agora que moramos nela, eu estava mudando tudo para ficar do meu agrado, sem contar nas visitas de todos os amigos e familiares para saberem como estamos lidando com o casamento, e também para conhecerem a nossa casa.
-Bom dia filhota, olha o que mandaram te entregar-meu pai entrou na minha sala, entregando uma caxinha e um buquê, o que me fez sorrir
-Bom dia pai, que coisa mais linda, quem mandou?-disse recebendo toda feliz logo cedo os meus presentes
-Quem mais seria Beca? foi o seu marido
-Ele sempre me surpreendendo-sorri abrindo o bilhete que veio-"Bom dia minha esposa amada, para te fazer lembrar que é o nosso primeiro mês juntos, e para adoçar o seu dia, te mandei uma caixinha cheia de beijinhos, pois não pude te dar nenhum hoje cedo, e como comemoração das nossas bodas de beijinhos, me espera hoje á noite para te beijar muito, te amo e tenha um dia lindo como o nosso amor, do seu marido, Leonardo"-li o bilhete toda emocionada e meu pai sorriu ouvindo
-Que marido romântico, já começou o dia lembrando das bodas do primeiro mês de casamento, e te mandando presente, esse sim sabe surpreender
-Me surpreendeu muito, porque nem eu lembrei disso-ri do meu esquecimento-ele está de plantão desde ontem, então nem passou pela minha cabeça que já estamos fazendo um mês de casamento
-Vocês tem a vida corrida, esquecer certas datas ás vezes faz parte, mas não tão recentemente minha filha
-Eu ando muito voada mesmo, mas é claro que vou fazer alguma surpresa para ele também, e obrigada por trazer a encomenda do meu marido-sorri para ele
-Assim que vi que chegou uma entrega para você, fiz questão de trazer, ainda mais quando vi que era do meu genro
-Você e a minha mãe adoram puxar o saco dele-ri revirando os olhos
-Eu e sua mãe discordamos de muita coisa, mas concordamos em ver você feliz Rebeca, e ainda bem que o doutor Leonardo cumpre esse papel muito bem
-Pode ter certeza que sim pai, ele é um execelente marido-disse toda sorridente
-Esse seu sorriso diz tudo minha filha-sorriu de volta-e já aproveitando do assunto, não esquece que o meu casamento está chegando
-Impossível esquecer pai-sorri amarelo, pois a noiva dele era difícil de engolir
-Finalmente a Jéssica concordou em marcarmos uma data, e logo ela volta de Barcelona, e vai vir com a família dela para o Brasil, para o nosso casamento
-Vocês noivaram primeiro do que eu, e só agora vão se casar, mas que bom que finalmente marcaram a data
-Eu sei que ela estava dividida no começo, em ter que ficar comigo no Brasil, e ver com menos frequência a família dela, sem contar na transferência do trabalho dela, e isso não é uma coisa que se consegue da noite para o dia
-Mas pelo visto deu tudo certo pai, agora se acalma e aguarda que logo chega o seu grande dia
-Sim, ela vai vir um pouco antes para ver os preparativos, e com certeza vamos precisar da sua ajuda minha filha
-Pode contar comigo pai, vai ser lindo o seu casamento-sorri amarelo, e já estava sem saco para esse assunto-agora se puder me dar licença, eu preciso trabalhar pai
-Claro que sim minha filha, afinal tempo é dinheiro
Meu pai saiu da minha sala e respirei fundo, não gostava daquela noiva dele, sentia que ela era alguém com interesse, e ele estava apaixonado demais para perceber isso, pois a mulher só noivou com ele e depois sumiu do Brasil e não apareceu nem para vir no meu casamento, o que eu achei ótimo, mas como a vida é do meu pai, ele quem escolheu se casar com essa mulher, então ele quem se resolva com ela. Abri a minha caixinha de beijinhos e eram a coisa mais fofa, claro que eu não iria deixar de postar e compartilhar todo o carinho que recebi do meu marido, então tirei foto da caixinha de doce, do buquê de flores, fiz umas edições bonitinhas, e postei.
@becasanches : Feliz um mês de casamento meu amor @drleoreis, feliz bodas de beijinhos.
Te amo! 👩❤️💋👨❤️
Claro que depois da postagem, choveu de comentários e mensagens, respondi apenas quem era relevante, e depois saí das redes sociais, pois se eu ficasse ali dando atenção para todos que curtiram e comentaram, eu não iria trabalhar nem fazer mais nada produtivo no meu dia.
[...]
Alguns dias se passaram, e a querida noiva do meu pai estava de volta, claro que ele outra vez fez um jantar na casa dele, para comemorar que marcaram a data do casamento e começarem os preparativos, e eu só fui naquela festa para não fazer desfeita com o meu pai, pois era muito entediante para mim aturar aquela mulher, que além de ter a maior cara de falsa, ainda me da arrepios devido a semelhança com a ex falecida louca do Luan.
-Que bom que aceitou me ajudar com os preparativos do meu casamento Beca-disse Jéssica toda feliz, quando fui com ela na loja de flores para a decoração do casamento
-Que fique claro, que estou fazendo isso pelo meu pai-a disse séria e grossa e ela riu sarcastica
-Isso é medo de perder a herança?
-Eu não me preocupo com a herança do meu pai, já você para estar tocando no assunto, já deve estar até colocando ele na cova
-Eu amo o seu pai queridinha, então evita falar comigo, e só me ajuda a escolher a decoração do meu casamento com o Sérgio, para depois você ficar livre de mim, ou não-riu debochada e eu revirei os olhos
Jéssica era muito exigente e bem enjoada, queria flores raras, da estação, e umas coisas que eu nunca vi nem em filme, só na cabeça dessa criatura deve existir isso, e eu apenas dava a minha opinião, do que ficaria feio ou bonito, pois mesmo não gostando dela, não quero que o meu pai passe vergonha no dia do casamento dele. Como últimamente eu estava ajudando Jéssica, meu pai nem estava se preocupando se eu iria trabalhar ou deixava de ir, pois ele sabia que quando eu me dedico a alguma coisa, eu preciso estar totalmente concentrada naquilo, então ele estava era me agradecendo por ajudar no casamento, mesmo eu não sendo a pessoa mais feliz com essa decisão dele.
-E a questão dos bancos, quer tudo branco ou pode ser marrom?-perguntei a Jéssica, enquanto eu fazia todo o modelo do local da cerimônia em 4D no meu notebook
-Branco, é óbvio
-Mas as flores já são brancas, acho que o marrom iria...
-O casamento é meu queridinha, sou eu quem decido-disse autoritária e eu revirei os olhos
-Tudo sob controle por aqui?-disse meu pai entrando na minha sala, onde eu estava com a noiva dele, montando o cenário do casamento
-Tudo perfeito meu bem-ela disse indo o dar um beijo, e grudando no pescoço dele-inclusive, Bequinha, acho que por hoje está bom
-Você quem manda Jéssiquinha-sorri amarelo para ela e meu pai riu
-Estou gostando de ver vocês duas se dando bem, mas como a minha linda deve estar cansada, que tal nos arrumarmos e sairmos para jantar?-meu pai sugeriu conversando com a noiva dele
-Ótima idéia meu amor-ela o deu um beijo
-Tchau minha filha, assim que terminar pode ir embora descansar-disse meu pai
-Pode deixar pai, só estou desligando aqui
-Tchau queridinha, obrigada pela ajuda-disse Jéssica acenando para mim e saindo de mãos dadas com o meu pai da minha sala
-Tchau sua rídicula-disse após eles saírem
Finalizei meus projetos, e salvei as alterações do cenário do casamento, então desliguei meu notebook, guardei alguns papéis importantes na gaveta da minha mesa, peguei minha bolsa e enfim voltei para casa, após mais um dia cansativo.
-Oi meus amores-cheguei em casa, e vi Letícia fazendo a lição de casa com a ajuda de Léo, e Bruno deitado perto deles na maior folga-ninguem vem me dar beijo, nem abraço?
-Estou concentrada fazendo tarefa mamãe, e o tio Léo ta me ajudando
-Estou vendo mesmo, nem o Bruno veio me receber, que cachorro preguiçoso-reclamei
-Vem aqui dar um beijo na gente amor-disse Léo e fui até eles, dando um beijo na testa da minha filha, um selinho dele, e alisando a barriga do Bruno
-Hoje foi mais um dia daqueles-revirei os olhos e o Léo riu
-Ainda ajudando a sua querida madrasta?
-Por livre e espontânea pressão-bufei
-Le, eu já te expliquei o que tem que fazer, consegue terminar a sua tarefa sozinha?-Léo a perguntou e ela assentiu
-Sim, é fácil-disse Letícia toda esperta
-Beleza-os dois deram um toque com a mão e ele se levantou-porque agora vou fazer uma massagem na sua mãe, que está cansada e estressada do trabalho
-Muito cansada e estressada-bufei de novo e ele me abraçou pela cintura
-Vem tomar um banho gostoso e ganhar uma massagem, que você vai ficar novinha em folha meu amor-disse Léo sussurrando com carinho no meu ouvido
Segui para o banheiro na companhia do meu marido, que preparou um banho bem gostoso na banheira para mim, e fez questão de entrar comigo, e fazer massagem nas minhas costas, se sentando atrás de mim, enquanto eu respirava fundo e relaxava.
-Que marido maravilhoso que eu tenho-suspirei sentindo ele começar a beijar meu pescoço depois da massagem
-Conseguiu relaxar meu amor?-perguntou sussurrando no meu ouvido enquanto me abraçava e assenti
-Estava precisando disso, de carinho, de massagem, e de ficar grudada no meu marido-virei o meu pescoço o olhando e ele me beijou
-Está muito carente, e se estressando atoa com essa história de casamento do seu pai, isso não faz bem para você meu amor, já te falei para largar mão disso
-Mas eu estou fazendo pelo meu pai, já está chegando o dia do casamento dele, logo essa loucura e estresse acabam
-Mesmo assim, isso faz mal para você, e para o nosso bebê-disse todo preocupado colocando as mãos sobre a minha barriga, e coloquei minhas mãos sobre as dele
-Nós dois estamos bem, não fica preocupado
-Não acha que devemos contar logo sobre a sua gravidez?
-Ainda não, eu quero esperar passar o casamento do meu pai, assim vamos ficar mais tranquilos, e a minha mãe vai ter uma alegria para comemorar, porque eu sei que ela está mal com essa história do meu pai casando outra vez
-Então esse é um segredo só nosso?
-Sim, só interessa a nós dois saber disso por enquanto, até porque estou de três semanas, e você só descobriu porque é um médico muito bom, nem eu tinha percebido que estava grávida
-Mas ainda bem que fez o teste-ele sorriu-estou muito feliz em saber que vou ser papai
-Você merece essa felicidade meu amor-o beijei-tenho certeza que você vai ser o melhor pai do mundo, pois já me ajuda tanto com a Letícia, nosso filho vai ter muita sorte em ter você como pai
-Sorte dele é ter uma mãe linda, gata, e que é o amor da minha vida-sussurrou todo fofo e me puxou para um beijo
Há poucos dias eu havia descoberto que estava grávida, pois em meio a toda tensão e estresse dos últimos dias, eu nem tinha reparado que minha menstruação estava atrasada, e que os leves enjoos e tonturas que estava tendo era por conta da gravidez, porque para mim era qualquer outra coisa, má alimentação, estresse excessivo, mas como eu tenho um marido que é um ótimo médico e homem observador, ele se atentou aos sinais e me falou que eu estava grávida, antes mesmo de fazer o teste e dar positivo.
Chegou o dia do casamento do meu pai com a Jéssica, e esse já começou sendo um dia péssimo para mim, pois acordei vomitando muito, começo de gravidez é horrível, devido os sintomas aparecendo, mas logo o meu marido me medicou com algo que iria me ajudar a diminuir os enjoos, e também ficou atento caso eu sentisse algum outro sintoma pior. A cerimônia de casamento seria na mansão do meu pai, e claro que seria só no civil, algo bem parecido com o meu casamento, pois o meu pai era um homem divorciado, e claro que não iria desperdiçar todo o espaço da mansão dele para fazer um casamento cheio de pompa e fino. Durante o dia eu e Letícia fomos nos arrumar no salão, pois ela seria dama de honra mais uma vez, e estava toda feliz com isso, e eu como filha do noivo, iria entrar com ele até o altar, algo bem simbólico, que para ele iria significar muito, e depois iria ficar ainda no altar ao lado do meu marido, como padrinhos do casamento, eu realmente devo amar muito o meu pai para me sujeitar a esse papel. Como eu estava ajudando na organização do casamento, tive que chegar um pouco mais cedo, depois de já estar arrumada, para ver se estava tudo certo, conferir os detalhes para a noiva, que obviamente chegaria depois de todo mundo, e me surpreendi com Jéssica me mandando uma mensagem, quando eu estava vendo os últimos detalhes da cerimônia, pois ela já estava na casa do meu pai, e queria conversar comigo antes do casamento, respirei fundo e fui até ela, que estava no quarto do meu pai, no andar de cima da casa.
-Oi Jéssica, queria me ver?-entrei no quarto em que ela estava sozinha, já vestida de noiva
-Sim, queria perguntar se está tudo como planejei?
-Sim, está tudo certo, os convidados já estão chegando, os músicos se posicionando...
-Perfeito-sorriu largo
-Não sabia que chegaria mais cedo-comentei estranhando
-Acabei ficando pronta mais cedo, então quis vir e esperar aqui dentro até a hora da cerimônia, por isso estou escondida no quarto, daqui observo o movimento-me mostrou pela janela o local que ela conseguia ver
-Então vai ter que aguentar bem-ri a olhando-até dar a sua hora de entrar, vai demorar um pouco
-Eu sei, a noiva é o centro das atenções, por isso vou fazer uma entrada triunfal
-Sei como é, já passei por isso-sorri me lembrando do meu casamento-e Jéssica-respirei fundo a olhando-eu sei que não somos melhores amigas, que temos nossas diferenças, mas você vai se casar com o meu pai, então eu quero ter um bom convivio com você, e te pedir para fazer o meu pai feliz, pois ele ama muito você
-É isso que me deixa feliz, saber que ele me ama-sorriu me olhando
-Bom, agora eu preciso voltar para o local da cerimônia, e logo você vai descer para celebrar seu grande dia-sorri a olhando
-Não vejo a hora-disse sorrindo
Saí do quarto, e respirei fundo, eu não gostava dela, mas torcia do fundo do meu coração para ela fazer o meu pai feliz, e quando fui descer as escadas para voltar para o local da cerimônia, senti uma presença atrás de mim, e no reflexo que me virei, vi que Jéssica estava atrás de mim quase me empurrando escada a baixo.
-Ficou louca? você iria me empurrar?-a encarei
-Chega de bancar a boazinha com você, cansei desse jogo-disse tentando me empurrar pelos meus ombros, mas segurei firme no corrimão, e ela caiu sentada no chão do corredor, enquanto que eu saí correndo para o escritório do meu pai, onde vi que a porta estava aberta, para ficar longe daquela louca
-Não chega perto de mim-a ameacei com uma estatueta de decoração e ela riu da minha cara
-Para de ser ridícula Rebeca, não tenho medo de você
-O que você quer de mim sua louca? porque está fazendo isso?
-Eu acho que você não sabe nada sobre mim, queridinha-me olhou parecendo uma psicopata
-Ou sei até demais, Jaqueline, é você? porque fingiu estar morta?-a questionei, pois essa era a única explicação
-Não sou a Jaqueline, infelizmente a minha irmãzinha morreu mesmo, ops-disse sarcastica como se tivesse me contando um segredo
-O que? você é irmã daquela louca?-a olhei desacreditada-a psicopatia é de família
-Não queridinha, a arte de querer se dar bem, apenas isso-riu sarcastica-mas infelizmente a minha irmãzinha era muito burra, e apaixonada por aquele cantor idiota, eu já estava cansada dela reclamar dele, que ele não a amava, e tudo mais-ela revirou os olhos
-Então você conhece o Luan, e com certeza sabe sobre mim e ele, está fazendo isso tudo para se vingar de mim?
-Na verdade, estou me livrando de você-riu abrindo uma gaveta e pegando uma arma-ou acha que eu não pensei em cada detalhe do meu plano Rebeca? a minha irmã não morreu por culpa da paixão doentia que ela tinha por aquele cantor idiota, ela morreu por sua culpa-me apontou a arma feito uma louca e eu estava apavorada
-Eu não fiz nada com a Jaqueline, ela se matou porque quis, nunca fiz mal a ela
-Você quem pensa, é por sua culpa que o Luan iria deixar a minha irmã de vez, ela estava desesperada, totalmente fora de si quando soube que você engravidou do então noivo dela, e que ele iria a deixar, para ficar com você, então eu sugeri o veneno para ela dar a você, mas a burra, preferiu se matar e tentar matar o grande amor da vida dela, e no fim só ela se deu mal, e você se livrou, passou ilesa, como se a causa da morte da minha irmã não fosse culpa sua Rebeca
-Para de me culpar Jéssica, você é muito mais louca do que ela, que obssessão doentia é essa por mim? por isso você se aproximou do meu pai, da minha família, para no final ter sua vingança? ou acha que me matando agora, você vai sair ilesa?
-Ou posso muito bem, usar isso ao meu favor, querida Rebeca, eu já tenho todo o meu plano traçado-ria feito uma louca-eu adiei o máximo que pude esse casamento ridículo, para que o meu plano fosse executado com maestria, ou acha mesmo que eu iria ser feliz ao lado daquele velho caquético? tenho repugnância a cada toque dele-fez cara de nojo, e minha vontade era voar no pescoço dela, por ela estar falando do meu pai
-Você é doente, porque está fazendo isso?-a olhava com medo, pois ela realmente parecia uma psicopata me encarando friamente
-Para começar, após a morte trágica da minha irmã, é lógico que eu não iria deixar você em paz, um dia te faria pagar pelo o que aconteceu com ela, então comecei a pesquisar mais sobre a sua vida, sua família, já que o cantor estava prestes a morrer mesmo, então se ele morresse seria um peso a menos, mas infelizmente ele se salvou, e mesmo assim, eu fiquei esperando o momento de agir, porque a minha família realmente tem muito dinheiro, e na verdade acho que tem mais um segredinho que você não sabe-ria maquiavélica, ela era literalmente louca-como daqui a pouco eu vou te matar, é hora de te contar tudo, e para começo de conversa, eu e a minha querida irmã gêmea, tivemos que ser separadas assim que nascemos, devido a uma velha louca que nos ameaçava, já que o meu pai dormiu com a filha dela, que era empregada dos meus pais, então a burra engravidou, e o meu pai obviamente a forçou a abortar, mas como pobre não tem noção, a menina morreu e a velha se revoltou, mas como o meu pai não era idiota, fez a família se mudar para Barcelona, ficando ele com a minha mãe grávida nas últimas semanas de gestação na casa dos meus tios, até nós nascermos, e para ninguem nunca descobrir o que aconteceu, eu fui criada como filha pelos meus tios de Barcelona, enquanto que a Jaqueline azarada voltou para o Brasil com os nossos pais, e eles logo se separaram, então ela vivia jogada de um lado para o outro, descobrimos um pouco mais velhas essa história toda, mas continuamos mantendo as aparências, porém nos cuidando como irmãs, e quando ela conheceu o tal do Luan Santana, que era um cantor em ínicio de carreira, da cidade natal dela, e tudo mais, a idiota se apegou pois foi o primeiro namorado e tudo mais, e mesmo com ele a traindo, terminando milhões de vezes, ela ainda corria atrás, até o fatidico dia, que ela morreu por culpa dele e sua-me apontou com a arma, e eu ainda processava toda essa história, era uma pessoa mais cruel do que a outra nessa família-e então querida Rebeca, depois de alguns anos, por coincidência do destino, conheci seu velho pai, claro que o velho ficou encantado com a minha beleza, e quando reconheci quem ele era, então ele seria a isca perfeita para por o meu plano em prática, namoramos um tempo até ele enfim me assumir e noivarmos, depois tive tempo para pensar em como me livrar de você, e agora estamos aqui, frente a frente, com você sabendo de toda a verdade, mas infelizmente prestes a morrer sua rídicula, porque a partir do momento que eu atirar-engatilhou a arma-eu já tenho a história perfeita para contar-ria se sentindo vencida-você como a filha egoista, e que não queria me aceitar na vida do seu pai, quis me matar, mas eu tomei a arma de você, e atirei como legitima defesa, ou seja, eu quem vou ficar com sua herança de recompensa, e quais são suas últimas palavras Rebeca?
-Vai se ferrar sua vadia-gritei a tacando o objeto, e ela veio para cima de mim
-Ótimo, me machuca mesmo, vai ser muito bom ter uma justificativa-riu vendo que o objeto a acertou
-Para com isso Jéssica, abaixa essa arma, você não vai ganhar nada atirando em mim
-Vou ganhar o prazer, de me vingar pela minha irmã-esbravejou mirando a arma na minha cabeça
-O que está acontecendo aqui?-nos assustamos vendo o meu pai entrar no escritório-Jéssica, o que está fazendo?-a olhou assustado
-Que ótimo, agora o velho apareceu-disse irritada-ergue as mãos-o fez erguer as mãos e o colocou perto de mim, também rendido
-Velho? desde quando você me trata assim e aponta uma arma para a minha filha? ficou louca?-a encarou e tentou se aproximar dela
-Pai, ela é louca-o olhei chorando-faz alguma coisa
-Jéssica, solta essa arma, vamos conversar-ele a pediu
-Não quero conversa com você velho nojento-gritou irritada nos apontando a arma-agora vou ter que me livrar de vocês dois
Enquanto Jéssica esbravejava e gritava, percebi que o Léo apareceu na porta do escritório, e nos olhou assustado percebendo o que acontecia lá dentro, tentei fazer sinal para ele correr e chamar ajuda, mas a Jéssica percebeu e se virou para o olhar.
-Mais um para a fila, entra e se junta a eles-disse apontando a arma para ele, e no momento que ela se virou, foi o suficiente para o meu pai voar nela e tentar tirar a arma da mão dela
-Solta essa arma Jéssica-disse meu pai tentando arrancar a arma dela, e o Léo me vendo assustada e paralizada veio correndo me abraçar
-Ta tudo bem meu amor, eu estou aqui-tentou me acalmar, e as minhas pernas tremiam de medo
-Me tira daqui-o pedi sem nem saber como se anda, e enquanto o meu pai e a Jéssica ainda estavam em uma luta corporal, para ele tirar a arma dela, só consegui ouvir ela gritando
-Você não vai fugir sua vadia-Jéssica gritou com toda a raiva do mundo mirando a arma na minha direção, e eu estava imóvel, quando ouvi o barulho do tiro
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Olá meus amores, mais um capitulo intenso e cheio de revelações, o que será que vai acontecer? comentem muitooo, que logo posto mais, beijos.
Rebeca está estragando tudooo
ResponderExcluirEssa gravidez vai até o final? Não é possível pfv
ResponderExcluirChocadaaaa.. acho que esse tiro pegou no Léo 😱
ResponderExcluirBomba atrás de bomba
ResponderExcluirQue tudo fique em paz.. e essa louca vai presa
ResponderExcluirContinuaaaa