Rebeca me encarou, engoliu sua água com gás e parecia pensar no que iria me dizer, mas pelo menos fui sincero, e já estava há algum tempo tentando conversar sobre isso com ela, pois estava me sufocando carregar tudo isso sozinho.
-Beca, desculpa te falar tudo de uma vez-a olhei receoso e ela respirou fundo-eu só...
-Luan, eu fico feliz que esteja recuperando a sua memória, mas aqui não é lugar e nem momento para falarmos sobre isso-me cortou toda seca-se quiser ficar e esperar pelo seu café, eu vou voltar para a sala de espera, porque não quero perder nenhuma notícia da minha amiga e do meu afilhado-disse se levantando da mesa e eu apenas assenti, a vendo sair da cafeteria
Tomei o meu café sozinho, e para agradar a minha filha, comprei um chocolate para ela, então logo voltei para a sala de espera, onde a família estava reunida. Ainda se passou mais de meia hora, até recebermos a notícia de que a minha irmã Marina havia dado a luz, e que o nosso tão esperado Gael nasceu, o que fez todos chorarem de felicidade, e ficarmos ansiosos para conhece-lo. Foi uma alegria tão grande ver o meu sobrinho e afilhado pela primeira vez, ele era muito chorão, e era um bebê grande e saudavél, aos poucos fomos liberados para ver a Marina e o Gael, pois o parto dela foi normal, então mãe e filho já estavam juntinhos no mesmo quarto, para receberem a visita da família.
-Eu nem me lembrava mais como era segurar um bebê, ainda bem que ele amou o colo da Dinda-dizia Rebeca toda boba já grudada em Gael, com ele em seu colo
-Pode ter certeza que ele vai ficar muito no seu colo amiga-disse Marina, olhando toda feliz a amiga com o bebê no colo
-Mas pode ter certeza que o da vovó é mais gostoso-disse minha mãe já querendo pegar ele outra vez
-A titia quer aproveitar também, enquanto não tenho os meus-disse Bruna
-É muito colo para um Gael só-disse rindo, vendo o tanto de gente o paparicando, e Letícia estava com um bico enorme ao meu lado
-Papai, que hora vamos embora?-me olhou com tédio
-Le, para de pedir para ir embora, sua tia vai se chatear com isso-sussurrei para ela
-Então me leva para comer pão de queijo com toddy-pediu toda manhosa
-Agora? é feio sairmos daqui meu amor, temos que ficar pelo menos mais um pouco-tentei a convencer
-Vou pedir para o meu vô me levar-disse indo cutucar o meu pai
Fiquei observando o drama de Letícia para convercer o meu pai a sair dali com ela, e como o quarto estava com muita gente para mimar o Gael, e meu pai já tinha o pegado um pouco, ele nunca fala não para a neta, e discretamente saiu dali com ela, o que me fez rir do quanto a minha filha podia ser convincente com os avós.
-Cadê a Letícia?-Beca já veio me perguntar assim que a viu sair com o meu pai
-Quis comer pão de queijo com toddy, e o meu pai foi levar
-Não acredito que ela começou com as birras e ciumes do Gael, na hora que nós fomos na cafeteria ela nem ligou, e agora quis fazer graça
-Isso é normal, mas vamos ter que controlar ela, porque foi feio eles sairem-disse vendo minha mãe toda boba com o neto no colo
-Eu já tinha falado com a Letícia, que ela iria ter que aprender a dividir a atenção de vocês com o Gael, ele é só um bebê-Beca estava indignada
-Logo ela vai amar ter um priminho, então não briga com ela por isso-a pedi e ela suspirou
-Luan, eu já tô cansada de falar certas coisas para a Letícia, você também é pai dela, então agora você fala com ela, minha parte eu já fiz
Beca estava estressada pela atitude da nossa filha, mas logo disfarçou e foi para perto de onde estavam mimando o Gael, e eu não iria ficar longe, pois também estava completamente bobo com o meu sobrinho, era um bebê muito lindo, e eu tinha certeza que puxaria a beleza do meu lado da família. Ficamos um bom tempo com a Marina, o Matheus e o Gael no hospital, mas eles precisavam descansar, então logo voltamos para casa, pois não demoraria para minha irmã e o bebê receberem alta e os recebermos com uma festa linda de boas vindas.
-Agora que chegamos em casa, vou fazer o bolo que você me pediu, porque a princesa da vovó também merece ser mimada-disse minha mãe conversando com Letícia, que estava toda dengosa, pedindo de tudo para todo mundo
-Eu tenho a melhor vovó do mundo-minha filha puxava o saco da minha mãe, enquanto eu e meu pai riamos da situação
-Aproveita mesmo os mimos da sua vó Letícia, porque depois vamos ter uma conversinha-disse Beca a olhando brava e minha filha nem ligou, indo com a minha mãe para a cozinha
-Hoje a Letícia está um apego com a gente-disse meu pai
-Isso é porque o Gael nasceu, e ela não quer perder o trono dela com vocês-ri da minha filha
-Com coisa que ela não vai continuar sendo mimada, principalmente pela sua mãe, que só falta dar comida na boca dela quando está aqui
-Nem fala essas coisas para a Letícia ouvir, muito menos a Beca, que já está uma fera com esse comportamento dela
-É natural criança ter ciumes, você não agiu diferente quando a Bruna nasceu-meu pai riu
-Não lembro disso não-ri junto com ele-só espero que a Le não se lembre disso também, porque logo ela vai ser toda apaixonada pelo priminho, e eles vão ser inseparavéis
-Tomara, mas enquanto o Gael é só um bebê, temos que ir acalmando os animos da Letícia, para ela ver que amamos os dois da mesma forma
-Então vai lá fazer seu papel de vovô coruja, que eu vou falar com a Beca, que não ta nada feliz com o comportamento da nossa filha
Meu pai seguiu para a cozinha atrás da minha mãe e da minha filha, enquanto eu fui atrás de Rebeca, pois ainda queria conversar com ela, e agora seria um bom momento. Ouvi Beca falando com alguém pelo celular no quarto de hospedes, e devia ser o namorado dela, pois ela o chamava de amor, e suspirei vendo que ela realmente parecia gostar daquele médico, esperei ela encerrar a ligação e bati de leve na porta, que só estava encostada, até ela vir abrir.
-Oi Luan, o que quer?
-Podemos conversar?-perguntei e ela assentiu me dando passagem
-A casa é sua, fique a vontade-disse apontando para me sentar na cama
-Mas você está no quarto, então mantenho a educação-ri de canto e ela revirou os olhos
-Fala logo o que quer comigo-disse se sentando ao meu lado-é sobre a Letícia?
-Também-a olhei constrangido-mas é que na verdade queria esclarecer o que te falei na cafeteria do hospital e...
-Luan, não precisa se justificar por nada, o que ficou no passado, vamos deixar no passado, e mesmo que você volte completamente a sua memória, nada vai voltar a ser como antes
-Eu sei disso Beca, mas é que sempre que eu me deito, sempre que fecho os olhos, sou invadido por lembraças, e muitas delas, são de nós-me aproximei dela e fiz carinho em seu rosto
-Luan, não existe mais nós-ela tirou minha mão do seu rosto e me olhou friamente-o único assunto que temos em comum é a Letícia, e se não tiver nada para falar sobre ela, eu gostaria que me deixasse em paz
-Tudo bem-suspirei-então vou te deixar em paz, e sobre a Letícia, fica tranquila que vou conversar com ela sobre os ciumes com o Gael
-Ótimo, uma bela atitude de pai-sorriu forçadamente-agora se puder me dar licença, eu agradeço
-Vou te deixar á vontade-suspirei a olhando e saí do quarto com ela fechando a porta em seguida
Me sentia um completo idiota, por não saber aproveitar as oportunidades que eu tinha perto da Rebeca, temos nos vistos muito raramente, mas eu não consigo tirar ela da minha mente, cada vez tenho lembraças mais fortes de nós dois, e esses acontecimentos do dia de hoje, entre irmos ao hospital ver o Gael nascer, e termos tido pouca conversa, foi o suficiente para me fazer lembrar do quanto a companhia dela me faz bem. Busquei na memória alguns relances de quando ela estava grávida da nossa filha, eu queria tanto ter estado presente em tudo, e era impossível controlar as lágrimas, o sentimento de culpa e a maldita dor de cabeça, sempre que eu tentava me forçar para lembrar um pouquinho a mais do que eu vivi com a Rebeca, então segui para o meu quarto, onde afundei o rosto no travesseiro e chorei, com essa mistura de sentimentos, pensamentos e a dor cabeça explodindo como um bloqueio em meio as memórias que eu queria resgatar.
*Rebeca on.
Eu estava imensamente feliz em ver o meu afilhado nascer, e nem o mal comportamento da Letícia ou as caras e bocas devido os ciumes do pequeno Gael, iriam me tirar a alegria de ter vivido mais uma etapa da vida da minha melhor amiga, ao lado dela. Vim para São Paulo muito de última hora, então acabei tendo que ficar hospedada na casa do Luan, devido também a família dele querer passar um tempo com a Letícia, e ela querer ficar um pouco com o pai, mas aquilo estava me incomodando muito, principalmente pelo fato de Luan começar um papo estranho de ter se lembrado de nós, e isso já estava ficando chato, já era uma história antiga, sem fundamento, sem futuro nenhum, eu estava tão feliz com o Léo, seguindo minha vida no Rio de Janeiro, e o Luan era um completo atraso de vida, pois ele vivia com um olhar de perdido, o que só piorou nas últimas vezes que vi ele. Depois que chegamos do hospital, fui terminar de organizar minhas malas, já que Letícia tinha um quarto só para ela na casa dos avós, então tinha muitas coisas dela ali, e só trazia o essêncial em sua mala, aproveitei para ligar para o Léo, e avisar que ocorreu tudo bem no parto, e que Marina e o Gael estavam bem, quando encerrei a ligação veio Luan de novo me encher o saco com o mesmo assunto, então tive que ser fria com ele e o cortar antes dele se aprofundar no assunto, e me deu pena ao ver a cara dele saindo do quarto, mas eu não poderia voltar atrás, e ele precisava entender que as nossas vidas seguiram rumos diferentes, nossa chance já passou, e a única coisa que temos em comum é a Letícia, que sempre será nossa filha.
[...]
Três meses se passaram, e o tempo estava correndo tanto, que eu mal acreditava que estava chegando o batizado do Gael, que já estava tão esperto, e eu me derretia toda conversando com ele nas vídeos chamadas que eu fazia com Marina, ela como mãe de primeira viagem estava enlouquecendo com as noites sem dormir, o choro, as fraldas, e tudo mais que um bebê nos faz passar, eu não podia estar sempre em São Paulo para a ajudar, mas me esforçava ao máximo para visita-los, e só de ver o meu pequeno afilhado por chamada de vídeo, matava um pouco da saudade de apertar aquele bebê gostoso e gordinho. Letícia ainda sentia ciumes do priminho, mas aos poucos demonstrava que o amava, ainda mais quando era tratada com carinho por Marina, que nunca deixou de mimar a afilhada.
-Cadê o pricipe mais lindo da Dinda?-eu já chegava no apartamento de Marina doida para pegar o Gael
-Bom dia para você também Rebeca, nem para dar um oi para sua amiga-disse Marina abrindo a porta com Gael no colo e eu já fui o pegando
-Bom dia amiga, amo você, mas minha atenção é para ele-sorri indo pegar o Gael que já me dava um sorriso banguela e me jogava os bracinhos
-Oi Dinda, trouxemos um presente para o Gael-disse Letícia entrando logo atrás de mim e entregando o presente para Marina
-Oi meu amor, que saudades-Mari a abraçou-vocês sempre mimando ele-sorriu boba vendo o presente
-Tudo o que vejo para bebê eu já penso no meu afilhado, você também era assim quando a Letícia nasceu-disse o ninando em meu colo
-Mas parou de me dar presente-disse Letícia cruzando os braços emburrada e se sentando no sofá no colo da madrinha dela
-Que Dinda desnaturada que você tem-ri vendo Marina constrangida-mas para de graça, que você já ganhou muito presente da sua madrinha e da família inteira
-Só antes do Gael nascer, a última vez que ganhei presente foi no meu aniversário-Letícia reclamava
-Vai começar com graça Letícia?-a olhei brava, pois aquilo estava ficando feio e constrangedor
-Te prometo que logo te dou um presente bem bonito Le, só me desculpa se não tenho te dado tanta atenção, o Gael é só um bebê, então precisa dos meus cuidados o tempo todo-Marina com toda a paciência tentava a explicar
-Tem alguma coisa para comer?-Letícia perguntou-viemos direto do aeroporto pra cá, e minha mãe não quis comprar nada pra mim-dramatizou
-Quanto drama minha filha, eu te perguntei se queria algo no aeroporto antes de pegarmos o uber, e você disse que não queria nada-a encarei
-Acho que ainda tem pedaço de bolo que a minha mãe fez guardado lá na cozinha, vamos ver se sobrou-disse Marina
-Que delícia, amo os bolos da vovó-Letícia se animou e seguiu com Marina até a cozinha
Fiquei brincando com Gael em meu colo, até as duas voltarem da cozinha, e Letícia já se empanturrava de bolo, senti que Gael quis começar a chorar, então o devolvi para a mãe dele, e logo começou o berreiro, ele com certeza queria mamar, pois segundo Marina ele estava com sono e com fome. Enquanto minha amiga o amamentava, Letícia veio toda carente se sentar no meu colo, e eu a abracei, senti saudades de quando ela era pequenininha, de quando eu a pegava para amamentar, são fases tão gostosas, e tão passageiras, mas que para uma mãe é inesquecível.
-Você já foi pequena desse jeito, e chorava para mamar, chorava para dormir, chorava para trocar sua fralda-sussurrei para Letícia enquanto observavamos Marina dando mama para o Gael
-Eu não era um bebê chorão, sempre fui muito comportada-disse Letícia se gabando, o que fez eu e Marina rir
-Desse jeito você me faz acordar ele, mas a senhorita já foi bem chorona sim-disse Marina
-E muito chorona, agora só é dramatica-disse a fazendo cócegas e ela riu
Logo o Gael dormiu, e Marina foi o colocar no berço, então como o bebê tinha sono curto, aproveitamos para conversar, matar a saudade, e claro que dar atenção a Letícia, que queria a todo custo atenção da madrinha dela. Ouvimos a campainha tocar, e era a visita de dona Marizete e Bruna, o que deixou minha filha toda feliz em ver a avó e a tia, as duas sempre vinham ver como a Marina estava, se precisava de ajuda com o bebê, e enquanto o Gael não acordou, a atenção estava voltada para Letícia, que amava ser mimada pela avó e pelas tias.
-Mamãe, eu posso ir dormir na casa da vovó?-Letícia veio me pedir, antes de dona Marizete ir embora
-Pensei que queria ficar aqui na casa da sua Dinda, mas pode ir sim, sei que ta com saudades da sua vó Marizete
-Oba, ela falou que o meu papai vai chegar em casa, então vou ver ele-disse animada
-Que bom meu amor, então aproveita muito, e obedece seu pai e os seus avós
-Já sou mocinha, sei me comportar-sorriu vindo me abraçar
-Fica de olho nessa mocinha dona Mari-pedi a avó dela
-Pode deixar, vou cuidar bem da minha princesa, agora vamos embora porque preciso preparar o jantar-disse dona Marizete
-Obrigada pela visita mãe-Marina a agradeceu
-Sabe que sempre que eu posso venho ver você e o meu neto, então fica com Deus, e o que precisar me liga-disse toda carinhosa beijando a testa de Marina
-Fica tranquila mãe, hoje a Beca ta aqui para me ajudar-riu me olhando
-Vamos embora logo vovó-Letícia a apressava
-Também vou indo, vou deixar minha mãe na casa dela, e jantar por lá, porque o Rapha ta jogando fora, então aproveito os mimos da dona Xum-disse Bruna rindo
-Errada não está, se eu soubesse que horas o Matheus chega em casa também iria jantar com vocês-disse Marina
-Ele e o Luan são iguaizinhos, quando se enfiam em um estúdio ficam incomunicavéis e também não avisam nada para a gente-disse dona Marizete-mas oportunidades não vão faltar para nos reunirmos para jantar, sei que está cansada minha filha, então se cuida e vai dormir cedo
-Pode deixar que eu cuido dela e do Gael-disse me despedindo delas-e vocês cuidem dessa mocinha que já está agoniada para ir com vocês-apontei Letícia e todas rimos
Nos despedimos delas, e Marina como estava cansada foi tomar banho, enquanto eu fiquei de olho em Gael, que dormia tranquilo em seu carrinho. Aproveitei para ligar para minha mãe, e também para Léo, até minha amiga sair do banho, e finalmente termos um momento a sós para conversar, o que durou boa parte da noite, e como Matheus a avisou que chegaria tarde em casa, pedímos comida japonesa para nós duas, e ficamos relembrando quando era só eu e ela no nosso apartamento no Rio, eram bons momentos, tinhamos boas memórias, e graças a Deus passamos a vida inteira sendo unidas, mesmo com cada uma seguindo um rumo diferente. No dia seguinte, era o batizado do Gael, mas como seria mais á tarde, pela manhã Bruna já me convocou para ir ajudar ela na decoração, pois toda festa da família ela amava organizar, e eu como era a madrinha tinha que fazer a melhor festa de batizado, pois estava fazendo tudo a distância com a ajuda de Bruna, mas agora precisava colocar a mão na massa, e nem vimos o dia passar mexendo em toda aquela decoração.
-A madrinha tem que ir se arrumar, então a equipe de decoração finaliza aqui-disse Bruna
-Mas já está ficando tudo lindo, obrigada pela ajuda Bruninha, você é ótima em decoração
-Você que é a profissional nisso Beca, mas nós arrasamos mesmo, meu sobrinho merece-sorriu toda boba
Como eu havia passado a manhã inteira com a Bruna no jardim da família dela, organizando a festa do batizado do Gael, uma equipe de beleza foi contratada para arrumar o cabelo, fazer a maquiagem, e unhas das mulheres da família, tudo na casa dos Santana, então iriamos nos arrumar ali, para depois seguirmos juntos para a igreja, onde seria o batizado. Acabei vendo todo mundo que foi convidado na igreja, e Luan estava bem arrumado, pois ele seria o padrinho junto comigo, eu estava evitando falar com ele, mas uma coisa ou outra tinhamos que conversar, e ainda bem que era algo rápido o batizado, claro que deu muita dó ver o Gael chorar quando jogaram a água nele, mas me senti muito emocionada em finalmente ser a madrinha dele, ao lado de Luan. Depois da igreja, voltamos para a casa da família da Marina, onde comemoramos o batizado, era uma festa bem simples e simbólica para a família que era religiosa, mas eu estava feliz com aquilo tudo, e grata a Deus por poder viver essa emoção, ser madrinha do filho da minha melhor amiga, que eu sempre tive como uma irmã.
[...]
Depois do batizado do Gael, e de passar alguns dias curtindo o meu afilhado e a minha amiga, eu não fazia ideia de quando voltaria para São Paulo, e como eu estava mais tranquila agora que o batizado passou, eu havia prometido que tiraria alguns dias para viajar com o Léo, ou apenas para ficarmos juntos, pois a rotina de trabalho minha e dele era bem cansativa, e nos viamos muito pouco, então conseguimos marcar uma curta viagem para ficar em uma pousada em Buzios, onde íriamos namorar e aproveitar a companhia um do outro.
-Nem acredito que estamos a sós-sorri vendo a sacada do nosso quarto da pousada, e sentindo ele me abraçar
-Merecemos isso meu amor-sussurrou em meu ouvido e deu um beijo em meu pescoço-esses dias seremos só eu e você
-Melhor impossível-me virei para ele e o dei um beijo-eu te amo
-Te amo muito mais-sorriu me fazendo carinho-nunca imaginei amar tanto alguém, como eu amo você
-E eu nunca imaginei que pudesse ser tão amada e tão feliz-sorri para ele, e demos inicio a um beijo gostoso
A nossa manhã foi cheia de preguiça no quarto, depois saímos para almoçar dentro da pousada mesmo, e voltamos para o nosso quarto para namorar, pois queríamos sair á noite, e aproveitarmos o que nos oferecia de bom aquele lugar. No dia seguinte, aproveitamos para sair durante a parte da manhã, almoçar fora, e quando retornamos para a pousada Léo insistiu para que eu fosse aproveitar um momento no spa, pois eu merecia, e ele iria fazer algumas ligações para saber como está tudo no hospital, e mesmo desconfiada desse papo furado aceitei passar o resto da tarde no spa, onde fui muito bem tratada, da cabeça aos pés, e me surpreendi quando recebi um vestido lindo, verde, em um estilo romântico, para me vestir pois era um presente do meu namorado, e ele queria que eu fosse jantar com aquele vestido, claro que achei o gesto dele muito fofo, em me mandar um look para o nosso jantar, eu só não sabia o que ele estava preparando. Como íriamos sair para jantar, certamente Léo estava me esperando no nosso quarto, então segui até lá, abri a porta com o meu cartão, e achei estranho ouvir uma música em som ambiente, tocando dentro do quarto, e vi que tinha pétalas de rosas vermelhas espalhadas pelo chão, em um caminho até a sacada, sorri com aquilo, e segui as pétalas, até chegar na sacada e me deparar com a cena mais linda da minha vida, estava tudo decorado de um jeito simples, com um tapete enorme cobrindo o chão, almofadas espalhadas, taças e uma garrafa de champanhe em uma mesinha, e o melhor de tudo, foi ver o meu namorado vestido em um terno com uma camisa de linho por baixo, estava lindo e emocionado ao me ver chegar.
-Gostou da surpresa?-perguntou assim que analisei tudo e o olhei sorrindo
-Está tudo perfeito meu amor, obrigada pela surpresa-sorri indo o abraçar e selando seus lábios
-Tive que correr para fazer tudo isso antes de você chegar, mas foi feito de coração
-Eu sei disso meu amor, eu amei-o dei um beijo rápido e ele parecia nervoso-ta tudo bem?
-Sim-sorriu tentando disfarçar, mas eu já o conhecia muito bem, para saber quando ele está nervoso
-Léo, me fala o que está acontecendo, porque você não sabe disfarçar nada
-Eu sou péssimo nisso-ele riu nervoso-mas como eu sei que não vou me segurar até te fazer essa pergunta, acho que está na hora-respirou fundo pegando algo no bolso da sua calça, e quando vi que era uma caixinha comecei a rir e paralizei o olhando se ajoelhar na minha frente, e ele já estava todo emocionado quando me perguntou-Rebeca Sanches, aceita se casar comigo?
-Não esperava tão cedo esse pedido-disse surpresa, e ele me olhava quase chorando, todo agoniado-mas é claro que eu aceito meu amor-disse ainda paralizada e ele deixou lágrimas caírem
-Sim meu amor, eu aceito-me abaixei perto dele e ele todo nervoso e emocionado colocou o anel no meu dedo, e em seguida beijou minha mão
-Eu te amo Rebeca, e sou o homem mais feliz do mundo em ter você ao meu lado
-Pode ter certeza que tenho sido a mulher mais feliz do mundo ao seu lado Léo, te amo muito-o dei um beijo para concretizar aquele momento
-Beca, pode parecer que é cedo demais, mas para mim é a hora certa de te pedir em casamento, eu já fui noivo, já fui casado, e nas duas vezes perdi quem estava comigo, doeu muito, por muito tempo, até você chegar na minha vida, e me fazer dar mais uma chance para o amor, você sabe que eu sou um homem muito família, reservado, e não é certo enrolar você por mais tempo, sendo que eu já tenho a certeza que quero passar o resto da minha vida com você
-Também já sofri muito por amor, em relacionamentos passados, tenho uma filha, e você me aceitou do jeito que eu sou, complicada, cheia de defeitos, e esteve comigo no pior momento da minha vida, me dando forças, cuidando de mim, e eu confesso que não esperava esse pedido tão cedo, mas estou feliz em ter aceitado, porque você me fez amadurecer e enxergar o meu melhor lado, te amo muito por isso
-Que coisa mais linda a noiva que eu tenho-me deu um beijo cheio de amor-e que tal comemorarmos nosso noivado?-perguntou após o beijo e já sorri safada
-Mas e o jantar?
-Daqui a pouco nosso jantar chega, mas enquanto isso vamos brindar-disse abrindo a garrafa de champanhe e servindo em nossas taças
-Um brinde a nós-dissemos juntos brindando nossas taças e depois de darmos um gole trocamos um beijo
O clima estava esquentando rápido, e eu já estava louca de vontade de comemorar o nosso noivado fazendo amor, mas ouvimos a campainha do quarto tocar, e o nosso jantar havia chegado, veio uma equipe bem preparada, trazendo nossa comida, e como eu queria muito postar a novidade, pedi para um dos garçons tirar umas fotos minhas com o Léo, e ficaram lindas com o pôr do sol da sacada ao fundo, os agradecemos pela atenção, e antes de jantar eu já postei que estava noiva nas minhas redes sociais.
@becasanches: Obrigada por só me proporcionar momentos bons, te amo meu amor e agora noivo @drleoreis 💍❤️
#EstamosNoivos #EuDisseSim 👰
Após postar a novidade, preferi desligar meu celular, e o Léo fez o mesmo com o dele, afinal não queríamos ser perturbados, e com certeza muita gente iria começar a ligar e mandar mensagem para nós, após verem o que postei. Estavamos concentrados apenas em nós, em nosso momento, na nossa felicidade, tivemos um jantar muito gostoso, com direito a sobremesa, e depois tomamos alguns drinques dançando coladinhos algumas músicas internacionais que colocamos para tocar na sacada, e finalizamos nossa noite fazendo amor. Nunca imaginei que pudesse ter tantos momentos bons com um único homem, Léo com certeza foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, e pela pressa que ele teve em me pedir em casamento, eu sentia que em breve a data para o nosso casamento acontecer seria marcada, e eu enfim seria uma mulher casada.
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Olá amores, o que estão achando da história? tudo começou a dar uma acelerada, e será que esse casamento vai acontecer? comentem muito, e logo posto mais, beijos.
Xiiii acho que alguém se arrependeu
ResponderExcluirQuero só ver no que vai dar essa história do Luan lembrando do passado
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